quarta-feira, 7 de março de 2018
O GOVERNO VADIO
A
missão do professor antigo era traduzida como um apostolado, ou seja, serviço
tal qual o religioso, cuja dedicação não visava à remuneração e quem o praticava
era levado, muitas vezes, ao sacrifício pela devoção. Assim o esmero pelo saber
transcendia os interesses pessoais. Com o evento dos cursinhos e outros tipos
de ensino extraclasse, os professores começaram a ser mais bem remunerados e a fazer
uso dessa subida de nível social. Os docentes do ensino básico, desse modo,
também exigiram, por meio de seus sindicatos, remuneração compatível com aquela
de seus pares.
Assim,
acostumaram-se a luxar de forma igual aos professores de cursinho com conforto
maior em casa, no carro e nos eventos sociais da época. Hoje uma escola cobra
para o curso de ensino médio uma mensalidade que atinge até mais de três vezes
os preços das mensalidades de cursos universitários em IES (Instituições de
Ensino Superior) ou universidades. Dessa forma, vemos mais uma incoerência nos
valores destinados à educação formal.
O
governo, em vez de zelar pela educação básica, preocupa-se com a superior. Por
que isso? Muito simples. Os alunos universitários têm a obrigação de votar, sendo
assim, os governos pensam em conquistar esses votos tornando mais acessível o
ensino superior. Infelizmente nunca o governo cria uma lei em benefício do
povo, quando isso aparentemente acontece, esconde-se, por trás, o verdadeiro
espírito da lei.
Por
que não existir o FIEB (Financiamento do Ensino Básico – Fundamental e Médio)
ou o PROBASE (Programa de Ensino Básico para todos)? O FIEB teria a garantia
dos pais ou do avalista, e o Probase com prova tipo “ENEM”. A forma de ingresso
nesses programas, o governo é que dite! Outro motivo para não existirem esses
programas é o universo que seria atingido. Mas isso é muito simples. Qualquer
escola do governo tem custo, pelo menos, dez vezes maior que a escola de
administração privada! Então qualquer programa que contemple bolsas nesse nível
será muito mais em conta e efetivo quando na escola particular do que na
criação de escolas “públicas”.
Ninguém
ver políticos quaisquer, majoritários ou minoritários, preocuparem-se com isso.
É tudo uma questão deles sempre trabalharem em benefício próprio e não das
comunidades que os elegeram. Mas, um dia “o Sol há de brilhar mais uma vez”.
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