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sábado, 22 de abril de 2017

ASSALTOS NOS TRANSPORTES

            Mais uma vez, a mania de importar tecnologia aplicada em outros países, sem o cuidado da observação das diferenças entre nossa cultura e a dos países exportadores dessas novidades, tem causado prejuízos não só em nossos bens materiais, mas, principalmente, na população de uma forma geral. As estações de BRT são um projeto acéfalo, e simplesmente com o bilhete eletrônico libera-se a entrada dos passageiros, que, em ambiente com ar condicionado, aguardam a passagem de seu comboio para transitarem para os recantos desejados da cidade. No BRT, a ausência do cobrador representa uma economia e perda de tempo dos usuários que podem aproveitar a viagem lendo ou atualizando seus arquivos em seus celulares sem interrupção causada pela cobrança durante a viagem (busca de troco, etc). Em países nos quais se adota uma conduta ética, existe uma fiscalização eventual através da qual quem trapaceia paga uma multa equivalente a dez vezes o valor do bilhete; e essa lei é cumprida rigorosamente! Assim, não é necessária a figura do cobrador permanente. Mas lá, a lei é cumprida e a punição é rigorosa.
            Aqui, no entanto, os assaltantes se imprensam junto aos usuários na entrada do BRT adentrando no ônibus, onde mais adiante executarão assaltos aos usuários que são prejudicados a todo momento. Vejam só: vão assaltar e não querem nem pagar a passagem! Não é preciso dizer que esses prejuízos vão além do investimento em um policial para o comboio. Com isso, se teria mais segurança para o cidadão.
            Por outro lado, com maior intensidade ainda, campeiam os assaltos aos ônibus tradicionais, nos quais entram e saem bandidos sem a maior dificuldade. Já é tempo de se criar, no lado externo dos ônibus, um sinal que denote ao público externo, inclusive aos policiais, que algo de estranho está acontecendo no interior do comboio. Dessa forma, policiais adentram no veículo e dão solução ao incidente de forma discreta e segura. O investimento nessa sinalização vale a pena, porque, além de inibir os assaltantes, informa aos policiais que aquele carro está sendo assaltado. Inclusive, os fabricantes desse equipo poderiam informar com uma letra codificada o instrumento do assalto – revólver (F), faca (B) ou refém (P).

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