Denominamos de humanos regulares aqueles que quando comparados entre si pouco diferem substancialmente. Isto é, o pensamento e o corpo admitem o mesmo padrão de comunicação e dinâmica de movimentos. Esses pouco inovam e estão sempre adotando o existente que apresenta poucas diferenças.
As diversas habilidades pessoais dependem de uma série de fatores genéticos e adquiridos, formadores do que denominamos de fenótipo. Assim, irmãos podem ser “bem diferentes” se educados em locais díspares de cultura e geografia. Ou, se apesar de serem educados no mesmo local, forem concebidos em distintos momentos emocionais dos pais.
Quando essas habilidades são físicas e diferem bastante de seus pares, observa-se apenas o elemento faltoso ou impotente e não aquele que se sobressai e chega a exacerbar suas funções, tornando-se quase um substituto do outro. A audibilidade, por exemplo, dos cegos é um bom exemplo. Não se fala da supremacia da audição, mas da falta de visão do mesmo.
No caso de disparidade no comportamento mental, aí é que a maneira de observar torna-se mais grosseira. A pessoa é então tachada de louca ou deficiente mental, de conformidade com seu “status” social. Ninguém quer observar as mudanças para melhor, e o pior é que as agressões são pouco conscientizadas pela “vítima”; que se enquadra sem, muitas vezes, saber o porquê do tratamento diferente.
O autista é considerado um deficiente mental, simplesmente porque seus atos não são comuns às pessoas regulares. A medicina afirmava que o problema estava nos neurônios-espelho que não funcionavam direito, esses neurônios são células do cérebro ativadas quando alguém realiza uma ação ou apenas observa a mesma ação.
A revista Neuron publicou, recentemente, que o neurocientista Ilan Dinstein, do Instituto Weizmann de Rehovot (Israel), e colaboradores da Universidade de Nova York, realizando experiências com 13 autistas e 10 pessoas regulares, concluíram que, em determinados eventos sob algumas condições experimentais, os neurônios-espelho de autistas comportam-se como os neurônios de pessoas normais.
Com isso, percebe-se como são julgadas as pessoas diferentes. Estabelece-se uma causa ou motivo para a diferença e o rótulo está posto. Amanhã, descobre-se o erro praticado e fica, simplesmente, o dito pelo não dito. E quanto tempo perdeu “o diferente” com os falsos saberes?
Os autistas, por exemplo, têm suas características próprias. Seu cérebro afunila toda a sua pujança em cima de uma dada peculiaridade: música, matemática, arte, memória visual ou tantas outras especificidades dominadas pela cabeça humana. Na verdade, o corpo por inteiro se dedica àquela atividade soberana. Todas as demais funções cerebrais e corporais são amiudadas (diminuídas) em prol daquela maior que é insuperável pelas pessoas regulares.
A reeducação do autista o tornará comum. Devemos deixá-lo desenvolver-se no seu melhor e apenas auxiliá-lo nas suas dificuldades. Só assim estaremos dando oportunidade aos humanos portadores de características especiais – e não de deficiências – de se mostrarem como são, trazendo, a cada momento, o novo nos diversos segmentos dos saberes da humanidade.
Difícil nascer doente mentalmente e ser respeitada.Parabéns pelo blog,professor...
ResponderExcluirTu és meu amigo de alma, realmente amigo...
ResponderExcluirQue em todo caminho e jornadas estás presente comigo (dentro de mim).
Tu és uma estrada que nunca passou...
Um homem com alma do bem!
O tempo não pára e no entanto nunca envelheces...
És aquele que me dá amizade, respeito e apoio.
Recordo que já passei alguns momentos...
E tu não mudastes para caminhos que mudam o vento.
Realmente "o teu coração é uma casa de portas abertas"...
Tu és certo em horas incertas!
Em certos momentos difíceis que há na vida,
Busco a ti que me ajuda a encontrar saídas...
E aquelas palavras de força que sempre me destes,
Me dão a certeza que estás ao meu lado!
Me dizes verdades tão grandes...com frases abertas...
Talvez, "não preciso nem dizer,
Tudo isso que te digo"...
Mas, mesmo assim estou feliz em sentir que:
Eu tenho um grande amigo,
O meu porto seguro,
O meu grande exemplo de vida!
Agradeço por tê-lo em minha jornada, em minha vida!
Te amo!
Graças a Deus o tenho por mais um ano, Parabéns!!!
Cláudia Barreto
Parabéns para a sra.também,Cláudia,pela delicadeza,pela honestidade pois nem todos sábios falam o que sentem por medo ou covardia,pensam que toda sua cultura salvadora da humanidade os torna super-homens sociais indispensáveis.Velhos sepulcros caiados.Não passam de mitos fabricados por si próprios.Devia ter aqui em Pernambuco um museu biblioteca para colocar estas entidades acadêmicas(Quadro/fotos/escritos póstumos) pois parecem viver em função exibicionista,esquecendo-so do mais singelo e verdadeiro dos sentimentos humanos.Família é a base de tudo.
ResponderExcluirTenho psiquiatra e tomo remédios.Mas aqui nesse lugar tem gente mais ou tão doente quanto eu,constato quase todos os dias.
Por exemplo,hoje,dia de Nossa sra. do Carmo no Recife.Antigamente o Padroeiro era Santo Antônio(exemplo de homem culto porém muito amoroso).Antônio realmente existiu.Por que então pegam uma entidade fruto de alucinação(eu sei bem o que é isso,tenho de vez em quando)e fanatismo,fora o oportunismo religioso/político por trás do marianismo,e põem no lugar do concreto.Será que só os especiais não alcançam a compreensão de vocês?Já pararam para perceber que vocês também não alcançam a compreensão deles!?Não estou atacando os católicos pois também sou de formação católica apesar de não praticante.Como pôr alucinação no lugar de uma entidade que de fato existiu?Que ninguém venha dizer que é questão de fé.Maria mãe de Jesus estando viva não aprovaria tanto fanatismo e oportunismo por trás de seu nome.Esse é só mais um dos muitos casos psiquiátricos observados por mim a serem esclarecidos na sociedade recifense.A alma brasileira ultrapassa a fé,é obsessiva compulsiva(também tomo remédio disso),supera até as leis da Física.Junta isso com o estado de barbárie já instalado no Brasil.Dá para notar bem como as pessoas por aqui vão progredir rapidamente...Nem querem estudar e entender filosofia.E nem é preciso muito.Pois só tenho o primeiro grau menor e nem sou rica.O maior e o segundo que estou em vias de concluir terminei nem sei como pois depois da quarta série nunca mais estudei(que ninguém siga meu exemplo!).Enjoei...Só leio e estudo o que gosto ,que me dá na telha da intuição e pronto.
Gostei de tudo que está escrito aqui.
Esse teu familiar,Cláudia Barretto é homem codial em ambos os sentidos(o cordial de finess,educação,sociabilidade e o cordial de Buarque de Holanda:de coração.
Por isso repito:
Parabéns mesmo pelo blog,professor...
Tarde já me vou eu,amados,
Adeus...
Pois é moça do forte de pau amarelo...
ResponderExcluirPelo que percebo quem precisa de remédios é o seu psiquiatra (com todo respeito)acho que o problema é que as pessoas não estão acostumadas a ouvir e ver certas coisas...percebo que o que você sente é tudo normal...diante de um mundo e uma vida tão bizarra em que vivemos...são tantas mudanças, conceitos, preconceitos.
Você é uma pessoa muito inteligente e interessante, que poucos se atrevem a manter um diálogo pois tem medo!!!
Continue assim, com suas peculiaridades, com suas verdades, suas opiniões e seus questionamentos...pois pobre é aquele que não pensa! Parabéns por ser especial!