quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
COBRANÇA FAZ DE CONTA POR CRÉDITO
Com o evento dessa formatação curricular, ficaram
estabelecidas certas regras: o crédito ficou definido como a carga horária das
quinze (15) semanas de aulas teóricas com uma aula semanal, ou seja, quinze
aulas por semestre, pois o semestre tinha quinze semanas com seis dias que
davam como resultado 90 (noventa) dias letivos. Os 100 dias letivos atuais,
criados por Fernando Haddad, são incoerentes com a definição da unidade de
crédito, pois 17 (dezessete) semanas somam 102 (cento e dois) dias e não cem.
As aulas práticas contavam os créditos como cinquenta por cento das aulas
semanais nas quinze semanas, pois o esforço acadêmico era assim representado
por entender-se menor. A cobrança da mensalidade seria pelo número de créditos
contratados no semestre e não mais por um sexto da semestralidade. O aluno
teria o direito de matricular-se em quantas disciplinas desejasse e pudesse
arcar com as responsabilidades da mesma.
Hoje, com a comercialização do ensino, tudo isso foi
esquecido, desde a definição da unidade de crédito pelo MEC até a cobrança das
mensalidades pelas faculdades. As escolas que representam o poder econômico e
político do país cobram por cada disciplina um valor de crédito diferente.
Disciplinas com quatro aulas semanais custam três a quatro vezes o valor de
outra de dois créditos. O pior é que essas aberrações acontecem a partir do
meado do curso, quando fica mais problemática uma transferência. As aulas
práticas, cujos créditos correspondem a cinquenta por cento do número de aulas
semanais, são cobradas como se a definição do crédito fosse igual ao número de
aulas no período, como acontece com as teóricas.
O resultado é que muitos alunos desistem de estudar por impossibilidades
financeiras. O Governo assiste a tudo isso de braços cruzados para não
prejudicar seus coligados. Assessorado por burocratas que ignoram as leis e os
princípios que gerem a educação, ou por imposição do lobby “educacional”, o Estado fica a chamar atenção
através de engodos como o ProUni e Fies, tentando iludir o povo em relação aos
70 (setenta) por cento que estudam em instituições particulares e pagam de
forma arbitrária aos “magos” da educação.
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