Assim, seremos responsáveis não só pelo desenvolvimento das comunidades atuais, mas também das futuras, geração após geração. Os bens de hoje serão, cada vez mais, aperfeiçoados e os males vivenciados agora serão também exacerbados. Enfim, todo o futuro será decorrente do presente.
Isso posto, devemos estar sempre atentos às tendências da sociedade para interagir sempre com o meio social, tentando direcioná-lo para o bem atual que, com certeza, levará consequências do hoje para o amanhã. A propósito disso, temos observado que a sociedade terrena, com raras exceções, tem se comportado, a cada dia, de forma cada vez mais perversa.
Lembramos as agressões e os assassinatos desferidos por estudantes universitários que tiveram como vítimas seus colegas e, não poucas vezes, seus próprios pais. E ainda, os acidentes que acontecem por falta de zelo à coisa pública que têm prejudicado a nossa sociedade. Todo ato inconsequente é cruel.
O que está tornando a sociedade tão perversa? Temos assistido a diversos programas de televisão onde a agressividade sempre tem lugar. Verdadeiras lutas corporais entre mulheres e entre homens têm ocupado lugar comum nas novelas e nos filmes. É o público que exige, é o público que dá Ibope.
Essas agressões no dia a dia não são um resultado alimentado simplesmente por esses espetáculos. A insurreição contra os descasos dos comandantes ou responsáveis pela educação não formal (estado e pais) faz explodir a barbárie nas relações humanas, como o dizer: “isso eu posso!”
Não se imagina o resultado cruel que procede dos péssimos exemplos dados pelas Instituições que têm credibilidade maior. Quando se alcança o direito de ter o respeito e a crença do povo, a responsabilidade aumenta, pois seus atos serão seguidos como a vontade de se estar perto do “líder”.
Por outro lado, o êxodo familiar, hoje tão comum na grande maioria dos países, leva os educandos à crise do abandono, pois os humanos, como os demais seres vivos, não abrem mão do acolhimento de seus pares. Esses se constituem os dois grandes motivos da perversidade. Como minorar esse estado de coisas?
Primeiro, elegendo-se políticos mais conscientes de seu papel nas Instituições Estatais e sabedores da responsabilidade social que terão quando ocuparem cargos de liderança. Difícil é congregar um número suficiente de políticos com bons predicados.
Segundo, lembrando aos pais, que hoje têm de buscar o emprego, que a solução do impasse trabalhar ou educar os filhos tem solução natural com o diálogo familiar. Mostrar que as exigências do jovem de hoje não podem ser atendidas com apenas o pai trabalhando.
Dessa forma, imaginar a mãe em busca de trabalho pelo simples desejo de estar fora do lar e provar que pode tanto quanto o homem, perde lugar. Os filhos devem se conscientizar de que as necessidades de consumo de hoje exigem maior ganho para permitir a compra de computador, celular, iPod, automóvel e tantos outros aprestos de hoje.
A luta por uma mudança capaz de melhorar o perfil das próximas gerações tem que existir. Vamos tentar fazer um Brasil mais humano e “mais responsável”, pois, só assim, estaremos contemplando os nossos netos com uma vida melhor. Nem sempre, as heranças que consideram o poder econômico serão capazes de fazer melhor viverem os nossos descendentes.
como sempre se diz professor - e por enquanto apenas se diz - a educação e o diálogo são os caminhos para isso tudo. o "certo" e o "errado", a falta da presença afetiva dos pais pelos motivos da necessidades de prover o sustento e os novos quereres da família são reais, mas também devem ser reais a conversa desses pais com seus filhos, explicando os motivos do tempo ausente, assim como é de responsabilidade dos educadores orientar e fazer com que as crianças e adolescentes vivenciem o mundo real.
ResponderExcluirÓtimo texto. Estava fazendo uma pesquisa para um assunto que quero escrever e que me veio a mente de repente. Sobre Uma Sociedade Perversa.
ResponderExcluirEstava buscando opiniões ou artigos que falassem a respeito, e encontrei esse texto maravilhoso, me ajudou muito, apesar de ser de 2010, mas muito bom e de um assunto extremamente atual, fazem 7 anos desse texto e simplesmente nada mudou, pelo contrário, só piora.
Muito obrigada.
Att. Ana Beatriz de Oliveira.