AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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domingo, 29 de agosto de 2010

A CRUELDADE DE UMA SOCIEDADE PERVERSA


Antigamente as características inatas eram atribuídas à herança dos pais, hoje já se sabe que as pessoas são capazes de mudar seu caráter genético através dos costumes durante suas vidas. Isso significa que, de conformidade com o comportamento social atual, a descendência terá atitudes bastante próximas das de seus antecessores.
Assim, seremos responsáveis não só pelo desenvolvimento das comunidades atuais, mas também das futuras, geração após geração. Os bens de hoje serão, cada vez mais, aperfeiçoados e os males vivenciados agora serão também exacerbados. Enfim, todo o futuro será decorrente do presente.
Isso posto, devemos estar sempre atentos às tendências da sociedade para interagir sempre com o meio social, tentando direcioná-lo para o bem atual que, com certeza, levará consequências do hoje para o amanhã. A propósito disso, temos observado que a sociedade terrena, com raras exceções, tem se comportado, a cada dia, de forma cada vez mais perversa.
Lembramos as agressões e os assassinatos desferidos por estudantes universitários que tiveram como vítimas seus colegas e, não poucas vezes, seus próprios pais. E ainda, os acidentes que acontecem por falta de zelo à coisa pública que têm prejudicado a nossa sociedade. Todo ato inconsequente é cruel.
O que está tornando a sociedade tão perversa? Temos assistido a diversos programas de televisão onde a agressividade sempre tem lugar. Verdadeiras lutas corporais entre mulheres e entre homens têm ocupado lugar comum nas novelas e nos filmes. É o público que exige, é o público que dá Ibope.
Essas agressões no dia a dia não são um resultado alimentado simplesmente por esses espetáculos. A insurreição contra os descasos dos comandantes ou responsáveis pela educação não formal (estado e pais) faz explodir a barbárie nas relações humanas, como o dizer: “isso eu posso!”
Não se imagina o resultado cruel que procede dos péssimos exemplos dados pelas Instituições que têm credibilidade maior. Quando se alcança o direito de ter o respeito e a crença do povo, a responsabilidade aumenta, pois seus atos serão seguidos como a vontade de se estar perto do “líder”.
Por outro lado, o êxodo familiar, hoje tão comum na grande maioria dos países, leva os educandos à crise do abandono, pois os humanos, como os demais seres vivos, não abrem mão do acolhimento de seus pares. Esses se constituem os dois grandes motivos da perversidade. Como minorar esse estado de coisas?
Primeiro, elegendo-se políticos mais conscientes de seu papel nas Instituições Estatais e sabedores da responsabilidade social que terão quando ocuparem cargos de liderança. Difícil é congregar um número suficiente de políticos com bons predicados.
Segundo, lembrando aos pais, que hoje têm de buscar o emprego, que a solução do impasse trabalhar ou educar os filhos tem solução natural com o diálogo familiar. Mostrar que as exigências do jovem de hoje não podem ser atendidas com apenas o pai trabalhando.
Dessa forma, imaginar a mãe em busca de trabalho pelo simples desejo de estar fora do lar e provar que pode tanto quanto o homem, perde lugar. Os filhos devem se conscientizar de que as necessidades de consumo de hoje exigem maior ganho para permitir a compra de computador, celular, iPod, automóvel e tantos outros aprestos de hoje.
A luta por uma mudança capaz de melhorar o perfil das próximas gerações tem que existir. Vamos tentar fazer um Brasil mais humano e “mais responsável”, pois, só assim, estaremos contemplando os nossos netos com uma vida melhor. Nem sempre, as heranças que consideram o poder econômico serão capazes de fazer melhor viverem os nossos descendentes.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

QUANDO OS MÉTODOS MODERNOS DE APRENDIZADO FALHAM

São um encanto para a mente as novas conquistas nas áreas tecnológica e pedagógica, que vêm trazer para o desenvolvimento cerebral uma oportunidade de enriquecimento intelectual de forma rápida e universal. Rápida pela metodologia utilizada e universal pela globalização que ocorre nos dias de hoje.
A necessidade de mostrar, de forma integral, o desenvolvimento de um dado conceito faz com que os professores de hoje apontem vários livros-texto como guias para os alunos iniciantes em um dado conhecimento. À primeira vista, essa forma de iniciação científica parece plausível na atualidade. No entanto, vamos analisar as interações demandadas em seus diversos aspectos.
Inicialmente o apontar de uma bibliografia rica, sem um livro-texto único, orientador do estudo de uma dada matéria, suscita o aluno a não adquirir algum livro. Os diversos sugeridos acusam um investimento difícil de ser cumprido, pois nenhum foi eleito como o melhor. Assim sendo, os estudantes passam a consultar vários autores sem saber os assuntos nos quais eles são mais especializados.
A insegurança natural do novo levará o aprendiz a não formatar o assunto com todas as suas nuances, e mais, com algumas confusões advindas da forma de escrever dos diversos redatores. Assim, é melhor partir para a adoção de um único livro-texto, ensiná-lo e tirar as dúvidas das exposições pouco apuradas.
Tecer comentários sobre os assuntos pouco explorados no livro e, durante esse caminho, levar o aluno a pesquisar em outros compêndios, como também na internet, darão não só segurança no saber, mas também a oportunidade ao educando de ir formando a sua biblioteca, pois um livro dá para comprar.
As aulas teóricas, sem a devida alusão à aplicação prática do conhecimento, tão comuns nas exposições de mestres e doutores, poderão desmotivar o discente àquele conhecimento. Por outro lado, o pragmatismo excessivo, sem cuidar das bases teóricas acerca do assunto, não permitirá a construção prática do conhecimento quando acontecerem as excepcionalidades.
Dessa forma, surge a necessidade do equilíbrio entre a teoria e a prática tão pouco comum nos dias atuais. O imediatismo exigido pelos jovens de hoje, que leva o estudar apenas para a obtenção do diploma, suscita um repensar sobre os métodos de ensino modernos.
Cursos superiores, cada vez mais encurtados no tempo de integralização, não possibilitam a maturação do conhecimento na mente do aluno. A multiplicidade da maneira de informar ao educando, por meio de métodos que incluem formação presencial e a distância, simultâneas, leva também o aprendiz à insegurança do saber.
Educar é cuidar dos diversos aspectos que interessam ao Governo, aos professores e educandos. Não adianta o querer de uma das partes sem contemplar as outras duas. O rápido sucesso aparente, no futuro, levará todo o investimento de agora para o ralo.
Construir mentes produtoras não é um processo nem agrícola nem industrial. O capital intelectual tem de ser entendido como uma das formas mais rentáveis no investir de hoje. O que mais rende exige, por outro lado, cuidados em todo o processo da aplicação. O Japão, por exemplo, levou vinte longos anos para desenvolver uma reforma educacional.
Ela deu certo porque fechou o ciclo. Os mestres da atualidade foram antigos discípulos dos métodos ainda adotados. A educação não ressurge, ela acontece com a continuidade dos investimentos que não devem calar, mas sim, respeitar o desenvolvimento mental e social do povo. Só assim chegaremos à verdadeira democracia do saber, por meio da qual cada um cuida do todo em prol do desenvolvimento intelectual de um povo que clama pelo respeito às suas necessidades de acontecer de forma vitoriosa.
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domingo, 22 de agosto de 2010

A DEMÊNCIA, O NOVO E A ESCOLARIDADE

Muitas vezes, surpreendemo-nos quão rápido passa o tempo quando avançamos em nossas vidas. Um ano, que tanto demorava na adolescência, agora passa rapidamente e, de novo, chegamos ao Natal. Estudos feitos têm demonstrado que o nosso cérebro deleta, ou apaga, acontecimentos que se repetem durante a nossa existência.
Analisemos um pouco o funcionamento da nossa cabeça. Todos os nossos sentidos são simplesmente pontes entre o objeto percebido e o nosso cérebro. Quando ouvimos um som, nosso cérebro decodifica a informação recebida, completando os harmônicos, para torná-lo agradável, dando-nos a sensação do ouvir.
O mesmo acontece com a nossa visão, por isso que, tantas vezes, enganamo-nos na definição do que vemos distante. Nossa cabeça possui um arquivo com tudo o que vemos, de forma seletiva, então, no momento do igual, simplesmente antes da sensação do final do evento, ela já nos informa o fato. Assim, na verdade, nosso cérebro se antecipa nos dizendo as atitudes a serem tomadas em cada momento de nossas vidas.
A comparação de um dado acontecimento de agora com algum do passado é que define nossa próxima tomada de decisão. É esse trabalho de construir sempre o novo que faz com que o nosso cérebro esteja sempre em atividade, evitando, dessa forma, uma demência que hoje já atinge 35 milhões de pessoas ao redor do mundo. As vivências passadas já estão acumuladas nos “arquivos” de forma única, sendo assim, as repetições nos levam à elisão do tempo e “preguiça mental”, pois o não acúmulo de novidades nos faz crer que o tempo passou rapidamente.
Pesquisas recentes, no Reino Unido e na Finlândia, concluíram que a escolaridade é um dos fatores que tem tornado lúcidos os seres humanos. As estatísticas trazem resultados indicando que o mal de Alzheimer acontece com mais frequência em pessoas com pouca escolaridade e que, no decorrer da vida, não mantêm as células nervosas de sua cabeça em atividade.
Não está definido, ainda, se o melhor preparo intelectual ajuda o portador da demência a superar a doença ou se é a atividade cerebral que coíbe esse acontecimento desastroso.
Experimentar sempre o novo e fazer cursos, de pós e outros, diversos de seus conhecimentos anteriores, têm levado o homem a ter uma mente sadia e forte. O viajar por lugares nunca vistos e as experiências inolvidáveis devem ser renovados sempre, com o intuito de manter a cabeça construindo. Dessa forma, a mente sempre estará em atividade.
O estudar, em nossos dias, não se propõe apenas como uma necessidade de sobrevivência física, mas também do encontro com nós mesmos, cultivando o nosso existir de forma sadia física e mentalmente. A tônica agora não é mais obter um diploma de curso superior, mas sim e, principalmente, manter acesa a nossa mente, procurando construir sempre em cima das informações recebidas nos bancos da escola.
Obter uma formação universitária, apenas informativa, não levará o estudante a lugar algum. É preciso que o professor treine a mente de seus alunos na construção do conhecimento. Para tanto, faz-se necessário o conhecimento sobre o assunto, mas e, sobretudo, a experiência dos anos a fio, construindo o saber junto a seus discípulos.
O envelhecer sem o novo tornará o tempo encurtado, pois o cotidiano será apagado de nosso cérebro sem renovação. A falta do uso da magia que possuímos ao pensar adormecerá o poder da inteligência que nos distingue de outros seres vivos e dará lugar à demência que aflora na mente daqueles que se entregam à angústia de não mais enriquecer a humanidade com suas novas ideias.

sábado, 14 de agosto de 2010

BULINDO COM O GRANDE ENCANTO DO SABER


Antigamente a responsabilidade da escola era cuidar da educação em seus vários aspectos. Ninguém falava de cidadania nem de ecologia. No entanto, a educação era formal desde o abc da vida acadêmica até os princípios de cidadania que incluíam o comportamento social e o respeito à mãe natureza. Tudo isso sem qualquer favor.
Havia o respeito aos colegas e a ajuda mútua em suas necessidades. Lembro que a união entre os estudantes era tão grande que os casos de indisciplina, quando eram punidos de forma mais severa, os colegas iam a favor do prejudicado. Existia o coleguismo ou a defesa da classe. “Um por todos e todos por um”.
Infelizmente as atividades profissionais dos pais têm levado o êxodo familiar a uma série de consequências danosas. A super proteção aos filhos, como justificativa de suas ausências, tem construído educandos cheios de direitos e insólitos no que se refere ao comportamento cidadão.
São os maiorais porque os pais sempre os apoiarão em suas demandas, por mais esdrúxulas que sejam. Isso os torna violentos quando enfrentam os mais fracos, em físico ou personalidade, nos encontros diários.
Particularmente, na escola, sempre estão dispostos a acuar os mais tímidos até encontrarem um mais forte que, também para aparecer, aplica-lhes a mesma moeda. Os professores e chefes de disciplina não se sentem seguros na aplicação de castigos, pois, receiam revides dos pais ou mesmo dos diretores da escola.
A ingerência de pessoas que ficam ao largo da educação direta e, simplesmente, dão palpites querendo aparecer como educadores, tem levado, a cada dia, o destino da formação cidadã para o ralo. Afora isso, os comandantes da educação escolar são desmoralizados por juízes que ingerem na difícil tarefa do educador, tratando as demandas jurídicas dos estudantes como se os fatos ocorressem na sociedade, fora da escola.
O respeito ao cidadão começa desde a menor idade. É assim que se forma uma mente que desejará sempre incluir. As diferenças que tornam o mundo colorido sempre existirão. Essas pessoas que aparentemente são diferentes trazem em si, na maioria das vezes, um pensar igual, no entanto com novas referências que produzirão o sucesso do novo .
Ajudar aos mestres sempre foi e será um dos papéis dos pais. A bela missão de formar uma mente criadora e respeitosa só terá sucesso se trabalhada em conjunto. Que se lapidem as diferenças do educar longe dos olhos e ouvidos do educando, pois dessa maneira o respeito sempre estará presente.
Vamos sempre censurar a divulgação de fatos isolados que ocorrem em determinados lugares e em certas ocasiões, porque, dessa forma, estaremos coibindo a imitação fácil daquilo que não se deve fazer. A imprensa, muitas vezes, detesta a censura como forma de coagir a liberdade da informação.
Concordo com ela. No entanto, a divulgação de comportamentos vândalos pode ensejar a apologia ao mal que consome os dias atuais. Nesse caso, não concordo com essas publicações. É preciso não ver apenas a divulgação dos fatos, mas debruçar-se neles para avaliar as suas consequências nas orelhas da diversidade dos humanos.
A inclusão social é um todo que não se parte. O respeito à sabedoria, à “burrice”, ao belo, ao feio, ao certo, ao torpe, sempre ensejará a novidade que, certamente, trará novos horizontes para a humanidade. Hoje se sabe que o acontecer diverso leva o cérebro à velhice sadia, tão almejada.