quarta-feira, 9 de agosto de 2017
A VIDA CONSEQUENTE
Você que vê a vida descortinar-se à sua
frente não imagina quão diferente seria sua visão se seu desenvolvimento desde
a infância tivesse sido diferente do que foi. A valorização das atitudes e da
periferia de si mesmo, no ser humano, está ligada àqueles valores apreendidos
desde a primeira infância no ambiente de seu lar e da escola. É muito difícil a
reeducação que faça mudar os valores impregnados na mente durante a formação da
pessoa-criança. Isso não significa que você se torne imutável na pós-adolescência
ou na fase adulta; no entanto, é necessário que você tenha consciência de que
seu comportamento atual é consequência dos acontecimentos de sua vida durante a
infância e que agora deseja realmente mudar.
O difícil é convencer o seu cérebro, que
já transformou todo o seu cuidar da vida em prazeres estáveis, buscando
justificativas efêmeras que já lhe convenceram dessa falsa realidade, em outra
visão que com certeza lhe trará muito mais prazer e tranquilidade no viver. Não
podemos esquecer que nosso cérebro está sempre a serviço de nosso bem-estar e
prazer. Qual, então, seria a forma de fazer o seu cérebro mudar de ideia?
Bem, primeiro, você tem que estar
convencido mesmo de que a forma com a qual você tem olhado a vida é consequência
de sua vida pregressa, isso de maneira muito verdadeira! Será sempre difícil
porque as mudanças que nos levam ao desconhecido são sempre temidas. E, segundo,
mudar as circunstâncias que criamos ao nosso redor, tornando-as compatível com
as nossas convicções trazidas do passado para uma outra forma de comportamento
social, adequada com nosso futuro querer. Por não dependerem simplesmente de
nós essas transformações, vamos ter que constranger uma série de atitudes que
não toca apenas em nós mesmos, mas atinge outras pessoas e espaços já calejados
com os nossos fazeres de antes.
Para sabermos de nossas satisfações no
viver, temos que analisar o nosso contentamento vivido e compará-lo com o de
outras pessoas com as quais sentimos esse bem-estar e esse equilíbrio vital.
Não adianta mudar por mudar, pois essa forma jamais levará a pessoa ao viver
com júbilo.
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