AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

ENSINO A DISTÂNCIA: O ESTADO ATIRA NO PÉ

Desde o ano 2000 que o Governo Federal vem incentivando a criação de cursos a distância. Lembro que a UFPE instalou uma sala para vídeo conferências como um evento precursor dos cursos virtuais.
Algumas universidades de administração particular começaram então a investir neste segmento, e os centros de informática iniciaram uma corrida atrás de softwares que contemplavam a pedagogia dentro desse novo formato de graduar em nível superior.
As universidades federais, pertencentes ao Governo, continuaram com o ensino presencial sem investir nada em cursos a distância que no futuro pudessem ser também absorvido pelas instituições particulares de ensino superior. Os burocratas do MEC sempre estudando o ensino de ponta, nada colaboraram com o novo formato de se obter o diploma do antigo 3º grau.
Por outro lado, criaram uma denominação estigmatizante para os graduados nesses cursos. Tecnólogos foi o apelido criado para àqueles que se formassem em nível superior através dos cursos superiores a distância. Quando cursos técnicos, seqüenciais, e outros acontecem, o título tecnólogo na verdade pareceu muito mais um curso técnico do que um curso superior.
Esse fato levou os graduados, através de cursos a distância, a ter dificuldades na obtenção de emprego e posição igual junto aos alunos concluintes dos cursos presenciais. De forma pouco aceitável, em nenhum momento, escutei apologia aos cursos virtuais feitas pelo Governo. Simplesmente, virem-se quem puder!
As escolas que criaram os primeiros cursos a distância desbravaram um campo sem definições objetivas e em tempo algum contou com o apoio dos que fazem a educação estatal, e ainda tinham como obrigação estabelecer os formatos essenciais para o alcance do sucesso neste novo nicho.
Aulas transmitidas ao vivo, como forma de aproximar-se do modelo tradicional, trouxeram investimentos fabulosos em cada seção de ensino/aprendizado. Na verdade, a aula não ao vivo, com a presença paralela do professor, atingiria muito mais os objetivos graças à dinâmica possível com este modelo gravado. A participação do professor aconteceria, então, para tirar as dúvidas surgidas.

Após meia dúzia de anos de trabalhos e de ir e vir destes desbravadores, vem o Governo iniciar a terrível ingerência, tão costumeira, nas atividades da empresa privada.
Inicialmente, contando com a experiência dos educadores das IES particulares, o Governo parte para abrir cursos a distância estatais e proíbe abertura de novos cursos e pólos pelas instituições privadas. O custo de manutenção desse investimento do Governo será pelo menos dez vezes maior que aquele dos cursos já existentes, que poderiam desenvolver um crescimento maior patrocinado esse crescimento por alunos carentes usuários de programas de financiamento público.
Além disso, abre um rol de exigências que devem ser cumpridas pelos pólos remotos, que vai desde biblioteca, salas de estudo, coordenadores e professores até a redução do número de vagas permitidas em cada centro de estudo. Reduzindo o crescimento dos pólos, cria as dificuldades financeiras para os investimentos exigidos. Paralelamente, usurpa o desenvolvimento da escola privada em benefício das estatais que chegam para concorrer de forma desigual, pois o ensino público é gratuito.
Após tanto incentivo aos cursos a distância, agora o Estado atira no pé.

SÍMBOLO E SINAL



As informações que chegam a uma criança por volta dos três anos são caracterizadas pelo concretismo. Isto significa que: quem recebe o nome de mãe é apenas a sua mãe; o trem é algo grande e a formiga é algo pequeno, sendo assim os nomes dessas coisas deveriam ser invertidos; e assim poderíamos citar diversos exemplos. O concretismo chega ao adulto na confusão entre símbolos e sinais, e isso pode causar graves consequências.
O símbolo é a representação de um fato, de um conhecimento pouco palpável ou de uma informação que depende de muitas explicações, válidas na atualidade. Dessa forma, entendemos que um símbolo deve ser renovado a cada momento que evoluímos no conhecimento do simbolizado.
Na verdade, o símbolo acontece como algo tão forte que associamos a ele o representado. Uma onda é simbolizada por uma senóide e como a forma dessa função lembra uma onda na água pensamos que a representação é a própria onda.
SENÓIDE
Quando o símbolo representa uma informação não científica ele pode sobreviver por mais tempo. Os semáforos com suas cores representativas de siga, atenção e pare, podem ser usados por muito tempo, assim como aqueles símbolos de trânsito utilizados nas cidades e estradas. A própria pintura da faixa de pedestre é um símbolo.
O sinal não é uma representação, mas sim um elemento que caracteriza um dado evento ou a proximidade do mesmo. “Onde há fumaça, há fogo”, fumaça de combustão, é considerada um sinal de fogo. É o concretismo absoluto.
O sangue é o sinal de ferimento. O alarme tocando é sinal de invasão, quando ele é fabricado com boa qualidade. Impressionante é que os fabricantes de alarmes não sabem que seu produto não é um símbolo, mas sim, um sinal. Isso deveria fazer com que esses equipamentos fossem mais perfeitos, e não disparassem sem motivos.
Dissemos que a faixa de pedestre é um símbolo dos pedestres atravessando, o pedestre é o sinal.
Como esses exemplos dos parágrafos anteriores, poderíamos citar diversos.
Qual então é o perigo da confusão entre símbolo e sinal?
Normalmente a maioria dos fatos que nos assusta são símbolos e não sinal de alguma coisa. Um ruído na madrugada pode ser um rato e não um invasor humano, às vezes, sacamos uma arma em vão, por medo do invasor e causamos danos, quando se tratava apenas de um símbolo da presença de alguém e não um sinal. Uma imitação de cobra (um símbolo) que cai do teto pode levar uma pessoa a um infarto.
Tecnicamente um modelo ou símbolo superado pode ensejar conclusões científicas completamente errôneas. Daí todo cuidado com os conhecimentos de fronteira, pois bastam as complicações quando se confunde símbolo com sinal.

CRÉDITO EDUCATIVO. FAZ GRAÇA PRA MIM


Na década de setenta surgia o Crédito Educativo (CE) com patrocínio da loteria esportiva, o dinheiro que vinha do povo retornando ao povo. “... e esses recursos serão aplicados a fundo perdidos...” diziam os criadores do novo programa.
As escolas de ensino superior no mês de janeiro e julho de cada ano recebiam o pagamento da semestralidade dos alunos que ingressavam no programa. A contratação do crédito educativo acontecia no último mês de cada semestre letivo e não eram exigidos fiadores.
Além de contemplar os estudos, existia também o financiamento de uma ajuda de custo para os estudantes carentes. Nesta época, ensinava-se a pescar, não se dava o peixe. Tínhamos na época 30%(trinta por cento) dos alunos universitários contemplados com o programa. Mesmo a fundo perdido, o custo para o governo era 10%(dez por cento) do investimento na manutenção de um aluno nas universidades federais.
A falência do CE ocorreu graças à inflação estúpida de 80% ao mês produzida pelo governo de José Sarney que além de tudo começou a liberar os valores dos créditos para as escolas no final do semestre, mas os alunos pagavam juros desde a contratação do programa no início do semestre. Década de 70: o milagre brasileiro, década de 80: o caos brasileiro.
Abro a revista Ensino Superior de agosto de 2009 e lá está: “Governo quer fazer parceria com bancos privados para financiar educação”. Surge a ponta de mais um programa para explorar o ensino privado os cofres públicos e o próprio estudante.
A filosofia do Fernando Haddad e Guido Mantega, ministros da Educação e da Fazenda, respectivamente, é criar um programa que não dê prejuízo para os bancos privados. No caso de inadimplência do aluno junto ao financiamento, a escola que recebeu o crédito resgata de 15 a 30% do saldo devedor do banco e o FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) cobre o restante do rombo. O banco privado, recebe o spread da operação, mais uma vez, o bobo da corte é quem produz.
Na verdade parece já não existir as milionárias loterias. Essa poupança popular que é revertida na esperança de sorte dos menos favorecidos virou imposto para o Governo. O que emana do povo, sem retorno, deve retornar ao povo, como na década de 70. O governo que gaste menos e utilize os vultosos impostos para suas obrigações.
Será pequena a memória dos governantes sobre as verbas que financiavam os programas educativos, ou é mesmo desrespeito ao cidadão brasileiro?
Os programas de apoio ao estudante não deveriam gerar nem juros nem correção, deveriam financiar mensalidades escolares e não capital. Desta forma, o discente deve ficar devendo mensalidades e não valores. Cada aluno que devolve, depois de formado, as mensalidades utilizadas, contribuirá com o financiamento de um futuro colega, hoje carente e que como ele irá servir-se do crédito educativo.
Lembramos que o capital intelectual não dá lucros, em curto prazo, capazes de pagar os juros exorbitantes dos financiamentos. O comércio, a indústria e as prestações de serviços são capazes de suportar essa exploração, o jovem profissional liberal ou iniciante em um negócio não tem demanda financeira para isso.
É importante, mais uma vez, não tragar as novidades como se doutrinas elas não tivessem. Pare e reflita: o antes, o durante e o depois, e não deixe de comparar, pois só assim poderemos compreender a que se quer chegar com uma idéia nova!

MAIS UMA VEZ OS GENS CONSEQUENTES

Observamos que o fato descoberto por cientistas, sobre as mudanças dos genes constituintes dos seres vivos, de conformidade com as alterações no fenótipo, tem como resultado uma série de consequências antes pouco observadas ou sem explicação.
Já comentamos em artigos anteriores, a diferença crescente entre gêmeos univitelinos quando educados em culturas diferentes, a herança imposta na falta de dilatação na maioria dos partos e consequente cesárea. Agora surgem outras conseqüências possíveis dessa grande descoberta.

Quando se adota uma criança a partir de valores coerentes com a adoção e não simplesmente por vaidade, pode-se observar que no desenvolver da relação pais e filho mudanças genéticas começam a favorecer o menor de modo que seu fenótipo assemelha-se aos responsáveis como se uma origem legítima ele tivesse. O carinho, os limites e todo o necessário a formação cidadã, sem estigmas, dados pelos mantenedores, enriquecem aquele ser de forma mágica, tornando-o a imagem e semelhança dos seus pais adotivos.
Essa transferência depende da permissão do educando. É por isso que lembramos mais uma vez: é muito importante o querer adotar contemplando todas as necessidades do adotado e do adotando. No decorrer dos anos a semelhança, inclusive física, com os pais será inimaginável. Enfim a adoção deve ser verdadeira.
É interessante lembrar que essas novas características do fenótipo adquiriram raízes no genótipo e amanhã as novas gerações, dos adotados, podem vir a ter peculiaridades de seus avós adotivos. Nunca se pensa nisso! São as vivências mudando a vida.
Nesse exemplo está bem claro o nível da descoberta científica que diz estar o ser humano mudando seu comportamento e forma de ser durante a vida, alterando os seus genes. Não é uma adaptação circunstancial – lugar, cultura – mas sim, genética, leva às descendências.
Outro aspecto semelhante é a domesticação de animais selvagens. Aí vão dois aspectos: torná-lo domesticado e torná-lo doméstico. Tornar um animal domesticado é aproveitar sua pouca inteligência e construir atitudes que o torne dócil para a convivência entre os humanos.
O leão, de circo, o elefante e outros animais têm sido domesticados, mas não se tornaram domésticos, por quê? Na verdade não vivem parindo em cativeiro e os filhotes não são acompanhados por especialistas como os pais; e quando acontece isso, é em número pequeníssimo, não salvando a espécie como doméstico.
Por sua vez o animal doméstico foi domesticado geração após geração com a convivência de sua família e dos humanos. É bem diferente ser domesticado ou ser doméstico. Neste último já existem as alterações genéticas desde o nascimento, ou seja, essas alterações já pertencem ao genótipo.
Enfim, lembramos que sendo o homem o animal mais inteligente, em suas mãos está o destino da natureza. Preservar as formas de ser dos animais, vegetais e dos outros reinos do mundo, significa manter a diversidade que inova e faz bem ao equilíbrio deste magnífico complexo que é o Universo. O nosso planeta, dentro dele, deve ser visto como a nossa comunidade menor, onde não desejamos enchentes, secas e menos ainda o colapso do nosso entorno, pois isto nos levaria ao pouco viver e com baixa qualidade.
Finalmente queremos colocar que as alterações genéticas vindas das ingerências do homem na própria natureza podem quebrar a diversidade tão rica do nosso planeta.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MEDALHA OU NÃO?

Os resultados das disputas esportivas têm sido sempre discutidos pelos perdedores dos eventos. Por um lado por acontecer com frequência erros dos árbitros, e por outro lado devido à violência cometida por um dos litigantes como sejam: doping, ou outro artifício não permitido naquele embate. As pesquisas tem sido exaustivas em busca de uma atitude legal que possa reverter o resultado ou anular aquele encontro esportivo dando lugar a outra oportunidade para aquela disputa.
Desta forma o esporte é violentado, pois uma oportunidade de um encontro que mede desenvolvimento físico torna-se uma oportunidade para um confronto em tribunais. Devemos respeitar, sim, as regras do jogo, mas não podemos criá-las após o encontro. O propósito deste comentário relaciona-se ao texto abaixo:
Jornal diz que sul-africana é hermafrodita, 10 de Setembro de 2009, 21:21. A sul-africana campeã mundial dos 800m, Caster Semenya, é hermafrodita, noticiou nesta quinta-feira o periódico australiano Sydney Morning Herald. De acordo com o jornal, os testes realizados pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) apontam que a atleta tem órgãos sexuais masculinos e femininos. Segundo o diário, Semenya não possui ovários, mas testículos internos que produzem testosterona em níveis muito superiores a outras mulheres. O Sydney Morning Herald, afirma ainda que a IAAF tentou se comunicar com a sul-africana para informar o resultado dos exames, mas não teve sucesso. Mas segundo o porta-voz da entidade, Nick Davies, nada de conclusivo pode ser dito sobre o assunto. "Nós não vamos comentar porque ainda não sabemos de nada", afirmou. "Temos os resultados finais dos exames realizados na Alemanha. Agora eles precisam ser interpretados por um conjunto de especialistas da comissão médica da IAAF e outros peritos", completou. Mesmo que seja confirmado o alto nível de testosterona de Semenya, ela dificilmente será penalizada com a perda de sua medalha. "Seria legalmente muito difícil tirar a sua medalha", alertou Davies à BBC no dia anterior à publicação da matéria do Sydney Morning Herald.
O hermafroditismo é uma espécie de quimerismo, quando este se relaciona com a genitália interna e/ou externa. No caso existem órgãos internos que indicam características hermafroditas nessa criatura. Assim deve ser considerada hermafrodita.
Vale a pena agora saber se na seleção os atletas são avaliados quanto ao seu percentual hormonal, não podemos lembrar essa avaliação após a conclusão do embate. Não houve dolo da litigante quando inscrita nos 800m, pois era um humano com genitália de fêmea, e daí apta a concorrer com outras mulheres.
Os promotores desses encontros desportivos devem então criar novas regras e disputas entre hermafroditas, talvez homossexuais, enfim uma infinidade de classes até que se esgotem as diferenças características dos humanos. O natural jamais deve ser tolhido de seus direitos! Já não bastam as diferenças, com as suas dificuldades, junto aos regulares? Que se crie o 3º sexo, e assim, concorrerão os hermafroditas criando na humanidade um respeito maior por este segmento da espécie humana tão violentado. É hora de se por um basta na ignorância dos que avaliam certames sem capacidade para tal.
É imperativo deixar a medalha com Caster Semenya, por ser a atitude mais correta.

INTERVENÇÕES GENÉTICAS

Muitas são as reportagens comentando sobre a melhora genética através de intervenções nos genes constituintes dos cromossomos. Eliminar doenças de origem genética já catalogadas pelos cientistas, alterar características ou carateres determinantes de estatura, estrutura óssea, entre outros, já é possível através da engenharia genética e ciências agregadas.
Escutei recentemente em reportagem de TV que se almeja melhorar a inteligência dos humanos por meio de intervenções nos genes constituintes do nosso poder de construção, tão faltoso nos animais ditos irracionais.
Neste momento, é bom lembrar a relação entre o conhecimento pré-natal e a inteligência. Onde estão definidas as informações inatas que trazemos de nossos ancestrais e representam todo o caudal de saberes que nos distingue de outros seres vivos?
É sabido que nos seres não humanos o conhecimento inato é por demais exacerbado.O pouco poder de construir o saber é suprido exatamente por essa característica. Em sintonia com a informação de origem está uma série de carateres que define cada uma das espécies vivas do planeta.


A cobra já nasce possuindo 95% do conhecimento necessário para a subsistência (denominado de conhecimento inato ou pré-natal), necessitando apenas um aprendizado de 5% para o bem viver. O cachorro nasce com 70% de conhecimento inato e durante a vida complementa os 30% faltosos. O cachorro é mais inteligente que a cobra e, por isso, é mais fácil de ensiná-lo. A inteligência e o conhecimento inato são complementares. O ser humano possui em média 30% de conhecimento pré-natal e sua inteligência o leva ao sucesso vital durante a vida. É o grande poder da construção.
Assim sendo, quem tem muita inteligência tem pouco conhecimento pré-natal, quais seriam então as influências incorporadas ao conhecimento inato quando se aumenta artificialmente a inteligência? Hoje ainda não se sabe qual a resposta. Então sejamos cautelosos quando manipularmos genes que definem a inteligência.
Outro evento ligado à inteligência é a memória. Pouco se sabe também quais as alterações que pode sofrer a memória se alteramos a inteligência. Lembramos que a alteração de um dado gene no cromossomo é feita com a manutenção dos outros em suas respectivas localizações. Assim, não seria necessário um melhor entendimento a este respeito para evitar outros distúrbios no ser em mutação?
As críticas a esses experimentos genéticos estão sempre apontando para as mudanças possíveis na agressividade ou no desenvolvimento anormal dos seres alterados geneticamente, temendo-se que esses novos viventes venham a prejudicar os humanos existentes. Os filmes de ficção têm seus temas dentro destes aspectos.
Nunca se criticam as mutações como aquelas que venham a tornar este novo ser um sofredor em seus aspectos psíquicos ou somáticos. O respeito à vida dos seres como eles acontecem deve ser o objetivo dos cientistas. Durante o viver podemos substituir células doentes por células troncos, isto precisa ser estudado, e não simplesmente produzir alterações quando um hálito de vida ainda não fora esboçado.

domingo, 13 de setembro de 2009

A BUSCA DA OUTRA METADE

Platão: “Os seres humanos seriam hermafroditas no início: homem e mulher, unidos pelo abdômen. Zeus um dia fulminou essa dualidade com um raio, e nossos umbigos seriam a cicatriz da dolorosa separação... e desde então, vagamos pelo éter, pelo vazio, pelo mundo, em busca da outra metade”. Que conclusão tiramos dos ditos de Platão?
Platão em seu pensamento afirma que o homem vive até hoje seu tempo, procurando a sua cara metade. Isto posto, certamente, por achar a mulher bastante diferente do homem em vários aspectos. Na verdade, não é o caso. Vamos declinar algumas diferenças entre os homens e as mulheres e expor a compreensão e necessidade dessas diferenças. Por outro lado, vamos aludir as grandes satisfações do casal humano, quando comparadas àquelas dos outros animais.




A natureza do homem é bem diferente, em vários aspectos, da natureza feminina. Primeiro: o homem tem muito menor conhecimento inato (aquele que já nasce com ele) que a mulher.
Segundo: o homem é mais inteligente, pois precisa compensar o menor conhecimento pré-natal, ou seja, a maior necessidade de construir o conhecimento exige essa característica.
Terceiro: a mulher ver a relação sexual como forma de chegar à maternidade, enquanto o homem apenas como prazer (falamos de pessoas regulares, a maioria, não das exceções extremas da sexualidade). Isto não significando que a mulher não tem prazer no sexo.
Quarto: o homem quer a mulher como companheira sexual e zelosa com sua família a partir dele; a mulher quer o homem como companheiro que valida a família, como célula, que dará equilíbrio a sua prole e segurança tradicional.
Quinto: a mulher é quem dará limites a seus filhos, apontando o homem simplesmente como falso coautor neste particular. Enfim, poderíamos declinar outras tantas diferenças entre o homem e a mulher e mostrar que um não parece ser a cara metade do outro.
Muitas vezes se pensa que o igual traz harmonia. E a partir daí, o ser humano vive tentando esse igual, que não chega, e deixa de viver a vida curtindo essas diferenças. O bom é experimentar o novo que vem de nossa cara metade do que ir incessantemente à procura de alguém que se comporte como nós. Muitas vezes o sonho do encontro “do par verdadeiro” transforma-se em muito maior dissabor do que a própria procura, pois as características da mulher tão pouco conhecidas pelo homem o leva à acreditar que o novo alvorecer despertará uma nova companheira. Mas, nada acontece e essa nova mulher se tornará igual após a convivência a dois.
São as definições dos seres conforme as características necessárias para a manutenção da espécie, que torna a mulher bem diferente do homem. Por um lado, a mulher escolhendo um homem completo para dar aos seus filhos a herança paterna de qualidade. Do outro lado, o homem almejando uma mulher para sua vida sexual e vaidosa.
Assim, chegamos a grande conclusão de que são essas diferenças as quais fazem os casais viverem bem, um em busca de se adequar às ansiedades do outro. “Todo o equilíbrio tende a expansão do eu”, já diz um dos princípios da Psicologia. Sendo assim, a busca eterna desse equilíbrio é que torna duradoura a relação do casal.

A EXCLUSÃO UNIVERSITÁRIA

Mais uma vez os resultados das avaliações feitas pelo MEC carecem de explicações. Vejamos como funcionam as regras para as pontuações dadas às IES (Instituições de Ensino Superior) pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
Um exame de conhecimento é feito com um grupo de alunos constituído por estudantes ingressantes na escola e aqueles que estão finalizando o seu curso. A diversidade entre os estudantes, das várias escolas, está nas oportunidades que eles tiveram antes de ingressarem na IES e têm durante a realização do curso.
Um aluno carente certamente foi mal alimentado e sacrificado no seu habitat, estudou em colégio que lhe exigiu pouco investimento, não teve oportunidade de frequentar cursinhos e exerce atividade profissional, normalmente durante o dia, para sustentar sua família.
Um aluno não carente, por sua vez, alimentou-se muito bem, estudou em colégio que ofereceu e exigiu qualidade no ensino e na aprendizagem, frequentou cursinhos de matérias isoladas, possui condução própria, estuda sem a preocupação com outra atividade – como trabalhar –, é jovem com a mente bastante ativa e possui seus pais, ou responsáveis, como suporte e senhor.
A UFPE, por exemplo, ministra quase que a totalidade de seus cursos em horário diurno e, na maioria das vezes, em dois turnos – aulas teóricas e práticas –, sem regularidade. Está situada distante do centro, o que demanda maior tempo no ir e vir, inclusive com necessidade de meio de transporte próprio. E também adota projetos pedagógicos que não contemplam diretamente o mercado de trabalho, mas sim o bacharelado e a pesquisa.
As IES de administração privadas estabelecem a maioria de seus cursos com opção noturna em único e regular horário, e estão próximas ao centro com transporte público de fácil acesso. São pragmáticas quando contemplam o conhecimento, visam de forma objetiva ao mercado de trabalho e possuem programas de inclusão educacional com bolsas de estudo, inclusive.
Qual será, então, a escolha de um aluno carente levando em conta a relação custo/benefício? Não há dúvida! A escola de administração privada. Assim a UFPE contempla muito mais a exclusão universitária do que a inclusão, pois não dá oportunidade a todos.
As IES privadas estão repletas de alunos que trabalham, são carentes e estudam no horário que podem, ou seja, geralmente, no período noturno após um dia de trabalho! As federais estão repletas de alunos com condução própria e vida confortável!
Dessa forma é natural que no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) sejam os alunos da UFPE contemplados com melhor resultado! As escolas privadas estão “pagando o pato” por fazerem melhor o seu papel, ou seja, dando oportunidade real ao ingresso de pessoas carentes em seu quadro de alunos.
O maior absurdo é julgar a instituição educacional por meio do resultado de um exame do qual ela não participa diretamente, pois ele é realizado com um maior número de alunos que mal entraram na escola e uma minoria que termina o curso, graças à evasão escolar. Dessa forma o nível médio intelectual desses alunos é menor, pois os que terminam o curso e que tiram melhores notas são em pequeno número comparado com a quantidade daqueles que entram com conhecimento bastante inferior. Por outro lado, a UFPE recebe, em sua maioria, alunos com vasto conhecimento adquirido através dos cursinhos, muitas vezes por anos a fio; e os graduandos constituem-se em grande número, pois a evasão é bem menor do que aquela da escola privada, e acontece, na maioria das vezes, devido à falta de poder aquisitivo.
Quem tem maior mérito? A escola que consegue elevar a pontuação do aluno que chegou com nível -5 para uma pontuação com valor +12 ou aquela que recebe um aluno com nível +5 e eleva seu nível para 15? É claro que é aquela que fez o aluno crescer de -5 para +12=17, e não a que elevou apenas de 5 para 15, ou seja, apenas 10 pontos. É preciso ver isso e não sofismar: 15 é maior que 12, mas 17 é bem maior que 10!

sábado, 12 de setembro de 2009

A VIOLÊNCIA DO ESTADO

Existem prestações de serviços feitos por empresas de administração privadas que estão diretamente associadas àquelas que deveriam ser obrigação do governo. As de saúde, educação, e transporte estão dentre as mais prementes, pois delas depende o desenvolvimento maior do país.
O transporte garante ao empresário e ao operário o seu deslocamento. Assim o governo tem que garantir um bom fluxo na movimentação dos veículos com boas estradas e ruas, e com transporte acessível para que os menos favorecidos possam chegar ao seu trabalho e a sua residência. Sem falar das autoestradas que servem ao escoamento de produtos entre cidades produtoras e consumidoras.
O governo não pode esquecer o serviço prestado por empresas de ônibus que atende ao transporte de trabalhadores. O Estado deve garantir a segurança. E nos eventos de violência contra esses transportes, deve assumir os danos causados por vândalos. Lembramos que as empresas de ônibus privadas não concorrem com o governo, ao contrário, auxiliam-no. O governo tem feito o seu papel?
A saúde que chega ao púbico na concessão de estabelecimentos hospitalares particulares tem ajudado, e muito, a saúde púbica em nosso país. Infelizmente, é a força do marketing que tem feito surgir hospitais bastante completos em nossa cidade. O uso desses hospitais por pessoas que possuem poder aquisitivo ou convênios com planos de saúde elitizados é o responsável pela construção de hospitais modernos e com equipamento de ponta, esses que, por sua vez, só recebem críticas do governo e, quando muito, convênios populares com reembolso irrisório. E haja “CPMF”!
Na educação o fato é público e gritante. A violência vai desde a tentativa a cada momento, de desmoralização das IES (Instituições de Ensino Superior) particulares, criticando publicamente os seus feitos, até a criação de formas de avaliação que vêm gratificar a escola pública e aniquilar a escola de administração privada. Quando o governo elogia suas escolas e fala mal das não estatais, está incentivando os ricos a colocarem seus filhos nestas, causando mais dificuldade aos carentes para estudarem nas gratuitas, pois, as poucas vagas são ocupadas pelos que podem pagar cursinhos e tiveram boas escolas no ensino médio.
O Estado não vê a escola que forma 80% da população brasileira como uma grande aliada que o está ajudando a fazer um Brasil melhor. No nível superior o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) aplica exames em um púbico altamente diversificado em termos culturais e econômicos e os resultados são comparados como se uma seleção tivesse sido feita para julgar de forma inequívoca, aquela população.
O grande número de alunos no primeiro período e poucos alunos no último, o que ocorre nas instituições particulares e não nas estatais, já retrata as deficiências no julgamento da escola paga. Mais ainda, a revolta dos muitos alunos carentes que estudam na escola privada, pagando com descontos e mesmo assim com sacrifício, quando acontece o Enade sabotam suas escolas nas respostas ao exame, estigmatizando-as, como se culpa elas tivessem das faltas do governo.
Como quer o Estado uma IES forte em ensinamentos se ele é o primeiro a tirar a confiança da população mais abastada, que poderia pagar bem e, em consequência, levar a escola a um investimento maior nos seus objetivos institucionais?
A violência que o governo tem cometido contra a educação tem sido imperdoável, principalmente quando emana de um ministério que deveria primar pelas essências da ética e da orientação, deixando o escárnio e a repressão para o momento consequente das diretrizes não cumpridas. Chega de se esconder lágrimas com sorrisos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

INTIMIDADE COM OS HÁBITOS

Vários acidentes têm acontecido sem que as pessoas se deem conta do fato que levou o acidente a ocorrer ou quais as formas de evitá-los em definitivo.
Os homens adotam costumes e os tornam partes de si mesmos, como se já tivessem nascidos com eles: fumar nos momentos de trabalho – principalmente quando é exigido um raciocínio ou concentração maior; utilizar garrafas não específicas com água na geladeira – como as de refrigerantes, de vinho, etc; dirigir o automóvel sem cautela – conjugando com ele suas emoções como: aceleração, som, e outras.
Os grandes males de cada um dos “vícios” citados no parágrafo anterior podem ser aqui enumerados: 1. Para fumantes - de repente, você vai trabalhar com combustíveis ou explosivos e acende o cigarro, causando momento de perigo; o trabalho pode ser simplesmente a limpeza de algum material com o álcool, gasolina ou outra substância inflamável. 2. Garrafas que não são próprias para água, na geladeira, podem ser confundidas com uma que contenha substância não potável – o costume de pegar uma garrafa “qualquer” e beber seu conteúdo pode envenenar a pessoa. 3. A intimidade com o ato de dirigir provoca distrações ao trocar um CD ou mudar a estação de rádio – causando batidas ou acidentes de forma involuntária por desatenções. O acelerador usado como objeto de vingança ou atenuador do atraso para o compromisso pode resultar em acidente grave, levando a pessoa, muitas vezes, à morte.
Casos como morte por choque de engenheiros eletricistas, acidentes de trabalho em engenheiros mecânicos, contração de doenças contagiosas por médicos e tantos outros eventos semelhantes podem ser compreendidos como provocados pela intimidade das vítimas com as suas atividades. Como, então, evitar esses transtornos?
Toda a ação das pessoas, ao iniciar outra atividade, deve ser consciente. Devemos sempre falar para nós mesmos: agora vou mudar de tarefa e essa nova tarefa deve ser considerada o principal foco de minha atenção e não o resultado que ela pode proporcionar para o alcance do meu objetivo. Ao dirigir o carro para levar alguém ao médico, deve-se destacar o ato de dirigir e não apenas o chegar rápido. Vou beber água, então devo examinar a garrafa e o líquido e não, simplesmente, tragar em um só gole para saciar a sede. É costume, devido ao corre-corre de hoje, os indivíduos serem levados a agir de forma automática sem cuidar das consequências associadas a cada uma de nossas ações dentro do contexto. A solução é treinar a nossa mente para rever as doutrinas ou os princípios de cada mudança na rotina.
A mensagem “o uso do cachimbo põe a boca torta” é muito mais profunda do que a redundância da mensagem. Ela significa tudo que foi posto neste texto.
Façamos uma reciclagem dos acontecimentos desastrosos aos quais temos assistido e chegaremos à conclusão de que esses fatos poderiam ser evitados se os maus hábitos não fizessem parte do acontecido. A intimidade com os costumes ou hábitos é quem tem levado várias pessoas ao sofrimento por perdas que poderiam ser evitadas. Mais uma vez, lembramos a quase lavagem cerebral que sofremos no dia-a-dia, o cuidado com os costumes levará à consciência das novas ações de cada momento. Agora sabemos o porquê de certos acontecimentos como esses exemplificados aqui. É o vício, é o costume, são os hábitos que, absorvidos pela intimidade, deixam-nos muito à vontade para cometer esses absurdos! Toda intimidade é afoita. Devemos adotar os nossos costumes com parcimônia, pois, só dessa forma, poderemos estar sempre prontos para executar as nossas tarefas com segurança e perfeição.
Sejamos conscientes de nossas atitudes sempre!

AS ONDAS CEREBRAIS

O ser humano tem poderes incalculáveis através das radiações de ondas cerebrais, ainda hoje pouco conhecidas pela ciência.
A telepatia que permite a comunicação entre pessoas que estão muito longe umas das outras, a movimentação de pequenos objetos em laboratório – utilizando-se a energia das ondas cerebrais – são exemplos bem claros desse poder, pouco estudado, dos homens. A grande diferença entre o campo dessas ondas e aqueles já estudados – os gravitacionais, elétricos e eletromagnéticos – é que o campo das ondas cerebrais não depende da distância, ou seja, sua intensidade é sempre a mesma, perto ou longe.

Realmente, desconhecemos de forma quase absoluta o poder das radiações de nossa mente e nos fixamos nas pesquisas apenas dos fatos ponderáveis, isto é, aqueles que podem ser medidos ou com os quais, materialmente, entramos em contato, por meio dos conhecimentos objetivos e palpáveis que temos através da ciência e de experimentos empíricos. Talvez tão falsos quanto aqueles que só repousam em nossa imaginação. É necessário aprofundar mais nos estudos das forças internas que comandam o homem. Estas forças que pouco aparecem, talvez, deem-nos o norte de que necessitamos para utilizar fenômenos semelhantes àqueles subjetivos do homem, ou seja, que tenham a mesma natureza ou princípios que possam ser utilizados em novos eventos, como as viagens astrais.
Sabe-se da existência de raios mortais que permeiam o universo entre os objetos astrais, tais como planetas, estrelas, entre outros, denominados de CGR, raios cósmicos galácticos. Estes raios não são detidos por nenhuma blindagem e destroem o ser humano, por isso tornam-se difíceis as viagens pelo universo. O campo desses raios talvez seja semelhante àquele irradiado pela mente humana. Diz-se que as transmissões telepáticas não podem ser blindadas, pois já aconteceram entre duas pessoas: uma no continente e a outra dentro de um submarino “do outro lado do mundo” e submerso. Dessa forma, existe então uma semelhança enorme entre esses raios, sendo certamente um mais forte e outro mais fraco. As correntes elétricas que comandam nossos movimentos também são infinitamente menores que aquelas dos raios nos dias de tempestades.
Estas informações, aqui postas, já são há muito comentadas, simplesmente estamos associando os conhecimentos e chegando a conclusões naturais, partindo dessas informações. Possivelmente, seria muito mais fácil manter os mitos das bolas de cristal, e dos búzios, do que buscar a justificativa desses poderes por meio de estudos científicos. Lembramos que o homem é muito vaidoso em relação a seus conhecimentos. Ele não quer dar a mão à palmatória pela sua incapacidade de justificar certos acontecimentos naturais e prefere manter os mitos que pertencem ao inimaginável.
Não devemos nos amedrontar com a longa estrada que se terá de percorrer para alcançar as bases científicas que permeiam essa característica pertencente também ao homem. O conhecer dos poderes do ser humano será muito mais útil à humanidade, pois sua manipulação levará o homem à construção sobre si mesmo e em consequência sobre seus descendentes. A tecnologia que chega para dar conforto e minorar as angústias físicas e mentais influencia apenas de forma indireta. Quando conhecemos a essência ou a doutrina “das coisas”, somos capazes de alcançar a plenitude das respostas aos nossos quereres. Vamos estudar mais!
Dessa forma, é possível que se venha trazer luz a novas descobertas, que possam redefinir uma série de princípios e, finalmente, levar-nos a outras verdades que nos encaminharão, através do novo, e nos farão chegar aos objetivos tão almejados hoje.