terça-feira, 8 de dezembro de 2015
“NÃO RESOLVO E NÃO DEIXO ALGUÉM RESOLVER!”
Os
comentários atuais, nesse agosto de 2015, sobre as providências da Prefeitura
da Cidade do Recife (PCR) em relação ao uso do solo, têm abordado sobre a
mobilidade urbana – o direito de ir e vir livremente, de forma rápida e
eficiente. Afora o cuidado com as ruas e avenidas, que devem dar condições ao
trânsito regular de veículos, sem estrangulamentos, contemplando a manutenção
do leito das vias e faixas de rolamento em número suficiente, deve-se também
cuidar da movimentação das pessoas.
Os
indivíduos têm que se deslocar com segurança. Para tanto, as faixas de travessias de ruas e avenidas devem existir em
número suficiente, de tal forma que
torne a ambulação segura e sem obstáculos. Sinais luminosos e sonoros devem
alertar o público, contemplando, inclusive, o cego, o surdo e o deficiente em trânsito, com rampas suaves e
sem descontinuidade em todo o percurso. Hoje, prefere-se nivelar a travessia das vias alongando-se as calçadas,
facilitando a todos as conexões entre os quarteirões. Os comentários
especificamente sobre as calçadas aludem à desobstrução dessas referias vias, procurando fazer a retirada de ferros
de proteção, mal colocados, assim como barracas de ambulantes, fiteiros e
bancas de revistas quando não regularizados. Nos bairros mais populosos até
lanchonetes e outros comércios concorrem com os pedestres no uso das calçadas,
principalmente se atendem na entrada de hospitais ou repartições públicas de
grande demanda de usuários de seus serviços. A PCR tem procurado retirar essas
obstruções.
No
entanto, o problema mais grave na
ocupação das calçadas reside no crescimento desordenado das raízes das árvores
que chegam a só permitir trânsito em 30 ou 40 cm do passeio. Em pleno centro da
cidade isso acontece, e se você, como “cuidador responsável pelo
trecho da calçada”, fizer o replante
da mesma será punido severamente.
É
preciso estabelecer regras para a manutenção da mobilidade urbana no que se
refere às calçadas. Se o governo municipal não quer cuidar disso, alegando que a manutenção do passeio
pertence ao edifício servido por ele, pelo menos deve fornecer as regras para
fazê-la. Árvores têm caído sobre pessoas e patrimônio de contribuintes e nada
se faz para evitar essa irresponsabilidade do poder público! Eis o lema atual
dos governantes do município do Recife: “Não resolvo e não deixo alguém
resolver!”
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