domingo, 27 de maio de 2012
VOLTANDO À SALA DE AULA
Há
muitos anos, os métodos da sala de aula limitavam-se ao ensinar formas de se
obter resultados nas mais diversas áreas do conhecimento humano sem cuidar dos
porquês ou das doutrinas daquelas informações. Com o advento da tecnologia,
muito tempo tem sido poupado, pois a informação escrita, por exemplo, já vem
pronta através dos programas de apresentação ou gráficos. A globalização da
informação, nas pesquisas através da internet, tem tornado possível uma
vastidão de ensinamentos antes preteridos por falta de tempo. Infelizmente esse
novo não tem levado a escola a uma melhora na preparação das mentes dos
estudantes. Aumenta-se a informação, diminui-se o diálogo e não se adequam os
estudos aos tempos de hoje!
Antigamente a evolução ou as
mudanças nos usos e costumes aconteciam em decênios, de conformidade com o
progresso social (comunicação) ou tecnológico (indústria). Hoje a tecnologia
exige mudanças dos costumes praticamente a cada semana. O novo padronizado
pelas indústrias e a ordem mundial de ritos sociais juntam-se a especificidades
pessoais e familiares ditadas pelas redes sociais, frequentadas por milhões de
pessoas que expõem suas formas de ser dentro de sua cultura que invade outras
do mundo. Esses fatos exigem um preparo diferenciado da geração de hoje.
Nas salas de aula atuais, devem
estar professores compromissados com as doutrinas dos conhecimentos e não
apenas tutores da informação declinando conhecimentos livrescos. Os fazeres de
hoje mudam a cada momento, por isso faz-se necessário conhecer a base dos
conhecimentos para redirecioná-los a cada mudança. A invasão da tecnologia, no
dia a dia, sufoca o raciocínio analítico e leva o aprendiz ao comando digital
ensejado pela inteligência emocional. A infinidade e diversidade de exemplos
possíveis, na era da internet, torna viável a abrangência do tudo de hoje, mas
não contempla as bases para a guinada no amanhã.
O professor “diálogo” se torna cada
dia mais necessário. É preciso conhecer o que passa pela cabeça do aluno, tão
rica em informações, quando se abre um novo saber na sala de aula. Que
associação estará cada um dos alunos fazendo desse novo aos diversos
conhecimentos já sedimentados? Terá o mestre sido claro na formatação da
doutrina desse saber? Nem o robô nem a tecnologia vêm ao encontro dessa
particularidade do ensino/aprendizagem! Hoje mais do que nunca urge a
necessidade da preparação do professor para esse encontro mágico entre o
educador e o discente, estreitando, cada vez mais, essa relação de confiança e
cumplicidade.
Para levar a informação como permanente
conhecimento, é necessário tratá-la como algo que nasceu (doutrina) e teve seu
desenvolvimento pautado para sua época (hoje) e poderá, amanhã, através das
mutações sociais e tecnológicas, precisar de ajustes que nascerão a partir de
sua doutrina, que deve atingir a construção dos objetivos da informação.
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