terça-feira, 2 de setembro de 2014
AS DEPENDÊNCIAS E SUAS SAÍDAS
A reflexão sobre os estudos feitos a
propósito do compor-tamento do homem e suas cara-cterísticas intrínsecas não tem
acontecido com regularidade. Tudo que a ciência fala é tomado como verdade; e,
sobre essa “verdade”, se constrói uma série de outros conceitos muitas vezes
duvidosos ou sem resultados satisfatórios.
Ouve-se falar que os viciados em drogas,
ou em quaisquer outros eventos que levam o sujeito ao desespero, têm que ser
cuidados de forma especial durante, muitas vezes, diversos anos a fim de acabar
com o vício sem as consequências terríveis da abstinência ou síndrome da falta.
Para se conhecer a verdade sobre essa problemática é necessário saber quais são
os motivos verdadeiros que levam o usuário de drogas a manter-se no vício sem
querer sair.
Sabe-se que o cérebro é a parte do
corpo humano capaz de trabalhar de forma incansável no intuito de levar o
organismo à satisfação e ao prazer. É assim que acontece em todas as atividades
corporais. A realização de nossas necessidades fisiológicas de excreção é
acompanhada pela satisfação do feito. O ato de comer e beber também não ficam
atrás e nos dão contentamento. É dispensável citar outros eventos que por si
mesmo são prazerosos.
O jogo, o álcool, o fumo e as drogas
menos sociais também são fontes de prazer e é por isso que o cérebro trabalha
tanto para manter esse gozo. A consciência do motivo que o leva a não abandonar
o seu vício dá ao dependente a oportunidade de substituir esse deleite por
outro menos danoso a sua saúde, cujos regularidade e exagero ainda não se
constituem como um condicionamento, levando, assim, a não substituição de um
vício por outro. A síndrome da abstinência, tão decantada, deixa de acontecer desde
que o cérebro seja conscientizado de sua busca pelo prazer e não por uma droga
específica. O jogo, um vício mais aceito socialmente, pode ser abolido com a
consciência de que a vaidade é a característica que leva o jogador à falência.
Tal qual o cérebro “comanda” o corpo para a satisfação e prazer, o corpo pode
substituir o prazer mórbido e danoso por dezenas de outros tão comuns a ele e
ricos de desejos e oportunidades de satisfação maior.
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