quarta-feira, 9 de setembro de 2015
CONCENTRAÇÃO DE RENDA
É
muito fácil: ser patrão hoje é
assumir muita responsabilidade com terceiros e sempre passar por vilão nas
possíveis falhas acontecidas na gestão do seu negócio. As leis sempre são duras
para o patrão e pouco possibilitam a análise das culpas do empregado, o qual, já acostumado com os resultados das demandas trabalhistas, sempre procura tirar proveito da
forma como a justiça funciona. Resultado: ganhos quase sempre sem razão da
classe trabalhista. Além disso, os
impostos e contribuições sociais tornam todos os negócios honestos
insustentáveis, pois o governo suga pelo menos 40% de seus resultados anuais.
A
partir daí vem a preferência por estagnação de seus investimentos em compra de
bens imóveis ou aplicações financeiras que rendem com nenhum benefício social.
O resultado é que o dinheiro não circula, pois não gera emprego; e, consequentemente, o consumo fica estagnado,
restringindo-se aos que acumulam renda da forma descrita acima. Num "feedback", as indústrias e o comércio não geram riquezas
crescentes, pois o poder de compra da sociedade não aumenta por conta da falta
de emprego, o que não faz crescer a população ativa no mercado de trabalho.
Resultado: a falta de consumo faz
encolher a produção de bens e serviços, alimentando, assim, o desemprego, que,
por sua vez, realimenta a crise provocada pela concentração de renda. Ou seja, um
menor número de pessoas com poder aquisitivo leva ao fechamento de estabelecimentos
geradores de emprego.
Quando a distribuição de renda acontece, todos têm o poder de compra, aumentando,
assim, o consumo. Eis, então, a dinâmica: o aumento da produção e serviços gera
mais emprego, realimentando o setor produtivo, o qual contrata mais e enriquece
a sociedade com novos serviços criados pela população ativa no mercado de
trabalho.
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Excelente explanação. Parabéns!
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