quinta-feira, 30 de agosto de 2018
A GULA FISCAL
Quando você faz uma doação de um bem imóvel para outra pessoa, o beneficiado é obrigado, quando do registro, a pagar o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis, Intervivos), que é municipal. Quando você compra um bem imóvel ao incorporador, é necessário registrá-lo em seu nome e cadastrar na prefeitura como dono e apto a receber todos os “benefícios” do governo municipal, como sejam: asfaltamento das ruas, coleta de lixo, entre outros. Ora, o imóvel não é novo e nem mudou sua área construída, mas já é solicitado que se paguem os impostos e serviços previstos.
O ITBI, que inclusive é um imposto altíssimo, é cobrado sobre o valor calculado, no momento da compra, pela própria prefeitura independentemente do preço pago pelo comprador. A mudança do proprietário não sinaliza nenhum investimento da prefeitura e, portanto, não deveria produzir ônus para o novo dono do imóvel. O IPTU, que tem aumento anualmente e não inclui nenhum serviço do governo municipal, como iluminação pública, bombeiros e outros que são cobrados em separado, já cobre as despesas do município.
O mais absurdo é que os serviços sociais ou comunitários, que são obrigação do governo, são executados de forma restrita e muitas vezes com resultados a desejar. Escolaridade para as comunidades carentes, serviços hospitalares e segurança para todos clamam por melhorias e ampliação. A cidade cresce, a população aumenta e, em consequência, os contribuintes e a prefeitura continuam sem expandir os seus ofícios. A ampliação da área do município com a expansão da população não leva os governantes a ampliar os seus serviços às áreas expandidas com o crescimento populacional, impossibilitando o aumento da produtividade dos negócios ali instalados. Imposto sem retorno é gula fiscal com outros interesses.
Dessa forma, assistimos a uma luta sem precedente dos comerciantes e prestadores de serviço que enfrentam as dificuldades de transporte e o mau cuidado com os logradouros que sofrem com o desgaste da chuva e do sol, deixando a população com estradas esburacadas e calçadas a desejar. Assim, o imposto que deveria servir para melhorar o viver da população termina sendo empregado em elefantes brancos que servem para gerar comissões (propina) para os governantes contratantes dessas “obras” muitas vezes sem função e término.
terça-feira, 21 de agosto de 2018
A CRIAÇÃO DO UNIVERSO – PARTE III – (Universo, o Deus absoluto)
Criamos um deus com a necessidade de proteção e parceria para dividir as nossas culpas. É a vaidade de ser infalível e imbuir ao seu Deus todo o poder e conhecimento universal, omnisciente. Para encurtar as respostas, lhe damos a propriedade de estar presente em todos os lugares, ubiquidade. A partir dessa concepção, nos resguardamos de todos os passos pelos quais transitamos. Nos encantos: “Consegui porque me esforcei! Cresci porque lutei! Ganhei porque sou inteligente!” Mas, nos desencantos: “Não consegui! Submergi! Perdi! PORQUE DEUS QUIS!
A imaginação desse ser supremo não progrediu nos tempos! Adorar um bezerro de ouro talvez seja uma forma maior de dar “status” a um deus que é representado por “quem” nos transporta, nos alimenta, nos faz companhia e não interfere diretamente em nossas vidas. A adoração ao Sol ou à Lua é definir um deus mais consistente no conceito de superioridade e não alcançabilidade, (observemos a época desses deuses). Com todos os senões, eles são imagens diferentes dos humanos! Deuses são diferentes, superiores!
Nos últimos milênios, criamos um Deus à nossa imagem e semelhança. Isso significa que a nossa vaidade não deixou de influir na definição de um Salvador! Aquele que buscamos nas épocas de crise não sublimou a nossa vaidade! O conceito de Deus deve ser absoluto! Não se tem que entender suas ações! Temos que aceitá-lo como o inexplicável, o supremo o diferente por si mesmo! Assim, conceituamos o nosso Deus não como o criador do Universo, mas como o próprio Universo e a ele damos a “vida” eterna, omnisciência e ubiquidade. O Universo nunca foi criado, nunca nasceu e nunca terá fim. Para um Deus, não há de se esperar a finitude!
Não adianta buscar as causas das intempéries terrestres, todas estão definidas pelas influências universais que buscam o equilíbrio. Não somos as únicas criaturas nem se esgotaram as mutações celulares que vão gerar novas espécies! Sempre iremos buscar, numa carreira louca e pálida, a explicação para as diversidades que nos afetam. Nunca encontraremos a causa do imponderável! Esquecemos que todo nascer é exuberante! Os novos não têm que se moldar as criaturas viventes! As multiplicações sempre mostrarão mais um único, não só como espécie mas dentro das próprias espécies!
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
A CRIAÇÃO DO UNIVERSO - PARTE II – (Universo, o senhor de si mesmo)
Não estamos habituados a ideias que fogem dos nossos costumes; todos tememos o desconhecido. Dessa forma, é melhor acomodar-se a mentiras que estão cheias de nossas convicções do que ter que reconstruir novos modelos que contemplem o atual conhecimento da humanidade e sua repousante ignorância. Tudo que nos cerca teve um início e predizemos um fim para ele! Nada deixou de surgir e nada deixará de fenecer! Essa é a história que nos acomoda o pensar e ainda deve-se levar em conta todos os investimentos feitos em mentiras que não podem ser negadas agora, como, por exemplo, a viagem à Lua.
Falar do “mundo” e querer ditar regras para o seu nascimento são meras especulações que simplesmente agradam ao conhecimento dentro dos modelos atuais: tudo tem um início e tudo tem um fim! Como, então, vamos admitir que o universo sempre existiu e que jamais terá um final? Escrevemos, no artigo anterior correlato, que o nosso conhecimento e performance do pensar não admite o eterno por si mesmo e, assim, essa busca é satisfeita através das religiões que tentam fazer palpável o imponderável em troca de vidas eternas e prazerosas. As bases repousam sempre na fé, que é o acreditar, sem provas, nos destinos futuros, definidos pelos homens que satisfazem a vaidade do possuir da humanidade.
Dessa forma, procuramos justificar o desenvolvimento do planeta Terra sem cuidar do evento maior, o universo. E falamos do planeta fogo, do planeta gelo, das chuvas ácidas e mais e mais ideias que jamais poderão ser provadas, assim como não serão negadas. Por isso, permanecem as afirmações e “desaparecem” as dúvidas das justificativas dos fatos! A “sabedoria” dos humanos lhes confere sempre as justificativas nefastas dos ocorridos, pois a vaidade não será incauta descordando do que não pode provar em contrário. Assim, vivemos um mundo de conceitos criados sem cabimento em louvor à supremacia da inteligência dos homens! Inventamos os buracos negros como verdadeiros sumidouros de energia para justificar a transformação da mesma em alguma forma desconhecida. Apelidamos fenômenos com termos jamais usados na ciência como a justificativa do novo sem resposta!
Admitir seu pouco alcance diante das maravilhas que nos cercam é testemunhar a pobreza pertencente a todos os seres viventes! A humanidade sempre quis justificar o inexplicável, o arrebatador, o grandioso e não teve sucesso. Só o apelo para o imponderável justificaria a superioridade não pertencente ao espaço universal. Nada pode ser criado dentro de si mesmo (nosso pouco alcance cognitivo); assim temos que imaginar um criador, um Deus!
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
A CRIAÇÃO DO UNIVERSO – PARTE I – (Universo hermético e desconhecido
Dessa forma, tudo que se falou até hoje do espaço que contempla o universo carece de consistência científica; ou tudo que se pregou até hoje não é verdadeiro. As quimeras de viagem à Lua, prospecções ao planeta Marte ou ao planeta Plutão são verdadeiros delírios dos pesquisadores que buscam, com seus sensacionalismos, sensibilizar fundações e grandes empresários no intuito de receber dotações que permitam a continuidade de suas pesquisas.
O desconhecimento total dos campos que enlaçam o espaço universal jamais permitiria o planejamento de viagens interplanetárias ou a simples saída de nossa atmosfera para o “vazio” do espaço maior. No cosmos, as leis não funcionam como em nosso planeta. Nunca se recepcionou nenhum tipo de campo extraterrestre invadindo a Terra. Funcionamos com uma espécie de blindagem que nos resguarda das influências objetivas do universo sobre nosso mundo: a atmosfera, resguardando a temperatura que garante a nossa sobrevivência; os vulcões e os terremotos, equilibrando as pressões do interior da Terra; os furacões e tufões, dissipando em seus movimentos a energia acumulada nos desequilíbrios climáticos e, finalmente, os raios, degradando o acúmulo de potência elétrica gerada pelo deslocamento das nuvens graças aos movimentos produzidos pelo vento. Tudo isso para garantir o equilíbrio do Planeta com pouca influência do cosmos.
Isso posto, não devemos estar tão seguros das informações que falam das descobertas espaciais ou características e movimentos dos corpos celestes! A vaidade dos humanos sempre está criando mitos e fantasiando descobertas nunca antes alcançadas! Melhor é ter a consciência da nossa capacidade limitada e simplesmente ter um olhar mais crítico para as “descobertas” e definições vaidosas que chegam e estão por vir!
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