Criamos um deus com a necessidade de proteção e parceria para dividir as nossas culpas. É a vaidade de ser infalível e imbuir ao seu Deus todo o poder e conhecimento universal, omnisciente. Para encurtar as respostas, lhe damos a propriedade de estar presente em todos os lugares, ubiquidade. A partir dessa concepção, nos resguardamos de todos os passos pelos quais transitamos. Nos encantos: “Consegui porque me esforcei! Cresci porque lutei! Ganhei porque sou inteligente!” Mas, nos desencantos: “Não consegui! Submergi! Perdi! PORQUE DEUS QUIS!
A imaginação desse ser supremo não progrediu nos tempos! Adorar um bezerro de ouro talvez seja uma forma maior de dar “status” a um deus que é representado por “quem” nos transporta, nos alimenta, nos faz companhia e não interfere diretamente em nossas vidas. A adoração ao Sol ou à Lua é definir um deus mais consistente no conceito de superioridade e não alcançabilidade, (observemos a época desses deuses). Com todos os senões, eles são imagens diferentes dos humanos! Deuses são diferentes, superiores!
Nos últimos milênios, criamos um Deus à nossa imagem e semelhança. Isso significa que a nossa vaidade não deixou de influir na definição de um Salvador! Aquele que buscamos nas épocas de crise não sublimou a nossa vaidade! O conceito de Deus deve ser absoluto! Não se tem que entender suas ações! Temos que aceitá-lo como o inexplicável, o supremo o diferente por si mesmo! Assim, conceituamos o nosso Deus não como o criador do Universo, mas como o próprio Universo e a ele damos a “vida” eterna, omnisciência e ubiquidade. O Universo nunca foi criado, nunca nasceu e nunca terá fim. Para um Deus, não há de se esperar a finitude!
Não adianta buscar as causas das intempéries terrestres, todas estão definidas pelas influências universais que buscam o equilíbrio. Não somos as únicas criaturas nem se esgotaram as mutações celulares que vão gerar novas espécies! Sempre iremos buscar, numa carreira louca e pálida, a explicação para as diversidades que nos afetam. Nunca encontraremos a causa do imponderável! Esquecemos que todo nascer é exuberante! Os novos não têm que se moldar as criaturas viventes! As multiplicações sempre mostrarão mais um único, não só como espécie mas dentro das próprias espécies!
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