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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

LUCRANDO COM DISFARCE

               As indústrias e o comércio, nos dias de hoje, querem a cada dia aumentar seus lucros em detrimento dos clientes e usuários de seus produtos e serviços. Esses lucros vêm com a diminuição da mão de obra contratada para os serviços que demandam mais tempo para sua execução e não são complexos no fazer. Por conta disso, alguns setores, por exemplo, vendem móveis e outros aparatos de uso corrente apenas em "kits" desmontados, deixando para o comprador a tarefa de montar ou contratar alguém para esse fim. Com isso, a economia é feita, e o adquirente em uso, tudo fica bem.
            O que irrita é a adoção do modismo sem questionamento! Então agora eu compro para montar, junto com uma chave para os parafusos, e nada questiono sobre o que recebo em troca do meu trabalho! Preço melhor? Qualidade melhor? Que nada, um preço maior porque o material é outro! A matéria prima mudou! E como!
            Se não, vejamos. A matéria prima utilizada nos modernos móveis e utilitários é péssima. Para exemplificar, sobre os móveis, citamos as substituições no tempo da "madeira", que aos poucos foi substituída pelo compensado, em seguida pelo aglomerado e, hoje, usa-se o MDF. Explicando: a madeira de lei deu passagem para a madeira mais leve e ordinária que originou o compensado - madeira laminada e colada, inclusive com camadas internas de madeiras mais ordinárias ainda; o compensado deu lugar ao aglomerado, pó de madeira e outros vegetais, como bagaço de cana, triturados e prensados com cola sem acabamento final, e, finalmente, o último substituto foi o MDF - semelhante ao aglomerado, mas com acabamento. O acabamento desse último tem aparência especial e, quando danificado, jamais se encontra um "folheado" igual.
            As cerâmicas também são outro exemplo de exploração com o consumidor. Além das cores não se repetirem em cada nova fornalha, fato esse com solução em paginações arquitetônicas, agora o problema são também os tamanhos que criaram diferentes em cada lançamento, tornando impossível a substituição quando acidentalmente uma peça se quebra. As lâmpadas se modernizam e sua base varia, obrigando o consumidor a trocar o bocal de suas luminárias, quando não seria necessária a mudança do encaixe. Eis, pois bem, a exploração disfarçada.

           


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