quinta-feira, 7 de junho de 2012
O CONHECIMENTO INATO E SUAS CONSEQUÊNCIAS (PARTE II)
Muitas das informações inatas são pertencentes, de forma comum com
qualidades ou quantitativos próprios, a milhões de pessoas: a sexualidade, a
forma de falar, a forma de andar, etc. Outras, no entanto, acontecem de forma
não comum a diversas pessoas. O mexer a orelha ou o couro cabeludo, o autista, entre
outros são exemplos de características não comuns à grande maioria.
A conclusão é que a hereditariedade é um fator dinâmico e não estático,
como se pensa. Por esse motivo é que ao nascermos é possível acrescer a um
genótipo[1]
características que nos levarão a diferentes fenótipos[2]
de acordo com as pressões sociais e o meio, exceção feita ao tipo sanguíneo que
é imutável, até o momento[3].
Existem, no entanto, características que não pertencem ao conhecimento
pré-natal, pois são adquiridas. Vamos citar como exemplo a linguagem. Ninguém
nasce com “fala” própria. Quando se é brasileiro, fala-se português, dessa
forma concluímos que não herdamos a comunicação sonora, isto é, não possuímos um
grupo de células que toma conta da fala. Assim,
o ser humano não tem voz própria, portanto não conhece o mecanismo do falar. Um
cachorro surdo late, um homem surdo, não fala. Assim, é difícil o homem
entender a voz dos animais, pois não herdou o dom da comunicação verbal, mas,
no entanto, o mesmo não acontece, por exemplo, com o cachorro. Como o cachorro
herda o minicérebro da “voz”, conhece o mecanismo da produção da mesma, e
facilmente passa a entender a voz do homem. O animal logo nos entende com o
convívio e nós não o entendemos, oralmente.
O homem pode acidentalmente se tornar disléxico, devido ao fato de sua
voz não ser natural ou inata. Nós humanos guardamos alimento para os momentos
de fome, assim, entendemos quando um cachorro enterra seu osso. Não é para
“nascer” e sim para comer depois, nós temos essa informação igual ao cachorro,
por isso entendemos a atitude dele.
Vamos então à seguinte proposição: todo o conhecimento inato dá
possibilidade ao bom entendimento e à alteração ou correção dessas
características nos seres que as possuem. Quando sentimos sede, após
caminhadas, entendemos que existe uma perda de água do nosso organismo e que
precisamos repô-la (conhecimento inato).
Então? Por que perdemos água? O trabalho de nossos músculos gera calor,
assim jogamos água em nosso corpo (suor) com a finalidade de diminuir esse
calor através da evaporação da água, que para tanto é necessário retirar
calorias de nós. Quando entendemos o processo se torna mais fácil dar uma
solução a qualquer problema nesse mecanismo.
[2]
O fenótipo
são as características observáveis ou caracteres de um organismo como, por
exemplo: morfologia,
desenvolvimento,
propriedades bioquímicas ou fisiológicas e comportamento.
3 Referência: Ainda não li nada que
justificasse a constância do grupo sanguíneo na evolução dos seres.
Cientificamente não existe nada escrito nesse sentido. Para mim a causa dessa
não evolução está no fato das hemácias não possuírem cromossomos em suas
células. A renovação celular acontece alterando certamente as proteínas
contidas nos cromossomos, quando for o caso. A não existência de cromossomos
torna essa multiplicação igual, e mostra ser seu possuidor um ser humano.
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