quarta-feira, 20 de maio de 2015
AS GRANDES CÓPIAS MAL ACOLHIDAS
O
número de acidentes, por força da ingestão de álcool, nas grandes cidades como
as do sudeste e outra mais, cresce de conformidade com sua população ativa. Nas
cidades de pequeno contingente populacional os acidentes, a qualquer título,
acontecem em escala bem pequena. Num país continente como o Brasil não se pode
adotar, em todos os estados, as mesmas leis com as mesmas regulamentações. É
preciso traduzir, na adoção das regras, a vocação do estado ou cidade,
especificamente, que irá adotar essas determinações de âmbito nacional. Vamos
nos fixar na Lei Seca para os condutores de veículos.
A
cidade do Recife adotou a Lei com o mesmo rigor que a cidade de São Paulo.
Tolerância zero para o álcool ao dirigir um auto. A cidade de São Paulo possui
uma população imensa, é uma população cosmopolita, tem vida noturna intensa e
seus habitantes têm grande poder aquisitivo. Como consequência dessas
característica tem um número de condutores de veículos muito grande, o que gera
acidentes em grandes números e sinaliza maior número de motoristas dirigindo
alcoolizados. A Lei tem que ser radical para não dar ousadia ao número
crescente de desastres que acontecem a cada momento. Não podemos nem comparar a
nossa cidade com apenas 10% da dinâmica paulista, para adoção de mesmos métodos
sociais no que quer que seja! Recife colabora muito pouco com as estatísticas
nacionais nesse particular, acidentes por embriaguez do condutor do veículo.
O
que me determinou para comentar esse fato foi que em Fortaleza a polícia não
faz blitz nem usa bafômetros nas ruas ou avenidas da cidade. Perguntando o
porquê dessa diferença em relação à Recife, cidades quase do mesmo porte, me
informaram que sendo Fortaleza uma cidade essencialmente turística, onde à noite
os bares e casas noturnas estão sempre cheios, as blitz iriam assustar os
visitantes, e, ainda, as bebidas são tão caras que ninguém bebe o suficiente
para se tornar irresponsável. Na verdade, em seis dias que convivi com a cidade
não aconteceu nem um acidente por consequência da ingestão de bebida alcoólica
por motoristas de veículos.
A
conclusão disso tudo é que não se pode viver a copiar o que é adotado em algum
lugar e adotar, tal qual, o modelo original sem cuidar da vocação da cidade
onde irá ser implantado esse novo. Assim, é bom que os nossos políticos,
principalmente, que não têm a sensibilidade de entender esse mecanismo,
contratem pessoas capazes de tornar adequada a regulamentação de uma lei
nacional em cada município.
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