Primeiro: a necessidade de atender à grande demanda de alunos que desejam ingressar em curso superior exige programas especiais para os mais carentes, pois o crescimento financeiro leva ao desejo de se propor a segmentos antes utópicos.
Segundo: reformulação no formato pedagógico para atender ao alunado crescente, buscando motivações a fim de criar mentes mais preparadas e criadoras que possam competir no mercado de trabalho, mais exigente a cada dia.
Terceiro: treinamento dos professores – acostumados a exigir dos alunos mais aplicação, sem investir neste particular – para que levem o ensino a um pragmatismo maior, sem descuidar das generalidades necessárias à sintonia da prática profissional bem formalizada.
Tudo isso posto, pelas mudanças ocorridas no tecido social.
O aluno hoje é mais exigente, junto aos professores, no que se refere não ao conhecimento, mas, aos resultados das avaliações que, muitas vezes, tem valorizado os entretantos, sem cuidar dos finalmentes, causando reclamações voltadas para a obtenção de maiores notas. É a busca do diploma, e não do conhecimento, que tem motivado, com raras exceções, os universitários dos dias de hoje. Essas colocações têm caracterizado, na maioria das vezes, os alunos mais carentes, como se o débito social, agora quitado, pudesse invadir as avaliações do saber. Precisamos estar bastante alertas para coibir a prática dessa cobrança descabida, que tem logrado êxito em muitas salas de aula.
O professor bem preparado é capaz de exigir, nas avaliações, os assuntos que serão necessários para atuar no mercado, dispensando aqueles de entorno ou cascas de bananas, arguindo os que transmitem a doutrina do saber. É a conceituação baseada nos princípios científicos de um dado evento prático que permitirá a tomada de decisão na vida profissional, sem o menor receio de errar. São poucos os mestres que raciocinam nessa direção, pondo em risco o uso do tempo, lecionando. Devemos ensinar levando a certeza de, no futuro, aprender com nossos discípulos!
A escola deve também colaborar com as salas de aula, disponibilizando equipamentos audiovisuais e ambientes de boa acústica e salubridade para seus alunos. A temperatura ambiente com farta ventilação poderá estar quente, mas nunca com ar viciado, facilitando o torpor e a proliferação de epidemias. Laboratórios característicos e boa biblioteca também fazem parte das motivações que devem caracterizar o ensino nos dias de hoje. Premiações pelo desempenho e divulgação de trabalhos individuais ou de grupos não estão fora de moda e motivam o alunado à excelência do saber.
Programas de inclusão educacional devem ser criados sem o estigma dos coitadinhos. Esses eventos devem contemplar estudantes pelo conhecimento e não como uma forma de solver débitos sociais, pois, no mercado de trabalho, o paciente, cliente ou usuário não devem sofrer as consequências da má formação universitária de quem quer que seja, independentemente de suas origens.
Esperamos, neste pequeno texto, ter atingido os fundamentos necessários para uma boa educação superior nos dias de hoje. Faz-se mister a aplicação dessas sugestões nos núcleos de ensino universitário, sejam eles Universidades, IES, etc. Infelizmente, os burocratas da educação pouco têm levado em conta tantas sugestões que temos dado através dos meios de comunicação. Na verdade, é muito mais fácil conviver com os erros de hoje, que só irão prejudicar no futuro, do que lutar pelas mudanças. O terrível é que o “futuro” tem acontecido agora!
Pena que nem todos os que fazem educação possuem essa percepção, e em vez de deixar que ela seja um instrumento efetivo de repasse do conhecimento, torna-se algo meramente mercantilista!
ResponderExcluirUm beijo
Wilsinho Barretto