quarta-feira, 13 de setembro de 2017
A POBREZA DOS CÉREBROS HUMANOS (PARTE III)
Não se pode simplesmente apontar uma
série de defeitos de nossa geração sem abrir a discussão das soluções possíveis
para a saída desse caos, mesmo que seja em médio prazo. Sabemos que o
desenvolvimento de uma ideia se faz com a conivência de vários cérebros
pensantes em busca de um novo que há de vir com as múltiplas facetas vindas da
diversidade do pensar. Os clones não criam o original, ele é repetitivo e não
concorre com “ele” próprio para comparações ou outro melhor olhar para o novo.
São necessários diferentes seres pensantes, que são traduzidos como vários
indivíduos, para se criar uma nova ideia que seja perene até que outro modelo
se faça pelas inovações científicas surgidas.
Isso significa que o grande celeiro
do desenvolvimento científico está nas comunidades do mundo inteiro. Lembramos
que cada povo distante desenvolveu seu fenótipo de forma diversa e isso levou
às características bem diferentes dos mais remotos povos em relação ao seu
meio. Assim, os benefícios trazidos pelas assembleias constituídas por seres
diversificados (membros de diversas partes do mundo) serão mais inteligentes e
assertivas por serem enriquecidas com comparações e diversidade.
Assim, o melhor investimento da
humanidade deve contemplar o ser humano. Povos de países pobres têm habitantes
tão inteligentes quanto os de qualquer país desenvolvido e rico. O grande caos
é que o mundo não colabora em alimentar esses povos a fim de proporcioná-los uma
vida sadia, com ideias condições para um desenvolvimento cerebral regular. A
subnutrição não levará um cérebro a desenvolver-se normalmente e será a elisão
de mais um ser pensante. O investimento em povos miseráveis, em médio prazo,
talvez em duas gerações, levará ao mundo milhões de pensadores e fabricantes
que só bem farão à humanidade com suas ideias novas e produtos característicos
de suas longínquas regiões. Cada vez que os homens exploram seus semelhantes
estão deixando de aproveitar a sensibilidade e a inteligência do outro, pois só
usufruem da máquina humana. Isso é burrice!
Mostramos nesses três artigos, de
forma instigante, que a humanidade tem a cada dia se desenvolvido em prol da
ignorância que se traduz no interesse pessoal, esquecendo-se do que pode
usufruir, em médio prazo, dos seus pares que habitam o planeta Terra.
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