AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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sábado, 28 de novembro de 2009

A ESCOLA DE HOJE PARA O AMANHÃ

A evolução social e científica leva, em certos momentos, os educadores a reverem seus projetos de práticas de ensino. Algumas vezes, as transformações generalistas ferem o tradicional e levam o conhecimento pelo ralo. Foi o que aconteceu com a teoria dos conjuntos que, ao chegar perto demais de conceitos matemáticos básicos e objetivos, fez com que os mestres esquecessem os fundamentos da ciência exata. Foram mais de 20 anos de atraso na absorção dos conhecimentos matemáticos pelos alunos. A colocação dessa teoria no seu verdadeiro lugar, como extensão do saber, salvou a sua adoção até os dias de hoje.
A era da informática, que evolui desde os anos 80, tem levado os mestres da educação a atropelarem os saberes, mostrando vaidosamente, fora de tempo ou de forma intempestiva, os seus conhecimentos virtuais aos seus alunos. A maturação da informação necessita de momentos reflexivos e não é compatibilizada com a escassez da apuração praticada pela informática.
Assim, as facilidades e imposições do conhecimento comum, através dos meios eletrônicos, têm impregnado o conhecimento em “preto e branco”. Nas mentes dos alunos, a riqueza do construir nas “cores” de cada um foi se perdendo pela falta de diversidade cromática nos ensinamentos. O resultado é o igual para todos, que não constrói nem cria a variedade de soluções tão necessárias no mundo desigual de hoje.
Tudo enseja a um padrão que acontece de forma virtual e assedia todos que, orgulhosamente, veem a adoção das práticas computacionais como o grande progresso do fazer rápido sem perda de tempo para construir. O que se quer já está pronto, inclusive, com as mais diversas variações possíveis, pensadas por escravos da estatística, mas que não contemplam o seu investir na única diferença que se tem dos animais ditos irracionais, maior inteligência ou poder para criar o diferente.
Infelizmente, o conhecimento de hoje tem acontecido simplesmente por meio do diagnóstico: dizer que um determinado fato acontece porque falta tal elemento ou tal outro está sobrando! Mas, e o que fez essa falta ou essa sobra? Não importa, a pesquisa não dá dinheiro! Os anos a fio de acúmulo de informações sem doutrinas têm levado os homens de hoje a esse pensamento. Temos de reverter esse quadro, levando o ser humano a usar a mente com todo o seu potencial.
A reconstrução do potencial de criatividade, imaginação e de criar o novo terá que acontecer. O uso ostensivo de práticas audiovisuais em sala de aula tem inibido o diálogo e a abertura de novos espaços na discussão sobre a ciência. É preciso evitar essa prática de forma exagerada e polemizar os conceitos de forma a excitar os alunos à busca de novos paradigmas científicos. A abertura da mente para o novo tem que ser construída. As mudanças no ensinar, partindo-se para a reconquista da mente analítica em lugar da emocional ou digital, têm que ser praticadas.
Dizem os estudiosos das necessidades futuras que as profissões, a partir de 2010, vão mudar. O estudo atual de temas ilhados deve fenecer e a interdisciplinaridade tem que gerir o ensinar de hoje. Nada acontece de forma isolada. No mundo globalizado atual, nossos alunos têm que fazer parte desse carrossel maravilhoso que é a descoberta de novos caminhos nas encruzilhadas da ciência. O NYLon, por exemplo, foi descoberto em “Nova York” e “Londres”, simultaneamente, e por isso o seu nome. É o pensar que faz a diferença.
Decorar ou memorizar conceitos e informações terá que dar lugar à compreensão analítica dos eventos. Teremos que fundamentar os conceitos e permitir que o estudante viaje nesses princípios para, enfim, chegar às conclusões almejadas, apenas apontadas pelo mestre, e, em seguida, aperfeiçoadas.
O importante é voltar a dar oportunidade para a participação do discente na sala de aula. Valorizar suas ideias, corrigindo-as, quando necessário, e justificando o porquê daquela resposta dada por ele. Ou seja: apontar o erro na transmissão do ensinamento que levou o aluno àquela resposta não correta. Esse formato anima os alunos a novas investidas sem que tenha afetado sua autoestima .
Mostrar que a intimidade com a ciência permite uma série de mudanças em seus pragmatismos levará o aprendiz a querer sempre, mais e mais, o fortalecimento dos conceitos. Consequentemente, o poder de mudar as velhas diretrizes para outras mais consubstanciadas, nos dias de hoje, levará o novo para o mercado. Esse novo inclui acrescer aos objetivos dos trabalhos algo que irá aparecer como o amor pelo fazer, tão esquecido nos dias de hoje. Os professores agora terão de ensinar as doutrinas das “coisas”, e não, pregar o aceitar as justificativas do “porque são assim”. Investigar o como e o porquê algo é, está assim ou aconteceu, é a grande descoberta.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

REFORMA UNIVERSITÁRIA: UMA NECESSIDADE DEMOCRÁTICA


A tão decantada reforma universitária, que ainda não saiu do papel, deveria começar pela reformulação dos métodos de avaliação das escolas superiores. Métodos muito criticados pelas escolas de administração privada devido à incoerência dos seus argumentos. Uma reforma democrática é necessária, mas não uma conspiratória que atribui pesos maiores a características vulneráveis, que nem sempre significam eficácia na transmissão do conhecimento e, consequentemente, no bom aprendizado.
As características cobradas são sempre aquelas que acumulam pontos para as universidades estatais e que não pertencem ao lugar comum das escolas menores, sobretudo as situadas em cidades menos desenvolvidas. É preciso colocar um basta nesse formato atual que afasta os alunos estudiosos da escola privada e os leva a tomar o lugar de um aluno carente na escola “pública”.
O fato mais emergente para as críticas é a avaliação pouco democrática e a distância. Pouco democrática porque não contempla a diversidade de cada uma das escolas em relação à região onde está inserida, não levando em conta a cultura, o poder econômico e as políticas públicas. E a distância, porque se utiliza de meios indiretos, os alunos, para uma tarefa que não é da competência destes.
Aqui vale a pena lembrar que quando o Governo iniciou as assembléias para democratização do papiro da reforma universitária, abruptamente, interrompeu a continuidade delas, porque a ingerência das diversas classes (pouco afeitas ao academicismo) provocou “ruído” nas conversações, incomodando as perspectivas do Governo. Agora, coloca a pimenta para os outros: alunos julgando as suas escolas. A última assembléia, salvo engano, foi no Recife (PE) por volta de 2004.
Lembremos que, atualmente, fazem sucesso, em cidades do Sudeste, muitos nordestinos filhos das escolas dos anos 70. Tempo em que as avaliações aconteciam ao vivo e a expansão do ensino superior era comedida e bastante técnica, não dependia de “lobby” ou estratégias semelhantes. Ensinar é desenvolver no estudante o poder de construir, o que hoje é pouco sentido, pois esbarra em exames esdrúxulos que nada avaliam.
Existe a ideia, em muitos segmentos capazes (constituídos por estudiosos vinculados à educação nacional e internacional), das avaliações das escolas serem feitas por agências independentes, como acontece em muitos países. Dessa forma, não existiria a passionalidade do Governo em relação ao julgamento das escolas “públicas” – todas são – e privadas. Como consequência, haveria uma avaliação mais justa e independente.
Minha opinião, no entanto, não seria essa. Infelizmente, o poder econômico iria interferir nesses julgamentos, sendo assim, trocar-se-ia, simplesmente, seis por meia dúzia. É preciso ter a consciência de que, em um país estigmatizado pelo infeliz axioma “o importante é levar vantagem em tudo”, não se deve absorver soluções de outros países, sem pensar nas peculiaridades do nosso.
Baseado nos idos dos anos 70, quando a escola era acompanhada e orientada pelo MEC, por meio de suas delegacias regionais, gerando ótimos resultados, sou da opinião que a avaliação das escolas seja feita pelo próprio mercado como era naquela época. Foi ele que sempre definiu o bom e o ruim dentre os bens que pertencem ao público. Esse é o verdadeiro julgamento. Somente dessa forma, os alunos e ex-alunos serão capazes de avaliar as instituições de ensino, pois estarão simplesmente ratificando o pensamento da comunidade em que vivem e não respondendo a questões capciosas (nos Enades) daqueles que não pertencem à mesma sociedade.
Os resultados das análises dos exames de competências (concursos públicos), tão utilizadas nos dias de hoje, inclusive pelo próprio Governo, são os verdadeiros avaliadores. Os estágios feitos por alunos de uma dada escola, em um serviço qualquer, já começam a criar, no mercado, o saber por onde andam o conhecimento e o preparo intelectual dos alunos de uma determinada faculdade.
Sou totalmente contrário à prova igual àquelas dos concursos públicos que não permeiam as características regionais, mas se utilizam de questões universais, propostas por avaliadores que vivem em uma região socioeconomicamente diferente. O Brasil é um país continente e não deve ser nivelado pelos burocratas, pois estes não buscam a criatividade e se perdem nas demandas conhecidas de outros países, cuja história não comunga com a nossa.

COMO CUIDAR DA EDUCAÇÃO E FINANCIÁ-LA


Os diversos programas do Governo, no que tange ao financiamento da educação, precisam ser mais bem definidos. O FIES, por exemplo, não leva à escola o valor pecuniário empregado na demanda educacional. Além disso, apenas Certificados Financeiros do Tesouro são entregues após a prestação dos serviços e só podem ser utilizados para pagamento do INSS.
Ora, como pode uma faculdade ter muitos alunos utilizando o FIES, se o “pagamento” do Governo à IES só serve para pagar o INSS? O Governo acha pouco o pagamento do programa, atrasado, e ainda o faz por meio de Certificados! Lembramos que um aluno estudando em universidades estatais dá ao Governo um custo, pelo menos, dez vezes maior do que aquele cobrado por uma universidade privada.
Assim pensando, é muito mais vantagem para o Estado aumentar o alunado nas IES, com programas que incentivem a adesão das escolas, do que simplesmente, de forma autoritária, criar programas pouco atrativos para as escolas privadas.
Quanto a empréstimos através do BNDES ou outro banco de desenvolvimento, aí é que fica mais complicado ainda. Para solicitar essa ajuda, a faculdade terá que estar em dia com todos os impostos, ter aderido a todos os programas sociais do Governo concernentes à educação e mais, ser considerada uma IES boa ou ótima pelo julgamento das avaliações pouco lúcidas do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Na verdade, se uma escola precisa de dinheiro é para pagar dívidas, geralmente, contraídas para melhoria das instalações, da biblioteca, dos laboratórios, da qualificação de pessoal, etc. Essas dívidas incluem, muitas vezes, a falta de pagamento de impostos. Para a melhoria nas avaliações, a instituição também pode necessitar de aporte financeiro. Sendo assim, não devem ser tolhidos os empréstimos pelo não cumprimento dos itens citados no parágrafo anterior.
A relação entre Governo e faculdades carece de melhor desempenho. É inadmissível que o trato com bancos e outras instituições financeiras seja tão paternalista, enquanto que com a escola privada, tão rude, inclusive sem o diálogo extremamente necessário para a parceria no educar. Todo o diálogo só é feito através de portfólio virtual que é aberto ao bel-prazer do MEC.
Sugestões para avaliações mais participativas, não tão ditatoriais, deveriam ser aceitas através do concurso de propostas enviadas por instituições tradicionais e de muito tempo no mercado. Abertura de representações do MEC (REMEC) nas capitais dos estados – melhor do que delegacias (o nome não é acadêmico) – que seriam os pontos de ligação entre as escolas privadas e o MEC e dariam outro formato à educação brasileira.
Os exames tipo ENEM e ENADE poderiam ser ministrados por essas Remecs, as provas seriam regionalizadas de modo a valorizar as especificidades locais de forma direta e não tendenciosa à globalização que só deve contemplar aqueles que têm bem definidas as suas conquistas locais.

Concluímos esperando que esse texto atinja a sensibilidade dos governantes, particularmente, os jovens ministros que, muitas vezes, querem entender a educação como um segmento qualquer, esquecendo que esse investimento não atinge diretamente o mercado atual, mas fomentará, no futuro, os grandes objetivos da Nação em busca de sua emancipação

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O SAMBA DO CRIOULO DOIDO


Já se passaram mais de doze anos e o Governo Federal não define uma política de avaliação das escolas superiores. Sempre preocupado em criar instrumentos para julgar a eficácia da educação brasileira, o Estado tem se perdido devido as suas atitudes passionais, criando sempre um formato que beneficia as escolas estatais e, consequentemente, penaliza as privadas.
Os professores das instituições estatais quase sempre têm facilidades em mestrados e doutorados, pois fazem intercâmbio com os estados mais ricos ou buscam parcerias com instituições estrangeiras. Inclusive com remanejamento entre suas “filiais” nas cidades próximas. Isso representa o investimento maior do Estado, por esse motivo exigem das IESP (Instituições de Ensino Superior Privadas) o mesmo investimento, no entanto o formato de universidades é distinto daquele das particulares. As universidades são voltadas para o ensino, a pesquisa e extensão, enquanto que as escolas privadas para o ensino aplicado com apenas iniciações à pesquisa e uma tímida extensão.
Além disso, existe a dificuldade de se obter, em cidades distantes dos grandes centros urbanos e menos favorecidas com o progresso, professores com disponibilidade de tempo, principalmente agora depois da abertura desenfreada de IES.
Outro ponto é o julgamento incabível da escola, pelo seu corpo discente. Nas faculdades estatais, que pouco exigem dos alunos o conhecimento e a frequência, os estudantes não criticam, pelo contrário, elogiam, pois eles reconhecem que vão sair dali com seus diplomas e a própria orfandade em relação à direção da escola não dá cabimento a reclamações maiores.
Em se tratando de uma escola não estatal ou de administração privada, o ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) já se torna uma oportunidade de vingança dos alunos contra a escola que cobra uma mensalidade e exige eficiência no aprendizado e na conduta, coibindo depredações e comportamento pouco cidadão no trato com a comunidade. O resultado é os alunos estigmatizando a instituição de ensino durante o exame, inclusive como uma forma de chamar a atenção da diretoria, que existe e é participante.
O deputado Lelo Coimbra comenta a tensão existente entre Governo e IES privadas nas avaliações e diz, segundo artigo publicado na revista Ensino Superior de outubro de 2009: “...ministro é mais transigente com as públicas do que com as privadas...”. O caso ENEM (divulgação das provas antes de sua aplicação) é bem sugestivo e alerta para possíveis eventos semelhantes naquelas provas do ENADE. Não se pode confiar em resultados que, de início, pecam em se tratando de lealdade. Como se pode confiar no resultado da correção das provas do ENADE se não existe participação das instituições envolvidas?
As unidades de ensino em cidades das regiões Norte e Nordeste pouca ajuda têm do próprio mercado. As empresas com matrizes na região Sudeste, por exemplo, são pouco acessíveis e preferem colaborar com as faculdades dos centros mais desenvolvidos, porque só assim sua ajuda terá maior visibilidade política. Doações a qualquer título também pouco acontecem, pois, o contingente de alunos não é convidativo ao investimento que exige divulgação maciça. A cada semestre, novas diretrizes são criadas para as avaliações do ensino superior, então todo o investimento e preparo do pessoal docente e administrativo para acolher os novos ditames é fadado a transformar-se em investimento falido, pois, de repente, as regras mudam outra vez. É o próprio samba do crioulo doido!

O JORNALISMO SEM DIPLOMA

A propósito das notícias, na imprensa nacional, sobre o repúdio dos jornalistas brasileiros pela criação de um Conselho, fiquei pensando de que forma poderia esse órgão prejudicar a classe jornalística.
Talvez uma chamada de atenção, de vez em quando, por uma exacerbação de ânimos em entrevistas ou no uso de seus “poderes”, atingindo princípios éticos de forma violenta. Esses temores, de repente, poderiam nunca acontecer, muito pelo contrário, se esse possível CFJ (Conselho Federal de Jornalismo) fosse tão efetivo quanto a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) é para os advogados.
A regulamentação da profissão, como acontece com as demais atividades profissionais, talvez desse maior segurança e cobertura à atividade noticiosa. A tão temida restrição, nas atividades da comunicação, talvez nunca acontecesse. Quando se fala em censura, as bases da comunicação entram em pânico.
Na verdade, devemos ter em mente que a censura ética é necessária em qualquer que seja a atividade profissional e nada fica a desejar na área da comunicação. Apresentar a violência de forma natural em horário não conveniente poderá transformar-se em um multiplicador da violência. Da mesma forma, divulgar o “como fazer” é distribuir ensinamentos de péssimo resultado, quando essas lições são perniciosas ou do mal.
Assim, nem sempre, censurar corresponde a atropelar a notícia ou tolher o direito do povo ao acesso à informação. Os próprios jornalistas deveriam, como responsáveis que são pela formação popular, ter o cuidado com a divulgação de determinadas demandas que venham a influir negativamente na evolução social.
Vamos agora falar um pouco da dispensa do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista. Pode-se imaginar o jornalismo como sendo uma atividade técnica e por isso não haveria a necessidade de uma graduação.
Particularmente, acho o jornalista graduado, um profissional literário que tem de amar a linguística e a forma de se expressar com categoria. Dessa forma, a pesquisa para se obter a evolução, nesse particular, requer metodologia e outros conhecimentos que só a escola superior é capaz de oferecer de modo formal. Talvez, as facilidades advindas da não obrigatoriedade do Diploma para se enveredar no jornalismo, leve esse profissional a um desencontro no futuro.
O conhecimento da língua portuguesa que enseja os jornalistas de hoje, possivelmente trará saudades no futuro, quando esses profissionais tiverem de acontecer nas sombrias palavras que apenas falam notícias. O brilho do diálogo diferenciado, que caracteriza os profissionais da comunicação de hoje, talvez perdure durante mais algum tempo, gerando ocupação de cadeiras na casa que pertence àqueles que fazem a literatura brasileira acontecer: a Academia Brasileira de Letras.
Mas, será que, no futuro, irão os jovens de hoje dedicar-se à busca do conhecimento que leve o nosso idioma para além das nossas fronteiras, carregando textos desejados pela humanidade? A responsabilidade desse futuro está aqui posta. Ainda há tempo de reverter esse processo que facilmente levará ao caos essa comunidade brilhante: a dos jornalistas.

domingo, 8 de novembro de 2009

Grupo ESUDA completa 35 anos de atuação em Pernambuco com investimentos em acessibilidade e novos programas de ensino

por RAQUEL LAFAYETTE

O Grupo ESUDA, que inclui a Faculdade ESUDA, a Central de Cursos ESUDA e três unidades de ensino a distância nas cidades de Recife, Caruaru e Palmares, completa 35 anos com investimentos em novos programas de ensino e projetos de acessibilidade, além de ampliar sua atuação no interior. O Grupo ESUDA soma mais de quatro mil alunos em todas as unidades de ensino.

Numa iniciativa pioneira em Pernambuco, a Faculdade ESUDA desenvolve um programa de aproximação dos alunos com o mercado de trabalho, por meio de atividades e especializações durante o curso de graduação. A ESUDA oferece cinco cursos: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Psicologia, Economia e Ciências Contábeis.

No curso de Administração, por exemplo, os alunos escolhem entre várias áreas de interesse profissional e, ao longo da graduação, têm a oportunidade de se especializarem na área escolhida: Comunidades de Aprendizagem, Administração da Informação, Estudos Organizacionais, Finanças, Marketing, Tendências Organizacionais, Gestão de Pessoas e Comportamento Organizacional.

Na área de Psicologia, a Faculdade ESUDA mantém em funcionamento vinte consultórios para atender à população. As clínicas-escola prestam serviço de acompanhamento psicológico e plantão psicológico, de segunda a sábado, com atendimento realizado por alunos recém-formados, através do Projeto Incubadora, e um grupo de estagiários supervisionados por profissionais da área.

O curso de Ciências Contábeis da ESUDA foi selecionado entre os melhores do Brasil pelo Guia do Estudante da Editora Abril e vai figurar na publicação especial GE Melhores Universidades 2009. O curso também recebeu, em 2008, o Prêmio Caduceu do Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco como o melhor curso superior do estado. A graduação de Contábeis da ESUDA é a única onde os alunos trocam canetas e cadernos por computadores durante todo o último período.

Já em Arquitetura, destaque para o único Laboratório Vivo de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco que foi inaugurado recentemente na ESUDA. O espaço ocupa uma área de 850 metros quadrados e oferece diversos materiais que são utilizados na arquitetura e no paisagismo contemporâneos. Outro espaço exclusivo da ESUDA é o Laboratório de Acústica Arquitetônica, com equipamentos importados da França e único deste porte no Brasil.

No curso de Economia, o Projeto Incubadora conta com duas empresas: uma empresa de Engenharia Econômica e outra de Consultoria e Planejamento Econômico/Financeiro.

Acessibilidade - A Faculdade ESUDA é referência em projeto arquitetônico de Desenho Universal com infraestrutura que respeita as diferenças de portadores de deficiências em suas instalações. Além dos elevadores com sinais sonoros e teclas em braile, a instituição conta com toaletes adaptados para portadores de necessidades especiais, principalmente, aqueles com problemas de paraplegia, tetraplegia, esclerose múltipla, distrofia muscular progressiva, espinhal e esclerose amiotrófica lateral.
Os novos espaços sanitários trazem portas mais largas, louças baixas e lavabos especiais. Em todos os banheiros também foram instaladas barras de apoio em aço inox. A faculdade já conta com rampas de acesso, portas especiais, sistemas de sinalização especial e passeio com pisos sinalizadores.
O grupo mantém uma unidade especializada na formulação e fiscalização de projetos de acessibilidade em Pernambuco. O Núcleo de Acessibilidade ESUDA (NAE) é coordenado pela psicóloga Rilda Velozo e composto por arquitetos e psicólogos. O NAE está finalizando o projeto de um laboratório dirigido a portadores de necessidades especiais, como cadeirantes e deficientes auditivos e visuais. O espaço contará com computadores adaptados e impressoras em braile, além de jogos especiais como: jogo da velha, resta 1 e xadrez para cegos.

Ensino a Distância - O Grupo ESUDA investiu em torno de R$ 200 mil na unidade de ensino a distância em Palmares. O espaço ganhou onze salas climatizadas, auditório, biblioteca, salas de estudo e laboratório de informática. O prédio tem quatro andares e é totalmente adaptado para portadores de deficiência. As unidades de Palmares e Caruaru já somam mais de dois mil alunos. O Grupo ESUDA tem parceria com a Universidade Norte do Paraná – Unopar, um dos maiores centros de ensino a distância do país, nas duas unidades do interior e na unidade de Recife.

Financiamento – A Faculdade ESUDA oferece aos seus alunos a oportunidade de financiar até 50% de suas mensalidades. O Plano de Apoio Financeiro ao Discente ESUDA (PAFIDE) permite que as mensalidades sejam pagas no dobro do tempo em que foi feito o financiamento, após o término do curso e com um diferencial: as mensalidades não têm juros nem correções ao longo do ano. “O aluno vai devolver à faculdade exatamente o que lhe foi dado: a mensalidade. Assim, pagará apenas pelo valor das mensalidades. Estamos trabalhando com educação e não com um investimento mercantil”, afirma o diretor da ESUDA, Wilson Barreto.

Além do PAFIDE, a ESUDA também oferece o Vestibular de Inclusão Socioeducacional (VISE), que concede até 50% de desconto nas mensalidades às pessoas com dificuldades financeira, social ou física. O candidato passa por uma avaliação socioeconômica com uma assistente social e por um curso de atualização de conhecimentos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A RELAÇÃO DE EXCEÇÃO: GOVERNO VERSUS FACULDADE PARTICULAR


Não dá para entender a relação entre Governo, particularmente o Ministério de Educação e Cultura (MEC), e as Instituições de Ensino Superior (IES) particulares. Nas avaliações, os métodos utilizados sempre beneficiam as escolas estatais e prejudicam as de administração privada.
Por um lado, as maiores pontuações acontecem em características próprias das Universidades Federais, por exemplo, a qualificação dos professores. Por outro, a metodologia empregada nas avaliações cerceia o poder das particulares, pois os avaliadores são sempre equipes quase que exclusivamente do Governo.
Como se não bastassem, essas grandes discriminações atingem o ápice quando feitas de forma indireta, utilizando-se de um exame aplicado aos alunos da entidade privada que, entre outras coisas, cobra uma mensalidade e exige cumprimento de deveres dos alunos; o que pode levá-los a se tornarem inimigos gratuitos da instituição. E, durante o exame, a escola “sofrer” uma qualificação revanchista dos discentes.
Além dos vários pontos negativos para a escola particular nos exames aplicados pelo MEC, fato já apontado em artigos anteriores, atualmente, surge a incerteza da lealdade destes em relação às escolas públicas e privadas, depois do vazamento, agora público, dos quesitos das provas do ENEM, que não deixa de respingar algo semelhante nos exames do ENADE.
A parceria dos homens que se dedicam à educação em nosso país não tem sido de mão dupla como esperada. Os próprios ministros, como já aconteceu com Paulo Renato, são os primeiros a insuflarem o povo contra as IES particulares, fazendo declarações públicas acerca das notas, dos antigos provões, obtidas pelas federais e pelas escolas privadas.
O custo do ensinar bem é tão alto que o governo apenas contempla, com vagas-escolas, 20% da população de estudantes ativos. Os 80% restantes são contemplados pelas universidades e IES privadas. Quando falamos do custo do ensinar bem, estamos nos referindo não apenas ao valor pecuniário, mas, principalmente, à organização, à motivação e aos critérios de avaliação que permitem ao aluno um comportamento cidadão.
Essas qualidades, as escolas públicas não conseguem atingir, por isso é que o Governo deve ser um grande parceiro das escolas de administração privada. Para tanto tem que estar junto, realizando visitações frequentes e orientações, quando necessárias, de forma a tornar a educação o segmento mais bem estruturado da sociedade.
Que ressurjam as DEMEC, representações do MEC em cada estado, pois só assim poderemos formar o verdadeiro espírito acadêmico nas escolas superiores brasileiras! Basta de influências dos grandes capitais na educação do Brasil. Aluno não é mercadoria e o saber não é apenas informação para a memória.
A criação tão útil, nos dias de hoje e no futuro, só terá lugar quando existir o corpo a corpo do educador/educando. Finalmente, o financiamento da educação deve revestir-se de características que não sejam as que contemplam as indústrias, o comércio e outras prestações de serviços; pois os ganhos do ensinar e do saber demandam um tempo maior para efetivação dos lucros. Lucros esses que, simplesmente, beneficiam o Estado e a humanidade, não apenas a família dos que vivem a explorar a ignorância do povo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O ESQUERDO


Conhecida popularmente como canhota, a pessoa que escreve com a mão esquerda goza de diversos dotes não encontrados facilmente nos destros. Apesar da existência de um contingente enorme de pessoas que escrevem com a mão esquerda, elas jamais são lembradas pela indústria de móveis e equipamentos. O tentar corrigir, em tempos idos, o “defeito” dessas criaturas, com aparente sucesso, deixou de ser então, essa característica pessoal, uma preocupação para a sociedade.
Essa correção acontecia obrigando os não destros a escreverem com a mão direita, através do uso de várias admoestações físicas – tais como, reguadas nos dedos, cocorotes e outras maldades – e morais, como se a diferença na forma de escrever fosse algo feio e prejudicial.
Na verdade, os pais viam, nesse jeito pouco comum, um grande defeito que mexia com a vaidade deles, porque não admitiam essa “deficiência” em seu filho. A escola, por sua vez, também era obrigada a corrigir essa forma de ser das crianças durante a alfabetização, criando um estigma naqueles que não queriam se sujeitar ao hábito comum: escrever com a mão direita.
O resultado desse radicalismo, por força da ignorância dos pais e dos mestres, fazia com que a caligrafia das crianças canhotas fosse feia durante toda a sua vida, pois estavam forçando a natureza a dobrar-se diante da vaidade ou crítica de terceiros.
Por outro lado, essa busca por correção foi informando à sociedade que aquele problema deveria ser sanado. Tirando-se esse “vício” de escrever com a mão esquerda, não haveria a necessidade de preocupações maiores com esse grupo de pessoas, pois a reeducação iria incluí-las como destras em pouco tempo.
Com dificuldade na escrita da esquerda para a direita, adotada em quase todos os idiomas – devido à mão que cobre o texto, impedindo a leitura durante a escrita – os canhotos são surpreendidos em cada momento, necessitando recorrer ao improviso.
No passado, o uso de canetas tinteiro (aquelas com pena e tinta líquida) obrigava o esquerdo a utilizar um mata-borrão a cada palavra que escrevia para a mão não borrar o texto. Lembremos que a escrita é da esquerda para a direita e a mão que escreve – a esquerda – está sempre passando sobre o escrito.
Vemos no uso do mata-borrão uma ideia que facilitou sua forma de redigir. Esse improviso é apenas um marco do quanto é capaz o canhoto para adaptar-se a um mundo que não lhe pertence.
Hoje já se conhece o porquê dos esquerdos. Os hemisférios direito e esquerdo do cérebro estão com suas funções invertidas. Mas, mesmo com essa consciência, a sociedade pouco tem feito pela acessibilidade dos canhotos a uma série de equipamentos e acomodações.
Apenas para citar algumas situações que obrigam o esquerdo a tornar-se um grande improvisador e, consequentemente, um grande estrategista; temos a abertura de lata e maçanetas de portas, a disposição de complexos mobiliários e de equipamentos como papel higiênico, duchas sanitárias, comandos dos relógios de pulso.
O pensar rápido para a solução de cada demanda emergente não compatível com sua condição, torna o canhoto uma pessoa extremamente preparada para qualquer evento na área profissional e demais atividades do ser humano.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FELIZES ANOS 70



Iniciamos nossas atividades educacionais em l966 com cursinho preparatório para vestibulares, em seguida, com colégio e, em l974, a Faculdade de Ciências Humanas ESUDA foi autorizada pelo MEC.
Durante toda a década de 70, estivemos em contato direto com o Ministério da Educação e Cultura (MEC), através, do então extinto, Conselho Federal de Educação (CFE), que hoje é o Conselho Nacional de Educação (CNE). Foi o período em que houve pedido de autorização dos primeiros cursos universitários da ESUDA, reconhecimentos dos cursos, aumentos de vagas, etc.
Apesar da ditadura, o MEC era um primor em democracia e estava sempre perto daqueles que ajudavam a educar o Brasil. Delegacias Regionais (as DEMEC) existiam em quase todas as capitais brasileiras, Recife/Pernambuco era sede de uma delas, a do DGE 09 (Distrito Geo Educacional 09).
Essas delegacias possuíam um corpo técnico especializado que, semanalmente, visitava as Instituições de Ensino Superior (IES) e as Universidades, para verificar as documentações dos novos alunos, cadernetas de anotações dos professores, suas frequências; enfim, avaliar o desempenho da escola.
Quando deslizes ou erros eram verificados, com lealdade, sugestões e orientações eram dadas para solução dos mesmos, a fim de evitar problemas no futuro. Democraticamente, os Técnicos em Assuntos Educacionais (TAEs) aceitavam sugestões, quando boas, para a solução dos problemas que, por acaso, houvesse.
Toda documentação necessária a cada evento acadêmico, como autorização e reconhecimento de cursos, aumento de vagas, mudança de endereço, regimento ou mantença, era constituída de formulários próprios e pré-escritos, nos quais se fazia necessário apenas preencher as lacunas com as diversas opções possíveis, para a livre escolha das IES. Assim, por exemplo, os regimentos de todas as escolas obedeciam a um padrão, onde dispositivos que deveriam constar em todos, facilmente eram identificados, com suas demandas específicas. Consultas não solucionadas pela DEMEC eram encaminhadas, em malotes diários, para Brasília em busca de soluções e, de forma breve, retornavam.
Fazer educação é entregar-se ao diálogo, é ouvir soluções características de um dado evento acontecido em uma instituição de ensino e levá-las, quando em casos semelhantes, para outras instituições. Não existe educação sem o corpo-a-corpo entre MEC-IES, IES-professores, professores-alunos; ou seja, uma comunhão entre todos que fazem o complexo educativo. Muito se insistiu para que os Cursos a Distância tivessem um evento presencial com professor graduado e especialista no curso de seus discípulos. Por que isso? Porque educação é olho no olho e isto nenhuma tecnologia põe para trás.
Infelizmente, hoje, no gozo de plena democracia, o MEC escraviza seus coadjuvantes. As soluções acontecem sempre no imaginário da virtualidade, de forma arbitrária, abrindo-se portfolio de relacionamento ao bel-prazer do Ministério, sem qualquer poder das IES para abertura de diálogo em tempo diferente daquele estabelecido dentro de um dado processo MEC/IES.
Cansei de enviar correspondências ao MEC, para as quais não obtive retorno algum. Durante as discussões iniciais sobre a reforma universitária, em reunião, falei pessoalmente com o representante do MEC acerca de uma visita de um técnico para apreciar alguns programas que deveriam entrar em execução na ESUDA e poderiam servir ao Governo, pois estavam sendo implantados PRO UNI, FIES e outros, assemelhados aos nossos. A resposta foi curta: “Não temos pessoal disponível para isso, mesmo que você pague todas as despesas da viagem”.
O único elo entre MEC e IES é estabelecido por meio do binômio Inep/corpo discente, ENADE, cujo resultado é estigmatizar a escola como se ela fosse uma inimiga da educação brasileira. Nem diálogo! Nem visitas in loco (oito anos atrás fomos visitados)! Nem orientação! Não é assim que se pratica educação. Investem-se fortunas em Enem e Enade para nada, são avaliações claudicantes, que acabam de fenecer. Não é por falta de dinheiro para contratar um maior número de pessoas para as visitações, pois hoje são pagas pelas IES. Na década de setenta, não era assim! Felizes os anos 70!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ENSINO A DISTÂNCIA: O ESTADO ATIRA NO PÉ

Desde o ano 2000 que o Governo Federal vem incentivando a criação de cursos a distância. Lembro que a UFPE instalou uma sala para vídeo conferências como um evento precursor dos cursos virtuais.
Algumas universidades de administração particular começaram então a investir neste segmento, e os centros de informática iniciaram uma corrida atrás de softwares que contemplavam a pedagogia dentro desse novo formato de graduar em nível superior.
As universidades federais, pertencentes ao Governo, continuaram com o ensino presencial sem investir nada em cursos a distância que no futuro pudessem ser também absorvido pelas instituições particulares de ensino superior. Os burocratas do MEC sempre estudando o ensino de ponta, nada colaboraram com o novo formato de se obter o diploma do antigo 3º grau.
Por outro lado, criaram uma denominação estigmatizante para os graduados nesses cursos. Tecnólogos foi o apelido criado para àqueles que se formassem em nível superior através dos cursos superiores a distância. Quando cursos técnicos, seqüenciais, e outros acontecem, o título tecnólogo na verdade pareceu muito mais um curso técnico do que um curso superior.
Esse fato levou os graduados, através de cursos a distância, a ter dificuldades na obtenção de emprego e posição igual junto aos alunos concluintes dos cursos presenciais. De forma pouco aceitável, em nenhum momento, escutei apologia aos cursos virtuais feitas pelo Governo. Simplesmente, virem-se quem puder!
As escolas que criaram os primeiros cursos a distância desbravaram um campo sem definições objetivas e em tempo algum contou com o apoio dos que fazem a educação estatal, e ainda tinham como obrigação estabelecer os formatos essenciais para o alcance do sucesso neste novo nicho.
Aulas transmitidas ao vivo, como forma de aproximar-se do modelo tradicional, trouxeram investimentos fabulosos em cada seção de ensino/aprendizado. Na verdade, a aula não ao vivo, com a presença paralela do professor, atingiria muito mais os objetivos graças à dinâmica possível com este modelo gravado. A participação do professor aconteceria, então, para tirar as dúvidas surgidas.

Após meia dúzia de anos de trabalhos e de ir e vir destes desbravadores, vem o Governo iniciar a terrível ingerência, tão costumeira, nas atividades da empresa privada.
Inicialmente, contando com a experiência dos educadores das IES particulares, o Governo parte para abrir cursos a distância estatais e proíbe abertura de novos cursos e pólos pelas instituições privadas. O custo de manutenção desse investimento do Governo será pelo menos dez vezes maior que aquele dos cursos já existentes, que poderiam desenvolver um crescimento maior patrocinado esse crescimento por alunos carentes usuários de programas de financiamento público.
Além disso, abre um rol de exigências que devem ser cumpridas pelos pólos remotos, que vai desde biblioteca, salas de estudo, coordenadores e professores até a redução do número de vagas permitidas em cada centro de estudo. Reduzindo o crescimento dos pólos, cria as dificuldades financeiras para os investimentos exigidos. Paralelamente, usurpa o desenvolvimento da escola privada em benefício das estatais que chegam para concorrer de forma desigual, pois o ensino público é gratuito.
Após tanto incentivo aos cursos a distância, agora o Estado atira no pé.

SÍMBOLO E SINAL



As informações que chegam a uma criança por volta dos três anos são caracterizadas pelo concretismo. Isto significa que: quem recebe o nome de mãe é apenas a sua mãe; o trem é algo grande e a formiga é algo pequeno, sendo assim os nomes dessas coisas deveriam ser invertidos; e assim poderíamos citar diversos exemplos. O concretismo chega ao adulto na confusão entre símbolos e sinais, e isso pode causar graves consequências.
O símbolo é a representação de um fato, de um conhecimento pouco palpável ou de uma informação que depende de muitas explicações, válidas na atualidade. Dessa forma, entendemos que um símbolo deve ser renovado a cada momento que evoluímos no conhecimento do simbolizado.
Na verdade, o símbolo acontece como algo tão forte que associamos a ele o representado. Uma onda é simbolizada por uma senóide e como a forma dessa função lembra uma onda na água pensamos que a representação é a própria onda.
SENÓIDE
Quando o símbolo representa uma informação não científica ele pode sobreviver por mais tempo. Os semáforos com suas cores representativas de siga, atenção e pare, podem ser usados por muito tempo, assim como aqueles símbolos de trânsito utilizados nas cidades e estradas. A própria pintura da faixa de pedestre é um símbolo.
O sinal não é uma representação, mas sim um elemento que caracteriza um dado evento ou a proximidade do mesmo. “Onde há fumaça, há fogo”, fumaça de combustão, é considerada um sinal de fogo. É o concretismo absoluto.
O sangue é o sinal de ferimento. O alarme tocando é sinal de invasão, quando ele é fabricado com boa qualidade. Impressionante é que os fabricantes de alarmes não sabem que seu produto não é um símbolo, mas sim, um sinal. Isso deveria fazer com que esses equipamentos fossem mais perfeitos, e não disparassem sem motivos.
Dissemos que a faixa de pedestre é um símbolo dos pedestres atravessando, o pedestre é o sinal.
Como esses exemplos dos parágrafos anteriores, poderíamos citar diversos.
Qual então é o perigo da confusão entre símbolo e sinal?
Normalmente a maioria dos fatos que nos assusta são símbolos e não sinal de alguma coisa. Um ruído na madrugada pode ser um rato e não um invasor humano, às vezes, sacamos uma arma em vão, por medo do invasor e causamos danos, quando se tratava apenas de um símbolo da presença de alguém e não um sinal. Uma imitação de cobra (um símbolo) que cai do teto pode levar uma pessoa a um infarto.
Tecnicamente um modelo ou símbolo superado pode ensejar conclusões científicas completamente errôneas. Daí todo cuidado com os conhecimentos de fronteira, pois bastam as complicações quando se confunde símbolo com sinal.

CRÉDITO EDUCATIVO. FAZ GRAÇA PRA MIM


Na década de setenta surgia o Crédito Educativo (CE) com patrocínio da loteria esportiva, o dinheiro que vinha do povo retornando ao povo. “... e esses recursos serão aplicados a fundo perdidos...” diziam os criadores do novo programa.
As escolas de ensino superior no mês de janeiro e julho de cada ano recebiam o pagamento da semestralidade dos alunos que ingressavam no programa. A contratação do crédito educativo acontecia no último mês de cada semestre letivo e não eram exigidos fiadores.
Além de contemplar os estudos, existia também o financiamento de uma ajuda de custo para os estudantes carentes. Nesta época, ensinava-se a pescar, não se dava o peixe. Tínhamos na época 30%(trinta por cento) dos alunos universitários contemplados com o programa. Mesmo a fundo perdido, o custo para o governo era 10%(dez por cento) do investimento na manutenção de um aluno nas universidades federais.
A falência do CE ocorreu graças à inflação estúpida de 80% ao mês produzida pelo governo de José Sarney que além de tudo começou a liberar os valores dos créditos para as escolas no final do semestre, mas os alunos pagavam juros desde a contratação do programa no início do semestre. Década de 70: o milagre brasileiro, década de 80: o caos brasileiro.
Abro a revista Ensino Superior de agosto de 2009 e lá está: “Governo quer fazer parceria com bancos privados para financiar educação”. Surge a ponta de mais um programa para explorar o ensino privado os cofres públicos e o próprio estudante.
A filosofia do Fernando Haddad e Guido Mantega, ministros da Educação e da Fazenda, respectivamente, é criar um programa que não dê prejuízo para os bancos privados. No caso de inadimplência do aluno junto ao financiamento, a escola que recebeu o crédito resgata de 15 a 30% do saldo devedor do banco e o FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) cobre o restante do rombo. O banco privado, recebe o spread da operação, mais uma vez, o bobo da corte é quem produz.
Na verdade parece já não existir as milionárias loterias. Essa poupança popular que é revertida na esperança de sorte dos menos favorecidos virou imposto para o Governo. O que emana do povo, sem retorno, deve retornar ao povo, como na década de 70. O governo que gaste menos e utilize os vultosos impostos para suas obrigações.
Será pequena a memória dos governantes sobre as verbas que financiavam os programas educativos, ou é mesmo desrespeito ao cidadão brasileiro?
Os programas de apoio ao estudante não deveriam gerar nem juros nem correção, deveriam financiar mensalidades escolares e não capital. Desta forma, o discente deve ficar devendo mensalidades e não valores. Cada aluno que devolve, depois de formado, as mensalidades utilizadas, contribuirá com o financiamento de um futuro colega, hoje carente e que como ele irá servir-se do crédito educativo.
Lembramos que o capital intelectual não dá lucros, em curto prazo, capazes de pagar os juros exorbitantes dos financiamentos. O comércio, a indústria e as prestações de serviços são capazes de suportar essa exploração, o jovem profissional liberal ou iniciante em um negócio não tem demanda financeira para isso.
É importante, mais uma vez, não tragar as novidades como se doutrinas elas não tivessem. Pare e reflita: o antes, o durante e o depois, e não deixe de comparar, pois só assim poderemos compreender a que se quer chegar com uma idéia nova!

MAIS UMA VEZ OS GENS CONSEQUENTES

Observamos que o fato descoberto por cientistas, sobre as mudanças dos genes constituintes dos seres vivos, de conformidade com as alterações no fenótipo, tem como resultado uma série de consequências antes pouco observadas ou sem explicação.
Já comentamos em artigos anteriores, a diferença crescente entre gêmeos univitelinos quando educados em culturas diferentes, a herança imposta na falta de dilatação na maioria dos partos e consequente cesárea. Agora surgem outras conseqüências possíveis dessa grande descoberta.

Quando se adota uma criança a partir de valores coerentes com a adoção e não simplesmente por vaidade, pode-se observar que no desenvolver da relação pais e filho mudanças genéticas começam a favorecer o menor de modo que seu fenótipo assemelha-se aos responsáveis como se uma origem legítima ele tivesse. O carinho, os limites e todo o necessário a formação cidadã, sem estigmas, dados pelos mantenedores, enriquecem aquele ser de forma mágica, tornando-o a imagem e semelhança dos seus pais adotivos.
Essa transferência depende da permissão do educando. É por isso que lembramos mais uma vez: é muito importante o querer adotar contemplando todas as necessidades do adotado e do adotando. No decorrer dos anos a semelhança, inclusive física, com os pais será inimaginável. Enfim a adoção deve ser verdadeira.
É interessante lembrar que essas novas características do fenótipo adquiriram raízes no genótipo e amanhã as novas gerações, dos adotados, podem vir a ter peculiaridades de seus avós adotivos. Nunca se pensa nisso! São as vivências mudando a vida.
Nesse exemplo está bem claro o nível da descoberta científica que diz estar o ser humano mudando seu comportamento e forma de ser durante a vida, alterando os seus genes. Não é uma adaptação circunstancial – lugar, cultura – mas sim, genética, leva às descendências.
Outro aspecto semelhante é a domesticação de animais selvagens. Aí vão dois aspectos: torná-lo domesticado e torná-lo doméstico. Tornar um animal domesticado é aproveitar sua pouca inteligência e construir atitudes que o torne dócil para a convivência entre os humanos.
O leão, de circo, o elefante e outros animais têm sido domesticados, mas não se tornaram domésticos, por quê? Na verdade não vivem parindo em cativeiro e os filhotes não são acompanhados por especialistas como os pais; e quando acontece isso, é em número pequeníssimo, não salvando a espécie como doméstico.
Por sua vez o animal doméstico foi domesticado geração após geração com a convivência de sua família e dos humanos. É bem diferente ser domesticado ou ser doméstico. Neste último já existem as alterações genéticas desde o nascimento, ou seja, essas alterações já pertencem ao genótipo.
Enfim, lembramos que sendo o homem o animal mais inteligente, em suas mãos está o destino da natureza. Preservar as formas de ser dos animais, vegetais e dos outros reinos do mundo, significa manter a diversidade que inova e faz bem ao equilíbrio deste magnífico complexo que é o Universo. O nosso planeta, dentro dele, deve ser visto como a nossa comunidade menor, onde não desejamos enchentes, secas e menos ainda o colapso do nosso entorno, pois isto nos levaria ao pouco viver e com baixa qualidade.
Finalmente queremos colocar que as alterações genéticas vindas das ingerências do homem na própria natureza podem quebrar a diversidade tão rica do nosso planeta.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MEDALHA OU NÃO?

Os resultados das disputas esportivas têm sido sempre discutidos pelos perdedores dos eventos. Por um lado por acontecer com frequência erros dos árbitros, e por outro lado devido à violência cometida por um dos litigantes como sejam: doping, ou outro artifício não permitido naquele embate. As pesquisas tem sido exaustivas em busca de uma atitude legal que possa reverter o resultado ou anular aquele encontro esportivo dando lugar a outra oportunidade para aquela disputa.
Desta forma o esporte é violentado, pois uma oportunidade de um encontro que mede desenvolvimento físico torna-se uma oportunidade para um confronto em tribunais. Devemos respeitar, sim, as regras do jogo, mas não podemos criá-las após o encontro. O propósito deste comentário relaciona-se ao texto abaixo:
Jornal diz que sul-africana é hermafrodita, 10 de Setembro de 2009, 21:21. A sul-africana campeã mundial dos 800m, Caster Semenya, é hermafrodita, noticiou nesta quinta-feira o periódico australiano Sydney Morning Herald. De acordo com o jornal, os testes realizados pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) apontam que a atleta tem órgãos sexuais masculinos e femininos. Segundo o diário, Semenya não possui ovários, mas testículos internos que produzem testosterona em níveis muito superiores a outras mulheres. O Sydney Morning Herald, afirma ainda que a IAAF tentou se comunicar com a sul-africana para informar o resultado dos exames, mas não teve sucesso. Mas segundo o porta-voz da entidade, Nick Davies, nada de conclusivo pode ser dito sobre o assunto. "Nós não vamos comentar porque ainda não sabemos de nada", afirmou. "Temos os resultados finais dos exames realizados na Alemanha. Agora eles precisam ser interpretados por um conjunto de especialistas da comissão médica da IAAF e outros peritos", completou. Mesmo que seja confirmado o alto nível de testosterona de Semenya, ela dificilmente será penalizada com a perda de sua medalha. "Seria legalmente muito difícil tirar a sua medalha", alertou Davies à BBC no dia anterior à publicação da matéria do Sydney Morning Herald.
O hermafroditismo é uma espécie de quimerismo, quando este se relaciona com a genitália interna e/ou externa. No caso existem órgãos internos que indicam características hermafroditas nessa criatura. Assim deve ser considerada hermafrodita.
Vale a pena agora saber se na seleção os atletas são avaliados quanto ao seu percentual hormonal, não podemos lembrar essa avaliação após a conclusão do embate. Não houve dolo da litigante quando inscrita nos 800m, pois era um humano com genitália de fêmea, e daí apta a concorrer com outras mulheres.
Os promotores desses encontros desportivos devem então criar novas regras e disputas entre hermafroditas, talvez homossexuais, enfim uma infinidade de classes até que se esgotem as diferenças características dos humanos. O natural jamais deve ser tolhido de seus direitos! Já não bastam as diferenças, com as suas dificuldades, junto aos regulares? Que se crie o 3º sexo, e assim, concorrerão os hermafroditas criando na humanidade um respeito maior por este segmento da espécie humana tão violentado. É hora de se por um basta na ignorância dos que avaliam certames sem capacidade para tal.
É imperativo deixar a medalha com Caster Semenya, por ser a atitude mais correta.

INTERVENÇÕES GENÉTICAS

Muitas são as reportagens comentando sobre a melhora genética através de intervenções nos genes constituintes dos cromossomos. Eliminar doenças de origem genética já catalogadas pelos cientistas, alterar características ou carateres determinantes de estatura, estrutura óssea, entre outros, já é possível através da engenharia genética e ciências agregadas.
Escutei recentemente em reportagem de TV que se almeja melhorar a inteligência dos humanos por meio de intervenções nos genes constituintes do nosso poder de construção, tão faltoso nos animais ditos irracionais.
Neste momento, é bom lembrar a relação entre o conhecimento pré-natal e a inteligência. Onde estão definidas as informações inatas que trazemos de nossos ancestrais e representam todo o caudal de saberes que nos distingue de outros seres vivos?
É sabido que nos seres não humanos o conhecimento inato é por demais exacerbado.O pouco poder de construir o saber é suprido exatamente por essa característica. Em sintonia com a informação de origem está uma série de carateres que define cada uma das espécies vivas do planeta.


A cobra já nasce possuindo 95% do conhecimento necessário para a subsistência (denominado de conhecimento inato ou pré-natal), necessitando apenas um aprendizado de 5% para o bem viver. O cachorro nasce com 70% de conhecimento inato e durante a vida complementa os 30% faltosos. O cachorro é mais inteligente que a cobra e, por isso, é mais fácil de ensiná-lo. A inteligência e o conhecimento inato são complementares. O ser humano possui em média 30% de conhecimento pré-natal e sua inteligência o leva ao sucesso vital durante a vida. É o grande poder da construção.
Assim sendo, quem tem muita inteligência tem pouco conhecimento pré-natal, quais seriam então as influências incorporadas ao conhecimento inato quando se aumenta artificialmente a inteligência? Hoje ainda não se sabe qual a resposta. Então sejamos cautelosos quando manipularmos genes que definem a inteligência.
Outro evento ligado à inteligência é a memória. Pouco se sabe também quais as alterações que pode sofrer a memória se alteramos a inteligência. Lembramos que a alteração de um dado gene no cromossomo é feita com a manutenção dos outros em suas respectivas localizações. Assim, não seria necessário um melhor entendimento a este respeito para evitar outros distúrbios no ser em mutação?
As críticas a esses experimentos genéticos estão sempre apontando para as mudanças possíveis na agressividade ou no desenvolvimento anormal dos seres alterados geneticamente, temendo-se que esses novos viventes venham a prejudicar os humanos existentes. Os filmes de ficção têm seus temas dentro destes aspectos.
Nunca se criticam as mutações como aquelas que venham a tornar este novo ser um sofredor em seus aspectos psíquicos ou somáticos. O respeito à vida dos seres como eles acontecem deve ser o objetivo dos cientistas. Durante o viver podemos substituir células doentes por células troncos, isto precisa ser estudado, e não simplesmente produzir alterações quando um hálito de vida ainda não fora esboçado.

domingo, 13 de setembro de 2009

A BUSCA DA OUTRA METADE

Platão: “Os seres humanos seriam hermafroditas no início: homem e mulher, unidos pelo abdômen. Zeus um dia fulminou essa dualidade com um raio, e nossos umbigos seriam a cicatriz da dolorosa separação... e desde então, vagamos pelo éter, pelo vazio, pelo mundo, em busca da outra metade”. Que conclusão tiramos dos ditos de Platão?
Platão em seu pensamento afirma que o homem vive até hoje seu tempo, procurando a sua cara metade. Isto posto, certamente, por achar a mulher bastante diferente do homem em vários aspectos. Na verdade, não é o caso. Vamos declinar algumas diferenças entre os homens e as mulheres e expor a compreensão e necessidade dessas diferenças. Por outro lado, vamos aludir as grandes satisfações do casal humano, quando comparadas àquelas dos outros animais.




A natureza do homem é bem diferente, em vários aspectos, da natureza feminina. Primeiro: o homem tem muito menor conhecimento inato (aquele que já nasce com ele) que a mulher.
Segundo: o homem é mais inteligente, pois precisa compensar o menor conhecimento pré-natal, ou seja, a maior necessidade de construir o conhecimento exige essa característica.
Terceiro: a mulher ver a relação sexual como forma de chegar à maternidade, enquanto o homem apenas como prazer (falamos de pessoas regulares, a maioria, não das exceções extremas da sexualidade). Isto não significando que a mulher não tem prazer no sexo.
Quarto: o homem quer a mulher como companheira sexual e zelosa com sua família a partir dele; a mulher quer o homem como companheiro que valida a família, como célula, que dará equilíbrio a sua prole e segurança tradicional.
Quinto: a mulher é quem dará limites a seus filhos, apontando o homem simplesmente como falso coautor neste particular. Enfim, poderíamos declinar outras tantas diferenças entre o homem e a mulher e mostrar que um não parece ser a cara metade do outro.
Muitas vezes se pensa que o igual traz harmonia. E a partir daí, o ser humano vive tentando esse igual, que não chega, e deixa de viver a vida curtindo essas diferenças. O bom é experimentar o novo que vem de nossa cara metade do que ir incessantemente à procura de alguém que se comporte como nós. Muitas vezes o sonho do encontro “do par verdadeiro” transforma-se em muito maior dissabor do que a própria procura, pois as características da mulher tão pouco conhecidas pelo homem o leva à acreditar que o novo alvorecer despertará uma nova companheira. Mas, nada acontece e essa nova mulher se tornará igual após a convivência a dois.
São as definições dos seres conforme as características necessárias para a manutenção da espécie, que torna a mulher bem diferente do homem. Por um lado, a mulher escolhendo um homem completo para dar aos seus filhos a herança paterna de qualidade. Do outro lado, o homem almejando uma mulher para sua vida sexual e vaidosa.
Assim, chegamos a grande conclusão de que são essas diferenças as quais fazem os casais viverem bem, um em busca de se adequar às ansiedades do outro. “Todo o equilíbrio tende a expansão do eu”, já diz um dos princípios da Psicologia. Sendo assim, a busca eterna desse equilíbrio é que torna duradoura a relação do casal.

A EXCLUSÃO UNIVERSITÁRIA

Mais uma vez os resultados das avaliações feitas pelo MEC carecem de explicações. Vejamos como funcionam as regras para as pontuações dadas às IES (Instituições de Ensino Superior) pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
Um exame de conhecimento é feito com um grupo de alunos constituído por estudantes ingressantes na escola e aqueles que estão finalizando o seu curso. A diversidade entre os estudantes, das várias escolas, está nas oportunidades que eles tiveram antes de ingressarem na IES e têm durante a realização do curso.
Um aluno carente certamente foi mal alimentado e sacrificado no seu habitat, estudou em colégio que lhe exigiu pouco investimento, não teve oportunidade de frequentar cursinhos e exerce atividade profissional, normalmente durante o dia, para sustentar sua família.
Um aluno não carente, por sua vez, alimentou-se muito bem, estudou em colégio que ofereceu e exigiu qualidade no ensino e na aprendizagem, frequentou cursinhos de matérias isoladas, possui condução própria, estuda sem a preocupação com outra atividade – como trabalhar –, é jovem com a mente bastante ativa e possui seus pais, ou responsáveis, como suporte e senhor.
A UFPE, por exemplo, ministra quase que a totalidade de seus cursos em horário diurno e, na maioria das vezes, em dois turnos – aulas teóricas e práticas –, sem regularidade. Está situada distante do centro, o que demanda maior tempo no ir e vir, inclusive com necessidade de meio de transporte próprio. E também adota projetos pedagógicos que não contemplam diretamente o mercado de trabalho, mas sim o bacharelado e a pesquisa.
As IES de administração privadas estabelecem a maioria de seus cursos com opção noturna em único e regular horário, e estão próximas ao centro com transporte público de fácil acesso. São pragmáticas quando contemplam o conhecimento, visam de forma objetiva ao mercado de trabalho e possuem programas de inclusão educacional com bolsas de estudo, inclusive.
Qual será, então, a escolha de um aluno carente levando em conta a relação custo/benefício? Não há dúvida! A escola de administração privada. Assim a UFPE contempla muito mais a exclusão universitária do que a inclusão, pois não dá oportunidade a todos.
As IES privadas estão repletas de alunos que trabalham, são carentes e estudam no horário que podem, ou seja, geralmente, no período noturno após um dia de trabalho! As federais estão repletas de alunos com condução própria e vida confortável!
Dessa forma é natural que no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) sejam os alunos da UFPE contemplados com melhor resultado! As escolas privadas estão “pagando o pato” por fazerem melhor o seu papel, ou seja, dando oportunidade real ao ingresso de pessoas carentes em seu quadro de alunos.
O maior absurdo é julgar a instituição educacional por meio do resultado de um exame do qual ela não participa diretamente, pois ele é realizado com um maior número de alunos que mal entraram na escola e uma minoria que termina o curso, graças à evasão escolar. Dessa forma o nível médio intelectual desses alunos é menor, pois os que terminam o curso e que tiram melhores notas são em pequeno número comparado com a quantidade daqueles que entram com conhecimento bastante inferior. Por outro lado, a UFPE recebe, em sua maioria, alunos com vasto conhecimento adquirido através dos cursinhos, muitas vezes por anos a fio; e os graduandos constituem-se em grande número, pois a evasão é bem menor do que aquela da escola privada, e acontece, na maioria das vezes, devido à falta de poder aquisitivo.
Quem tem maior mérito? A escola que consegue elevar a pontuação do aluno que chegou com nível -5 para uma pontuação com valor +12 ou aquela que recebe um aluno com nível +5 e eleva seu nível para 15? É claro que é aquela que fez o aluno crescer de -5 para +12=17, e não a que elevou apenas de 5 para 15, ou seja, apenas 10 pontos. É preciso ver isso e não sofismar: 15 é maior que 12, mas 17 é bem maior que 10!

sábado, 12 de setembro de 2009

A VIOLÊNCIA DO ESTADO

Existem prestações de serviços feitos por empresas de administração privadas que estão diretamente associadas àquelas que deveriam ser obrigação do governo. As de saúde, educação, e transporte estão dentre as mais prementes, pois delas depende o desenvolvimento maior do país.
O transporte garante ao empresário e ao operário o seu deslocamento. Assim o governo tem que garantir um bom fluxo na movimentação dos veículos com boas estradas e ruas, e com transporte acessível para que os menos favorecidos possam chegar ao seu trabalho e a sua residência. Sem falar das autoestradas que servem ao escoamento de produtos entre cidades produtoras e consumidoras.
O governo não pode esquecer o serviço prestado por empresas de ônibus que atende ao transporte de trabalhadores. O Estado deve garantir a segurança. E nos eventos de violência contra esses transportes, deve assumir os danos causados por vândalos. Lembramos que as empresas de ônibus privadas não concorrem com o governo, ao contrário, auxiliam-no. O governo tem feito o seu papel?
A saúde que chega ao púbico na concessão de estabelecimentos hospitalares particulares tem ajudado, e muito, a saúde púbica em nosso país. Infelizmente, é a força do marketing que tem feito surgir hospitais bastante completos em nossa cidade. O uso desses hospitais por pessoas que possuem poder aquisitivo ou convênios com planos de saúde elitizados é o responsável pela construção de hospitais modernos e com equipamento de ponta, esses que, por sua vez, só recebem críticas do governo e, quando muito, convênios populares com reembolso irrisório. E haja “CPMF”!
Na educação o fato é público e gritante. A violência vai desde a tentativa a cada momento, de desmoralização das IES (Instituições de Ensino Superior) particulares, criticando publicamente os seus feitos, até a criação de formas de avaliação que vêm gratificar a escola pública e aniquilar a escola de administração privada. Quando o governo elogia suas escolas e fala mal das não estatais, está incentivando os ricos a colocarem seus filhos nestas, causando mais dificuldade aos carentes para estudarem nas gratuitas, pois, as poucas vagas são ocupadas pelos que podem pagar cursinhos e tiveram boas escolas no ensino médio.
O Estado não vê a escola que forma 80% da população brasileira como uma grande aliada que o está ajudando a fazer um Brasil melhor. No nível superior o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) aplica exames em um púbico altamente diversificado em termos culturais e econômicos e os resultados são comparados como se uma seleção tivesse sido feita para julgar de forma inequívoca, aquela população.
O grande número de alunos no primeiro período e poucos alunos no último, o que ocorre nas instituições particulares e não nas estatais, já retrata as deficiências no julgamento da escola paga. Mais ainda, a revolta dos muitos alunos carentes que estudam na escola privada, pagando com descontos e mesmo assim com sacrifício, quando acontece o Enade sabotam suas escolas nas respostas ao exame, estigmatizando-as, como se culpa elas tivessem das faltas do governo.
Como quer o Estado uma IES forte em ensinamentos se ele é o primeiro a tirar a confiança da população mais abastada, que poderia pagar bem e, em consequência, levar a escola a um investimento maior nos seus objetivos institucionais?
A violência que o governo tem cometido contra a educação tem sido imperdoável, principalmente quando emana de um ministério que deveria primar pelas essências da ética e da orientação, deixando o escárnio e a repressão para o momento consequente das diretrizes não cumpridas. Chega de se esconder lágrimas com sorrisos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

INTIMIDADE COM OS HÁBITOS

Vários acidentes têm acontecido sem que as pessoas se deem conta do fato que levou o acidente a ocorrer ou quais as formas de evitá-los em definitivo.
Os homens adotam costumes e os tornam partes de si mesmos, como se já tivessem nascidos com eles: fumar nos momentos de trabalho – principalmente quando é exigido um raciocínio ou concentração maior; utilizar garrafas não específicas com água na geladeira – como as de refrigerantes, de vinho, etc; dirigir o automóvel sem cautela – conjugando com ele suas emoções como: aceleração, som, e outras.
Os grandes males de cada um dos “vícios” citados no parágrafo anterior podem ser aqui enumerados: 1. Para fumantes - de repente, você vai trabalhar com combustíveis ou explosivos e acende o cigarro, causando momento de perigo; o trabalho pode ser simplesmente a limpeza de algum material com o álcool, gasolina ou outra substância inflamável. 2. Garrafas que não são próprias para água, na geladeira, podem ser confundidas com uma que contenha substância não potável – o costume de pegar uma garrafa “qualquer” e beber seu conteúdo pode envenenar a pessoa. 3. A intimidade com o ato de dirigir provoca distrações ao trocar um CD ou mudar a estação de rádio – causando batidas ou acidentes de forma involuntária por desatenções. O acelerador usado como objeto de vingança ou atenuador do atraso para o compromisso pode resultar em acidente grave, levando a pessoa, muitas vezes, à morte.
Casos como morte por choque de engenheiros eletricistas, acidentes de trabalho em engenheiros mecânicos, contração de doenças contagiosas por médicos e tantos outros eventos semelhantes podem ser compreendidos como provocados pela intimidade das vítimas com as suas atividades. Como, então, evitar esses transtornos?
Toda a ação das pessoas, ao iniciar outra atividade, deve ser consciente. Devemos sempre falar para nós mesmos: agora vou mudar de tarefa e essa nova tarefa deve ser considerada o principal foco de minha atenção e não o resultado que ela pode proporcionar para o alcance do meu objetivo. Ao dirigir o carro para levar alguém ao médico, deve-se destacar o ato de dirigir e não apenas o chegar rápido. Vou beber água, então devo examinar a garrafa e o líquido e não, simplesmente, tragar em um só gole para saciar a sede. É costume, devido ao corre-corre de hoje, os indivíduos serem levados a agir de forma automática sem cuidar das consequências associadas a cada uma de nossas ações dentro do contexto. A solução é treinar a nossa mente para rever as doutrinas ou os princípios de cada mudança na rotina.
A mensagem “o uso do cachimbo põe a boca torta” é muito mais profunda do que a redundância da mensagem. Ela significa tudo que foi posto neste texto.
Façamos uma reciclagem dos acontecimentos desastrosos aos quais temos assistido e chegaremos à conclusão de que esses fatos poderiam ser evitados se os maus hábitos não fizessem parte do acontecido. A intimidade com os costumes ou hábitos é quem tem levado várias pessoas ao sofrimento por perdas que poderiam ser evitadas. Mais uma vez, lembramos a quase lavagem cerebral que sofremos no dia-a-dia, o cuidado com os costumes levará à consciência das novas ações de cada momento. Agora sabemos o porquê de certos acontecimentos como esses exemplificados aqui. É o vício, é o costume, são os hábitos que, absorvidos pela intimidade, deixam-nos muito à vontade para cometer esses absurdos! Toda intimidade é afoita. Devemos adotar os nossos costumes com parcimônia, pois, só dessa forma, poderemos estar sempre prontos para executar as nossas tarefas com segurança e perfeição.
Sejamos conscientes de nossas atitudes sempre!

AS ONDAS CEREBRAIS

O ser humano tem poderes incalculáveis através das radiações de ondas cerebrais, ainda hoje pouco conhecidas pela ciência.
A telepatia que permite a comunicação entre pessoas que estão muito longe umas das outras, a movimentação de pequenos objetos em laboratório – utilizando-se a energia das ondas cerebrais – são exemplos bem claros desse poder, pouco estudado, dos homens. A grande diferença entre o campo dessas ondas e aqueles já estudados – os gravitacionais, elétricos e eletromagnéticos – é que o campo das ondas cerebrais não depende da distância, ou seja, sua intensidade é sempre a mesma, perto ou longe.

Realmente, desconhecemos de forma quase absoluta o poder das radiações de nossa mente e nos fixamos nas pesquisas apenas dos fatos ponderáveis, isto é, aqueles que podem ser medidos ou com os quais, materialmente, entramos em contato, por meio dos conhecimentos objetivos e palpáveis que temos através da ciência e de experimentos empíricos. Talvez tão falsos quanto aqueles que só repousam em nossa imaginação. É necessário aprofundar mais nos estudos das forças internas que comandam o homem. Estas forças que pouco aparecem, talvez, deem-nos o norte de que necessitamos para utilizar fenômenos semelhantes àqueles subjetivos do homem, ou seja, que tenham a mesma natureza ou princípios que possam ser utilizados em novos eventos, como as viagens astrais.
Sabe-se da existência de raios mortais que permeiam o universo entre os objetos astrais, tais como planetas, estrelas, entre outros, denominados de CGR, raios cósmicos galácticos. Estes raios não são detidos por nenhuma blindagem e destroem o ser humano, por isso tornam-se difíceis as viagens pelo universo. O campo desses raios talvez seja semelhante àquele irradiado pela mente humana. Diz-se que as transmissões telepáticas não podem ser blindadas, pois já aconteceram entre duas pessoas: uma no continente e a outra dentro de um submarino “do outro lado do mundo” e submerso. Dessa forma, existe então uma semelhança enorme entre esses raios, sendo certamente um mais forte e outro mais fraco. As correntes elétricas que comandam nossos movimentos também são infinitamente menores que aquelas dos raios nos dias de tempestades.
Estas informações, aqui postas, já são há muito comentadas, simplesmente estamos associando os conhecimentos e chegando a conclusões naturais, partindo dessas informações. Possivelmente, seria muito mais fácil manter os mitos das bolas de cristal, e dos búzios, do que buscar a justificativa desses poderes por meio de estudos científicos. Lembramos que o homem é muito vaidoso em relação a seus conhecimentos. Ele não quer dar a mão à palmatória pela sua incapacidade de justificar certos acontecimentos naturais e prefere manter os mitos que pertencem ao inimaginável.
Não devemos nos amedrontar com a longa estrada que se terá de percorrer para alcançar as bases científicas que permeiam essa característica pertencente também ao homem. O conhecer dos poderes do ser humano será muito mais útil à humanidade, pois sua manipulação levará o homem à construção sobre si mesmo e em consequência sobre seus descendentes. A tecnologia que chega para dar conforto e minorar as angústias físicas e mentais influencia apenas de forma indireta. Quando conhecemos a essência ou a doutrina “das coisas”, somos capazes de alcançar a plenitude das respostas aos nossos quereres. Vamos estudar mais!
Dessa forma, é possível que se venha trazer luz a novas descobertas, que possam redefinir uma série de princípios e, finalmente, levar-nos a outras verdades que nos encaminharão, através do novo, e nos farão chegar aos objetivos tão almejados hoje.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

VIAGEM À LUA: VERDADE OU IMAGINAÇÃO

Na revista Planeta de outubro de 2006, o artigo “Viagem a Marte - Missão impossível?”, de Eduardo Araia, comenta o fato do presidente George W. Bush ter anunciado em janeiro de 2004 um plano, que teve início em maio de 2006, para levar novamente o homem à Lua por volta de 2020.
O progresso tecnológico vindo desde o século passado, certamente não necessitaria de mais 20 anos deste século para repetir a façanha de voltar à Lua. Essa fala é uma forma da ciência dizer que estamos tentando ir à Lua, e não que já fomos.



No dia 19 de julho de 2009, a TV Globo, em seu programa Fantástico, mostra argumentos contrários a ida do homem à Lua. Dos argumentos contrários à tese conspiratória, a mais ridícula é a que diz serem as sombras, diversas em direção, dos astronautas, devido a reflexão da luz solar no solo lunar. Na verdade uma luz que sai do solo (vinda da reflexão) não pode dar sombra sobre o mesmo! É demais o abuso da falta de conhecimento técnico, natural, do povo.
O artigo da revista em referência comenta também sobre a ida a Marte e fala da dificuldade: “O problema está exatamente na palavra “tripulada”: ainda existem problemas sérios no que diz respeito à saúde dos astronautas em viagens espaciais de longa duração. O principal empecilho é a radiação. O espaço está repleto de raios cósmicos de estrelas que explodiram, prótons de alta energia lançados por erupções solares, raios gama provenientes de novos buracos negros e outras ameaças do gênero. (...) A pior de todas as ameaças nesse sentido são os raios cósmicos galácticos (GCR, na sigla em inglês). Trata-se de partículas vindas de explosões de estrelas super-novas que aceleram até quase a velocidade da luz. Elas atravessam as naves e os corpos humanos como minúsculas balas de canhão, rompendo as cadeias das moléculas de DNA, danificando genes e matando células”. Grifos nosso.
Dois anos atrás este fato não tinha sido divulgado de forma direta à sociedade. No entanto, já citamos anteriormente a possibilidade de ter surgido o homem por influência de uma radiação cósmica. Hoje já é definida uma radiação cósmica que age diretamente nos cromossomos. É a consciência do homem de sua ignorância, que o deve levar à meditação sobre os conhecimentos atuais, e daí abrir a mente para novos caminhos e idéias que talvez no futuro sejam confirmadas cientificamente.
Vivemos isolados no meio do Universo e buscamos seres de outros planetas sem imaginar a razão ou razões pelas quais parecemos ser as únicas criaturas do universo. Na verdade, motivos os mais variados, talvez, tenham impedido o contato nosso com outros seres, ou deles conosco. Estas radiações GCR possivelmente impedem o contato “corpo a corpo” de nós com os não terráqueos.
Como citamos antes, ainda não conhecemos um sistema de isolamento com o qual se fabrique uma nave que possa atravessar ilesa por caminhos atingidos pelas radiações citadas.

MITOS E LÍDERES: QUAIS AS DIFERENÇAS?

A comoção mundial com a morte de Michael Jackson vem demonstrar um fato muito simples: estamos sem liderança no mundo! Não seria então MJ um líder mundial? Não.
O que vem a ser um líder? Um líder é uma pessoa capaz de incentivar uma população a sua imitação possível. É o desejo de ser igual, que aproxima uma pessoa ou grupo de pessoas do líder. O líder deve ter algumas características, como sejam:
Mostrar qualidade ou qualidades que o destaque dos demais.
As qualidades devem ser possíveis de imitação.
O convívio ou aproximação deve facilitar a clonagem do líder.
Ser divulgado os seus feitos pelos meios de comunicação.
Esses quatro atributos, que são primordiais na liderança, devem ocorrer sempre no líder, se não, vejamos.
1. É a qualidade ou característica diferenciada que irá produzir o início da liderança. O acúmulo de informação eclética é que vai dar sempre uma solução para os problemas que se apresentarem e que devem ser solucionados. Os super especialistas jamais serão líderes.
2. A busca da informação junto à sociedade e o estudo das diversas ciências podem tornar o admirador próximo do seu líder.
3. O líder deve estar onde seus admiradores estão para facilitar a evolução de seus parceiros.
4. Finalmente, defender temas que levem os meios de comunicação a adotá-lo como âncora para seus feitos.
Assim sendo características inatas que nunca serão imitadas por uma população jamais podem criar lideranças. Surgem desta forma os mitos, que utilizando-se de características pessoais e intransferíveis torna um povo sem liderança seus fãs incondicionais e radicais. Michael Jackson, Ayrton Senna, Pelé, e muito mais apareceram como falsos líderes, pois sempre foram dotados de traços especiais vindos do berço e que jamais poderiam ser imitados. A dança do MJ, a destreza no volante e no pé de Senna e Pelé, respectivamente, jamais foram imitados. Recursos vindos do genótipo, são inatos.
Churchill, Hitler, Antônio Ermírio de Moraes, e tantos outros foram líderes, pois suas características foram adquiridas no decorrer da vida, isto é: fenótipo pouco auxiliado pelo genótipo. A liderança política e social, sem par, tornou esses cidadãos líderes verdadeiros.
Quando faltam líderes, a sociedade se apega a falsas lideranças pela própria necessidade humana de alguém para servir como a luz no fim do túnel para suas aspirações pouco alcançadas. O pior é que esses falsos líderes jamais levarão seus adeptos às vitórias almejadas.
O apoio irrestrito da imprensa é quem na verdade irá cristalizar a posição de liderança dos líderes e tornar falsos líderes os mitos (valor social ou moral questionável, porém decisivo para o comportamento dos grupos humanos em determinada época ; afirmação fantasiosa, inverídica, que é disseminada com fins de dominação, difamatórios, propagandísticos, como guerra psicológica ou ideológica < – Houaiss) que surgem a cada momento.
Assim, devemos sempre conceituar os líderes de forma a podermos melhorar as nossas futuras gerações.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

FABRICANDO GENES DO MAL

Já sabemos que o fenótipo (soma das características genéticas com as influências do meio) é alterado continuamente. Sendo o homem resultado de seu fenótipo, ele sofrerá “mutações” em suas características de conformidade com os mandos dos ambientes social e geográfico. Até pouco tempo não se sabia que essas mudanças comungavam com um processo de alteração nos genes constituintes de nosso DNA. No entanto, estudos têm demonstrado que as influências recebidas na vida vão redefinindo a nossa família de genes.


Podemos observar então, que cada geração sofrerá a ingerência das gerações anteriores. Esses fatos são muito mais sérios do que se pensa. Não são apenas as características intelectuais ou imediatas das gerações subsequentes que irão sofrer as transformações, mas sim todos os descendentes daquelas e de cada uma das gerações seguintes. A cada uma dessas gerações são somadas as interferências das passadas.
E o que merece novo comentário?
O fato de gêmeos univitelinos poderem tornar-se bastante diferentes se viverem em locais diferentes. É fácil de entender, mas, a partir daí, dois troncos de descendências acontecerem, é mais sério.
A mulher, por exemplo, durante muitos séculos pariu normalmente. Hoje, depois de uma série de anos com a maternidade cesariana, poucas têm herdado a capacidade de parir que não seja através da tomotocia. Esses estigmas e outros acontecem com as pessoas sem se dar conta do porquê.
As diferenças nas tomadas de atitudes do homem e da mulher também são consequências dos costumes seculares. Ainda hoje, fala-se da mulher como vítima das agressões sociais, isso vai alimentar, nas próximas gerações, esse estigma, da mulher como sexo frágil. Os homens, por sua vez, como machões e reprodutores não deixarão de trair suas companheiras em busca de suas origens primitivas, quando a reprodução acelerada era preciso. A colocação crítica, de certa forma elogiosa, dessa atitude do homem só serve para realimentar essa herança secular.
Finalmente, a tão propagada tensão pré-menstrual tem tornado as mulheres irritadiças e agressivas no entorno do período menstrual. Nesse intervalo de tempo, é normal o afastamento da mulher em relação ao sexo, por uma questão de prevenção de infecções uterinas nessa fase de vulnerabilidade. Isso vem de informação inata. No entanto não seria necessário justificar essa cautela das mulheres como uma anomalia de período, pois assim essa rejeição só irá tornar-se mais agressiva.
Fique claro que tudo que não desejamos para os nossos descendentes deve ser coibido em cada uma das gerações que se sucedam, de forma a conseguir no futuro chegar a uma humanidade mais humana e feliz.

sábado, 25 de julho de 2009

UMA QUESTÃO DE VISÃO MAIOR

Comentando sobre genomas, lemos CARELLI, Gabriela, Genética não é espelho, na Veja de 22 abril de 2009 ed.2109, p.87, algo que vem reforçar algumas idéias nossas sobre reprodução.
A origem dos humanos acontece através de uma célula diplóide que é constituída por duas células haplóide, uma do ser mãe e outra do pai. Uma célula diplóide possui 46 cromossomas e uma haplóide apenas 23. Essa célula mãe com os 46 cromossomos é denominada de zigoto e possui todas as informações que irão definir o novo ser. Desde o nascer como humano e não outro ser, até as raízes vindas de seus genitores e a própria consciência.
A multiplicação celular, inicialmente em oito mais oito células, embrião e placenta, irá constituir-se no embrião como seu desenvolvimento para a formação do feto, futuro bebê. Durante a multiplicação dos cromossomos, que são constituídos pelo DNA somado a proteínas e acontecem no núcleo das células, a alimentação é necessária. As fontes protéicas, vindas da mãe, irão influenciar na formação deste novo ser, como é sabido, o que define para a gestante, uma dieta com ausência de tóxicos, e rica em cálcio, proteínas, vitaminas e sais minerais.
Um adulto também renova suas células, e a base dessa renovação é função da alimentação e do “modus vivendi”, que irá definir o fenótipo. Todos nós saímos do útero com um genótipo, definido pelos nossos pais, e ao nascer começamos a formatar o nosso fenótipo até a morte. O fenótipo é função do nosso genótipo somado a forma de sobreviver e onde e como. Esses três últimos elementos vêm da comida, do ambiente geográfico e do ambiente social.
Desta forma, é natural que o nosso DNA, em sua multiplicação incessante, absorva transformações que definem as nossas características trazidas pelos genes. Lembramos que os genes estão associados ao nosso DNA e, assim, este elemento, o gene, deve também nos dar outra formatação no que tange às nossas mutações. A essas mudanças nos genes vindas do “ambiente” nós denominamos de epigenética.
A partir destas considerações chegamos a consequências diversas, já comprovadas cientificamente e aqui expostas, são elas:
· Gêmeos univitelinos, que possuem mesmo DNA, quando nascem, diversificam essa característica quando moram em lugares diferentes;
· Um casal após vários anos de convivência se torna parecido graças à mesma alimentação e condições de vida;
· Os filhos mais novos de um casal são mais “espertos” que os mais velhos, pois os pais acumularam mais conhecimentos.
Na minha concepção, estas são as verdadeiras evoluções dentro da mesma natureza, ou seja: o homem não veio de outra espécie.
Mais uma vez lembramos que as informações aprendidas não devem ser simplesmente guardadas. Elas devem ser criticadas de forma a antever consequências das mesmas, antes pouco compreendidas.
A nossa visão maior é procurar sempre estudar muito, enquanto jovens, para garantir as gerações futuras, que vêm de nós, maior informação inata e melhor formação mental ou inteligência.