terça-feira, 22 de dezembro de 2015
SE ESSA RUA FOSSE MINHA
Chegando próximo à casa em festa, fila tríplice de
carros interrompe a passagem de meu veículo. Bandeirolas e bolas de festa
servem como forro da área sob a abóbada celeste, iluminada pelo brilho apenas das
estrelas – era lua nova! Enquanto estacionava o carro, vozes e risos eram
escutados rua afora, tendo o som emitido pelo “três em um” de fundo. As
calçadas e leito da rua cobertos com mesinhas forradas com toalhas azuis
pareciam refletir o céu que do infinito apreciava de forma singular aqueles
momentos de paz e devaneios. Chegando mais próximo, eram escutados brindes e
vozes saudando os recém-chegados, junto com diálogos nas mesas sobre futebol,
sobre moda e sobre as mais recentes notícias da mídia.
Cerveja,
vinho e whisky competiam com sucos e refrigerantes que eram acompanhados por
salgadinhos e docinhos, que postos nas mesas em descansos bastante arranjados
com laços e brasões, davam o intervalo entre as bebidas e os bate-papos. O vovô
sorridente e festivo visitava cada lugar da área da festa, oferecendo
tira-gostos e bebidas que eram renovados a cada momento. Confraternização com
velhos conhecidos encontrados nos festejos aconteciam mesa a mesa, tornando o
lugar sadio e de boas recordações.
Finalmente,
a dona do pedaço chega sorridente e comunicativa no grande dia em que comemorava
o seu terceiro aninho: Sophia corria entre as mesas beijando os seus convidados
e participando do evento como ninguém! Recebia e desembrulhava seus presentes
com um sorriso e agradecimento, parecendo mais uma princesa de 15 anos. A mamãe
Marcela com seus pais e irmãs conseguiram realizar um encontro bonito no meio
da rua.
Sei
que esse tipo de festa sempre acontece nos bairros mais populares, mas nunca
tinha participado ativamente como dessa vez. Observando cada detalhe e os
rostos dos ali presentes, pude atestar que a felicidade não emana de lugar ou
de alguém, ela existe dentro de nós. E assim, seremos capazes de contaminar o
local, que vai acolher a todos, de forma melhor do que se imaginava possível
num salão de brilhos de um castelo, no qual a ostentação briga com a sua felicidade.
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