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terça-feira, 22 de setembro de 2009

ENSINO A DISTÂNCIA: O ESTADO ATIRA NO PÉ

Desde o ano 2000 que o Governo Federal vem incentivando a criação de cursos a distância. Lembro que a UFPE instalou uma sala para vídeo conferências como um evento precursor dos cursos virtuais.
Algumas universidades de administração particular começaram então a investir neste segmento, e os centros de informática iniciaram uma corrida atrás de softwares que contemplavam a pedagogia dentro desse novo formato de graduar em nível superior.
As universidades federais, pertencentes ao Governo, continuaram com o ensino presencial sem investir nada em cursos a distância que no futuro pudessem ser também absorvido pelas instituições particulares de ensino superior. Os burocratas do MEC sempre estudando o ensino de ponta, nada colaboraram com o novo formato de se obter o diploma do antigo 3º grau.
Por outro lado, criaram uma denominação estigmatizante para os graduados nesses cursos. Tecnólogos foi o apelido criado para àqueles que se formassem em nível superior através dos cursos superiores a distância. Quando cursos técnicos, seqüenciais, e outros acontecem, o título tecnólogo na verdade pareceu muito mais um curso técnico do que um curso superior.
Esse fato levou os graduados, através de cursos a distância, a ter dificuldades na obtenção de emprego e posição igual junto aos alunos concluintes dos cursos presenciais. De forma pouco aceitável, em nenhum momento, escutei apologia aos cursos virtuais feitas pelo Governo. Simplesmente, virem-se quem puder!
As escolas que criaram os primeiros cursos a distância desbravaram um campo sem definições objetivas e em tempo algum contou com o apoio dos que fazem a educação estatal, e ainda tinham como obrigação estabelecer os formatos essenciais para o alcance do sucesso neste novo nicho.
Aulas transmitidas ao vivo, como forma de aproximar-se do modelo tradicional, trouxeram investimentos fabulosos em cada seção de ensino/aprendizado. Na verdade, a aula não ao vivo, com a presença paralela do professor, atingiria muito mais os objetivos graças à dinâmica possível com este modelo gravado. A participação do professor aconteceria, então, para tirar as dúvidas surgidas.

Após meia dúzia de anos de trabalhos e de ir e vir destes desbravadores, vem o Governo iniciar a terrível ingerência, tão costumeira, nas atividades da empresa privada.
Inicialmente, contando com a experiência dos educadores das IES particulares, o Governo parte para abrir cursos a distância estatais e proíbe abertura de novos cursos e pólos pelas instituições privadas. O custo de manutenção desse investimento do Governo será pelo menos dez vezes maior que aquele dos cursos já existentes, que poderiam desenvolver um crescimento maior patrocinado esse crescimento por alunos carentes usuários de programas de financiamento público.
Além disso, abre um rol de exigências que devem ser cumpridas pelos pólos remotos, que vai desde biblioteca, salas de estudo, coordenadores e professores até a redução do número de vagas permitidas em cada centro de estudo. Reduzindo o crescimento dos pólos, cria as dificuldades financeiras para os investimentos exigidos. Paralelamente, usurpa o desenvolvimento da escola privada em benefício das estatais que chegam para concorrer de forma desigual, pois o ensino público é gratuito.
Após tanto incentivo aos cursos a distância, agora o Estado atira no pé.

3 comentários:

  1. A obrigação do ensino é do governo.Com o ensino a distância fica mais fácil para o governo cumprir essa obrigação, dando ensino gratuiyo a todos.

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  2. Sr. Wilson, pode ser que toda essa burocracia imposta pelo mec, sejá para continuar com o ensino de ponta realizado por eles, ensino de qualidade, lembrando!!! ao senhor é feito com seriedade, professores qualificado, pesquisa e extensão, estrutura e uma biblioteca compativel com a realidade, e não visando simplesmente o lucro,colocando professores "tapa buraco", não dando apoio a pesquisa e extensão e uma biblioteca, desatualizada, sem estrutura alguma e lembrando sem nem um simples ar condicionado. Ensino de qualidade também é envolver os alunos em causas sociais, incumbido à nois um enganjamento social e cultural para muda a nossa realidade.

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  3. Professor estou pesquisando sobre Educação à distância e gostei muito do seu ponto de vista, inclusive esse seu post contribuirá para o meu trabalho sobre a EAD. Estou concluindo o curso de especialização em Linguística pela UPE unidade de Garanhuns - PE. Um abraço!
    klebia.sampaio@hotmail.com

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