quarta-feira, 25 de maio de 2016
UM PAÍS SEM LEIS
Um
país para ser cotado no mercado internacional deve, inicialmente, ter
transparência em relação aos seus costumes sociais, suas leis com relação ao
imigrante e à economia, e, finalmente, no funcionamento da taxação de impostos
nas diversas atividades. Infelizmente, as leis no Brasil acontecem sem se
questionarem suas motivações, seus alcances e suas interferências em relação às
já existentes. Simplesmente, elas advêm da conformidade com a conveniência do
momento. Poderemos citar a mais ilógica dentre as mais incoerentes: a que
define multa para quem desemprega um funcionário sem justa causa. Vamos reviver
a criação do FGTS.
Em
setembro de 1966, foi criado o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço),
para coibir indenizações e estabilidade de servidores nas diversas instituições
e empresas brasileiras, privadas ou estatais. O depósito mensal de 8% do salário
do empregado na Caixa faz que, no final de cada ano, essa poupança, em nome do
funcionário, atinja o valor de um salário. Desta maneira, o empregador não
abalaria as finanças de seu negócio, tendo que indenizar o empregado com um
salario por cada ano de prestação de serviço.
Para
evitar que as empresas despedissem seus servidores, sem justa causa, o governo
resolveu criar uma multa de 40% do valor dos depósitos feitos na Caixa, em nome
do funcionário, quando de sua despedida do emprego. Acontece que, de forma
esdrúxula, o FGTS, criado para não abalar as finanças da empresa, foi
violentado em sua essência! E o pior é
que – o pagamento de expurgos inflacionários dos Planos Verão e Color I – somou-se aos 40% mais
10%, para o governo cobrir o rombo do FGTS, totalizando a multa em 50%[1].
O empregador não tem nada a ver com isso! Diga-se, de passagem, que a
finalidade desses 10% se extinguiu em 2007. No entanto, Dilma Rousseff mudou a
destinação dos 10% para seu programa eleitoreiro “Minha casa minha vida” de
forma inconstitucional e nada foi divulgado. Hoje, os empresários contestam e
querem a devolução corrigida dessa violência que transita desde 1977, roubando
descaradamente as empresas. Por que se tem que discutir um fato legal
pertinente com a Lei Complementar
110/2001?
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1 Em 2014, a Caixa Econômica Federal arrecadou R$
4,11 bilhões com a multa adicional de 10%, segundo as demonstrações contábeis
do FGTS, divulgadas no dia 13 de agosto de 2015.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
A SUBJETIVIDADE NO HOMEM E NA MULHER
Muitas vezes, faz-se uma comparação
entre o homem e a mulher numa discussão descabida, pois eles se constituem como
seres bem diferentes em seus mínimos detalhes e funções dentro das sociedades.
As características subjetivas, principalmente, são as mais discutidas, pois,
pela própria subjetividade das especificidades, é difícil uma análise mais
cartesiana e simples. Muitos comentários se fazem da inteligência do homem e da
mulher e pouco se fala dos conhecimentos pré-natais (aqueles que existem na
criança mesmo antes de ela nascer).
Não
vamos aqui filosofar que um embrião não tem consciência, logo não tem
informação pré-concebida. Cada célula de nosso corpo segue o ritmo da única
célula de origem, ou seja, aquela que surgiu da união dos zigotos masculino e
feminino, da fecundação. Assim sendo, a multiplicação celular, que formou todo
o nosso complexo corpo, também definiu todas as nossas características mentais.
O milagre da herança genética que se destaca no DNA, na verdade, reside em todo
o indivíduo.
A
mulher, como nosso ancestral, já que se constitui como nosso elemento
reprodutor, reúne muito mais informação inata do que o homem: ela possui 35% e ele,
25% do conhecimento necessário para sobreviver. Podem-se denominar esses
números de percentual de informação pré-natal. Para acompanhar sua companheira
durante a vida, o homem desponta em sua origem com pequeno acréscimo de
inteligência em relação à mulher. Outras características diferem bastante entre
os dois sexos, citaremos as mais soberbas no macho e na fêmea.
A
mulher é mais perspicaz, mais racional no relacionamento afetivo, mais
inconsequente quando irritada, possui grande memória, realiza-se no cuidar dos
seres vivos – animais e vegetais –, sabe dar limites a seus relacionamentos, só
para citar algumas características. Por sua vez, o homem é mais cartesiano, tem
estratégia mais racional no tratar, é mais apaixonado no relacionamento
afetivo, não tem grande memória, é organizado em suas anotações, displicente nas
tarefas domésticas e tem coração mole e grande, pois não seleciona amizades.
Essas
características básicas se constituem como genótipo, pré-natais, mas todos nós
sabemos que o nascer é influenciado desde o ambiente até os ditos sociais, e,
sendo assim, surge o fenótipo que evolui junto aos fatores circunstanciais da
vida.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
SKY, UM FALSO CÉU
Tudo
bem pagar uma visita técnica para consertar a minha máquina de lavar, o meu
televisor que será consertado fora da garantia; mas para que eu receba um
sinal, pelo qual pago um aluguel, e se meu sintonizador, por motivos alheios
aos meus cuidados, não recebe o sinal emitido pela própria Sky, é um absurdo!
Basta chover um pouco a mais para o sinal ser interrompido, e tome trabalho
pessoal de quem está pagando a fatura mensal! Engraçado é que você recebe aviso
pelo televisor, para pagamento, quando atrasa um dia; no entanto, enquanto você
não reclamar, a Sky não sabe que você está pagando um serviço não prestado! O
pior é que nada é descontado da mensalidade pelos dias sem programação e até
seus programas gravados evaporam quando do restabelecimento do sinal.
Isso
só acontece no Brasil, onde o Governo vive passando a mão na cabeça das
multinacionais em detrimento dos direitos dos contribuintes. É mais um absurdo
que se junta a tantos outros quando se trata de defender os interesses do povo.
Isso me faz lembrar a nota fiscal de balcão que tem seus dados evaporados em
poucos dias, e o Governo permite que isso aconteça, obrigando o cidadão a tirar
cópia da nota para cobrir sua contabilidade ou garantia e troca do produto
comprado, quando for ocaso. Acorda Brasil! Onde estão os políticos eleitos por
nós para o senado e para defenderem os nossos direitos?
segunda-feira, 2 de maio de 2016
POR QUE OS REMÉDIOS VENCEM?
Atribui-se à má gestão do controle dos estoques dos
medicamentos os milhões de reais que vão para o lixo, por conta de drogas e
descartáveis vencidos. Esse fato é cíclico como se esperasse o vencimento de
lotes que são comprados periodicamente por todos os governos brasileiros. A
culpa é jogada em quem faz a guarda desses estoques e papo final. Ora, quem
cuida do estoque faz a guarda dos medicamentos até que seja requisitado pelos
órgãos do poder público, que administram a distribuição desse contingente de
remédios, de conformidade com a sua solicitação. Quando a solicitação não é
feita, o estoque permanece sem movimento e vários medicamentos vencem. De quem
será a culpa desses prejuízos então?
A
movimentação na distribuição dos insumos hospitalares já deve ser por demais
conhecida pelos que fazem esse controle nacional. E por que os medicamentos
vencem? Ora, se os compradores desses remédios compram em excesso, é natural
que os estoques não se esgotem dentro do tempo da validade. O grande interesse
dos grupos que fazem essas compras é receber benefícios dos fabricantes das
drogas; dessa forma, então, quanto mais, melhor! Certamente, não estão inclusos
nessas compras remédios caros como Citrato de sildenafila (Revatio), hipotensores
arteriais, drogas para diabetes e para AIDS, por exemplo, que vivem em falta,
prejudicando tremendamente seus usuários, que por vezes morrem por falta de
medicamentos. Certamente, a comissão, paga pelos laboratórios que os fabricam,
não é tão boa como a de outras espécies de remédios e descartáveis que são
jogados no lixo aos milhões.
Mais
uma vez, é de envergonhar a forma como a administração pública cuida dos
fazeres da saúde, mola mestra, junto com a educação, da produção dos cidadãos
brasileiros e de qualquer país. Hoje em dia, é preciso se ter muito cuidado ao se
julgar as notícias recebidas pelas mídias, que, por falta de vontade de
aprofundar o diálogo sobre as ocorrências, nos jogam fatos como esse citado,
como se os prejuízos fossem causados simplesmente por um lapso ou uma irresponsabilidade
de uma pessoa e não estrutural como o é, fiquem certos.
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