AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

PRESENTE: SINÔNIMO DE GESTO AFETIVO



           

            Já se foram os tempos em que, quando se viajava, era quase uma obrigação trazer uma lembrancinha para seus familiares e amigos que ficavam ausentes e saudosos durante aquele período de carência. Devemos lembrar que antigamente pouco se viajava e quando essa viagem acontecia era para negócios e raramente para férias. Essas viagens de recreio alongavam-se durante semanas e, desta forma aludida, a ausência era sentida de forma maior não só pela raridade do evento, como também pelo tempo fora dos seus.

            Naturalmente o querer suprir os dias distantes fazia com que os viajantes trouxessem presentes como a prova de não ter esquecido seus entes queridos, demonstrando com os mesmos a lembrança deles; daí o nome adotado para os presentes: “lembrancinhas” ou simplesmente “lembranças”. Acrescente-se ainda que essas viagens eram mais possíveis para as pessoas mais abastadas que se viam, então,  na obrigação de consolar os “ficantes”.
            Hoje em dia, só não viaja quem não quer. As passagens têm descontos e são parcelados os seus pagamentos. São, ainda, mais frequentes e curtas, e, com o corre-corre da vida, tornam-se quase imperceptíveis. O pequeno período de viagem não dá chance à compra das lembrancinhas e, sendo assim, cada dia mais essa moda vai entrando em desuso.
            Levar ao aeroporto e ir buscar quando do regresso tornaram-se tarefas pouco comuns na época atual. Não só os aeroportos estão cada vez mais distantes, como também o viajar tornou-se um evento corriqueiro. Assim, a cada dia que passa, os bons gestos estão sendo substituídos pelos presentes. Quando uma nova amizade surge, a falta de intimidade não permite gestos mais carinhosos para não serem confundidos com libertinagens ou falsas intenções. Desta forma, a demonstração do afeto ou atenção especial é traduzida por um presente, em dia comum a troca de lembranças, tal qual Páscoa, Natal ou aniversário. Para evitar más interpretações, esses presentes devem ser de pouco valor pecuniário, para que se fique a ideia de prenda ou afeto. Apesar do modismo de não se dar presentes, esses sempre terão lugar à medida que se quer demonstrar o querer bem. Presentear com flores ou frutas, apesar de efêmeras, sempre demonstrarão o carinho que se tem por alguma pessoa.





quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FACULDADE ESUDA: 40 ANOS CONSTRUÍDOS EM 48

                 
                                              Quarenta e oito anos atrás, surgia, em uma sala de 52m2 , no Edifício Santo Albino, no primeiro andar, um cursinho pré-vestibular que se chamaria ESUDA – Espírito Santo Uniu Dois Amigos – Wilson e Pedro. Os 80 alunos, divididos entre os horários da tarde e da noite, foram os verdadeiros precursores desta grande família.
            Foram oito anos de vivência com o então chamado ensino secundário que nos prepararam para a criação de uma faculdade capaz de corrigir as falhas trazidas pelos estudantes do ensino médio até os bancos do ensino superior. Selecionando através do vestibular e complementando os conhecimentos, para dar fim às carências existentes nos alunos, conseguimos, através dos tempos, ter uma comunidade acadêmica quase perfeita, constituída pelos nossos alunos, professores e funcionários. Uma equipe que, em harmonia, convive conosco com o mesmo espírito de solidariedade, credibilidade e dedicação que faz a Faculdade ESUDA seguir vitoriosa e em constante crescimento, chegando a mais de 10% ao ano, enquanto que outras instituições não alcançam nem a metade desse feito.
            Apesar das dificuldades, tão comuns nas pequenas instituições de ensino,  atravessamos cada semestre com excelência, porque não trabalhamos sozinhos. Contamos, a cada novo despertar, com a colaboração dos nossos alunos na divulgação dos nossos programas vitoriosos do “aprenda fazendo”; esse fazer constante no projeto pedagógico aponta para a prática do aprendizado teórico através de “jogos”, “TEAL”, clínicas-escola e laboratórios de construção civil e de informática. Ainda faz parte de cada amanhecer, o investimento dos nossos professores que, de forma incansável, sem medir tempo, dedicam-se a tirar dúvidas dos nossos alunos, transformando essa casa num grande lugar de consultas nas diversas áreas do conhecimento humano.
            Isso inclui não apenas as necessidades objetivas, como também as subjetivas, extraindo o conhecimento e a dedicação de todos os nossos mestres para compor os aspectos econômicos e administrativos que são contabilizados nos conhecimentos formalizados nos nossos cursos da área de negócios. Buscando a melhor forma de entender o como acolher os ensaios da natureza que afetam o nosso morar, assim como direcioná-los para o belo e bom habitar, o curso de Arquitetura e Urbanismo se ergue com lugar de destaque em todo o nordeste. A busca pela compreensão dos nossos companheiros e de nós mesmos, é cortejada pelo curso de Psicologia, já famoso em nossa cidade, fortificando o nosso pensar e criando o “locus” para as nossas angústias sem fim de nossa finitude,.
            Assim, sentimos que esses 40 anos,  que transcorreram desde a autorização do funcionamento da FCHE, passaram muito rápido para a evolução que conseguimos. Hoje com mais de sete mil alunos, que frequentam nossos cursos superiores e nossas pós-graduações, presenciais e a distância, desde a cidade de Palmares até Recife, fazendo escala em Caruaru.
            Na ESUDA o complexo educar vai além das aulas tradicionais. O próprio campus de forma diferenciada dar lugar a uma convivência quase mágica entre todos que compõem esse objetivo maior: preparar pessoas para o mercado de trabalho não só com o conhecimento técnico, mas, e acima de tudo, com a singeleza que contempla a cidadania. Diretores, coordenadores, gestores e professores estão presentes em cada esquina do campus, tornando o ambiente acadêmico um local maduro para trocas de conhecimento e relaxamento.
            Os recintos fechados, presentes no local, incluem laboratórios, salas de aula, ateliers, salas para professores, salas para acompanhamento de projetos, auditórios, bibliotecas, secretarias, tesouraria, e outras salas administrativas tão necessárias ao bom desenvolvimento de funções específicas.
            A área aberta, toda disciplinada e cuidada, inclui Wi-Fi, locais para estudo, exposição de materiais e trabalhos pedagógicos, cantinas, lanchonetes e reprografia.
            Como setores de apoio, compõem o campus: Clínica de Psicologia, Núcleo de Acessibilidade Esuda, Laboratório Vivo de Arquitetura. Temos ainda, projetos acadêmicos tais como: Grupo Esuda de Interlocução Acadêmica, Semana Esuda de Trabalhos Acadêmicos, Núcleo Docente Estruturante, Comissão Própria de Avaliação, Projeto Incubadora e outros. 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

"É UMA PARADA FEDERAL"

             Assim se dizia nos velhos tempos quando um evento qualquer era forte demais. Hoje várias expressões são utilizadas: “é pra lascar, isto não existe, p.q.p.”, etc. Utilizamos essa expressão para comentar sobre as novas paradas de coletivos que estão sendo implantadas no grande Recife. Construídas sempre na pista central dos corredores de trânsito, elas obrigam  acessos de pedestres, vindos das duas calçadas, através de passarelas que sobem e descem, quando, se fossem construídas em uma das laterais, só haveria necessidade de uma única passarela e como consequência com apenas uma subida e uma descida e não duas.       
            Mas as falhas não param por aí. As janelas, todas em vidro, aquecem o interior das paradas e, como consequência, o custo da refrigeração sobe assustadoramente. Além desse fato, esses fechamentos ficam vulneráveis à agressão de vândalos quando ocorrerem quaisquer “animações grevistas” ou de outras naturezas. Lembremos as depredações de lojas, bancos e transportes coletivos quando ocorrem agitações sem controle dos signatários das ocorrências.
            A manutenção, que é custosa e permanente, será traduzida em pouco tempo pelo abandono e depredação como aconteceu com a infraestrutura das edificações no Complexo de Salgadinhos: nem uma passarela sobreviveu. E nossos impostos indo para a sarjeta.
            Melhor projeto seria se as paradas fossem abertas e com ventilação natural. Os telhados bem mais largos cobrindo os transportes coletivos, garantindo sombra mais exuberante, e feitos de telhas revestidas com material isolante térmico que daria, ainda, como subproduto, uma boa absorção acústica dos ruídos tão comuns em aglomerados semiabertos.
            É uma pena projetos serem tão descuidados. Mas é o grande vício brasileiro de não contratar especialistas, para somarem em um projeto, e buscar o que “entende de tudo” para a execução do mesmo. Todo projeto tem que ser acompanhado no mínimo por administradores, engenheiros, arquitetos e economistas, especialistas em objetivo, função, manutenção, conforto (funcional, térmico, luminoso e acústico) e economia. É para isso que existe a diversidade de profissionais especialistas.




terça-feira, 2 de setembro de 2014

AS DEPENDÊNCIAS E SUAS SAÍDAS


            A reflexão sobre os estudos feitos a propósito do compor-tamento do homem e suas cara-cterísticas intrínsecas não tem acontecido com regularidade. Tudo que a ciência fala é tomado como verdade; e, sobre essa “verdade”, se constrói uma série de outros conceitos muitas vezes duvidosos ou sem resultados satisfatórios.
Ouve-se falar que os viciados em drogas, ou em quaisquer outros eventos que levam o sujeito ao desespero, têm que ser cuidados de forma especial durante, muitas vezes, diversos anos a fim de acabar com o vício sem as consequências terríveis da abstinência ou síndrome da falta. Para se conhecer a verdade sobre essa problemática é necessário saber quais são os motivos verdadeiros que levam o usuário de drogas a manter-se no vício sem querer sair.
            Sabe-se que o cérebro é a parte do corpo humano capaz de trabalhar de forma incansável no intuito de levar o organismo à satisfação e ao prazer. É assim que acontece em todas as atividades corporais. A realização de nossas necessidades fisiológicas de excreção é acompanhada pela satisfação do feito. O ato de comer e beber também não ficam atrás e nos dão contentamento. É dispensável citar outros eventos que por si mesmo são prazerosos.
            O jogo, o álcool, o fumo e as drogas menos sociais também são fontes de prazer e é por isso que o cérebro trabalha tanto para manter esse gozo. A consciência do motivo que o leva a não abandonar o seu vício dá ao dependente a oportunidade de substituir esse deleite por outro menos danoso a sua saúde, cujos regularidade e exagero ainda não se constituem como um condicionamento, levando, assim, a não substituição de um vício por outro. A síndrome da abstinência, tão decantada, deixa de acontecer desde que o cérebro seja conscientizado de sua busca pelo prazer e não por uma droga específica. O jogo, um vício mais aceito socialmente, pode ser abolido com a consciência de que a vaidade é a característica que leva o jogador à falência. Tal qual o cérebro “comanda” o corpo para a satisfação e prazer, o corpo pode substituir o prazer mórbido e danoso por dezenas de outros tão comuns a ele e ricos de desejos e oportunidades de satisfação maior.