quinta-feira, 14 de junho de 2012
MAIS UMA VEZ AS IMPORTAÇÕES DESCABIDAS
Existe um mau costume dos governos brasileiros de
importar práticas existentes em dadas regiões do Brasil, ou do mundo, para
lugares que não têm a mínima condição nem de entender o evento, avalie de
adotá-lo. Isso acontece das regiões mais desenvolvidas do Brasil para outras
menos desenvolvidas e, às vezes, até mesmo sem qualquer cumplicidade com o
resto do país. Do mesmo modo, práticas de países culturalmente mais
desenvolvidos e com população mais esclarecida são adotadas em nosso país de
forma inconsequente. Resultado: somos vistos pelos países mais desenvolvidos
como vilões, arrotando o que não comemos! Vejamos o que acontece com a educação
em nosso país.
Resolver o problema da
educação no Brasil tem se tornado um pesadelo. O governo, com sua gula nos
investimentos fantasiosos e consequente má distribuição dos recursos, tem
deixado para os educadores não estatais a solução para a educação nacional.
Acontece que sem ter alguma noção de como resolver esse problema, põe-se a
ditar regras e leis que devem ser adotadas pelas escolas particulares sem a
menor coerência.
Inicialmente quer adotar para
as escolas regulares currículos que incluam, em suas informações, assuntos
bastante amplos como: educação ambiental, cuidados com a saúde, formação ética
e cidadã, educação física, educação profissional, noções de cibernética e
noções de computação e internet; só para citar alguns tópicos. O que esperar do
aproveitamento desses alunos? A todos esses conhecimentos generalistas acrescentam-se
os componentes formais como matemática, português, história, ciências, etc.
Tudo isso para imitar países que escalonam o conhecimento de forma estudada
baseada na cultura de seu povo, na responsabilidade dos pais junto à educação
do filho, etc.
Ainda, as novas leis obrigam as
escolas regulares a receberem alunos com necessidades especiais, sem avaliarem
o nível dessas necessidades, tornando o deficiente de grande sequela um
“entulho” no cotidiano dos demais e produzindo complexos e traumas naqueles que
não conseguem desenvolver suas atividades escolares próximas àquelas de seus
colegas. Além disso, o atendimento às cotas raciais toma o fôlego do
disciplinamento nas seleções a qualquer título. Então, questionamos: as escolas
brasileiras conseguem dar conta de toda essa responsabilidade, inclusive sem
contar com a colaboração dos pais na educação informal que antecede a educação
formal? Claro que não! Copiamos o ponto final de programas adotados nos países
europeus sem termos passado pelo desenvolvimento histórico que lhes dão
sustentação. Basta de importações descabidas!
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