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quarta-feira, 5 de abril de 2017

RESPEITO: SINÔNIMO DO BEM

           
          Estamos acostumados a ver vários relacionamentos desfeitos e o resultado desses desenlaces é a busca dos direitos de cada um que veem desde a marcação dos dias da guarda dos filhos até a divisão dos bens. Raríssimas vezes se vê um continuar da amizade; agora simplesmente com formalidade, com aquela pessoa que por alguns anos compartilhou vários momentos do viver e com a qual teve a mais íntima das relações: o procriar.
O casamento hoje em dia é uma mera satisfação social e não mais a procura do conviver com um ser que complementa suas necessidades físicas e afetivas. Físicas, porque cada um de nós tem certas habilidades e nem sempre a vida se resume à utilização delas, tais como dirigir o automóvel, cozinhar, arrumar a casa, cuidar-se no vestir, realizar pequenos concertos, fazer compras. Afetivas ou psicológicas, tais como: inteligência emocional, mente observadora, mente pesquisadora, objetividade, subjetividade, e tanto mais tão comum a algumas pessoas que assim diferem de outras. O resultado da não busca desses complementos é o desenlace em poucos meses ou dias como se a descontinuidade fosse um continuar vivente. Nada é pesado tal qual aconteceu quando do enlace. De certa forma, esses casamentos desfeitos se constituem numa falta de respeito ao cônjuge que não teve o desejo da solução de continuidade, pois a imaginação do suprir suas necessidades de vida harmônica foi por terra graças ao pouco conhecimento de sua aparente cara metade.
            Quando se respeita uma pessoa, jamais se pensa em usá-la para suprir simplesmente uma necessidade de afirmação pessoal. O uso de alguém como objeto de suas frustações é tão desprezível quanto o pior dos maus tratos que se possa exercer sobre terceiros!
            Por outro lado, isso não significa que o casamento seja indissolúvel, nem sempre a continuidade do mesmo demonstra uma regularidade em atitudes de parceria. O costume do dar e receber às vezes pode criar uma monotonia no relacionamento que termina por dar lugar a uma separação. Mas, se essa relação guardou sempre o respeito e o carinho entre o par, o desenlace é menos constrangedor e a amizade fecundada durante o período da comunhão permanece, independentemente do estado civil. Casamento é, e será sempre, como qualquer outra atitude radical da vida, um risco calculado; mas, quando se guarda certos preceitos aqui colocados, o resultado será sempre alvissareiro.

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